A Amiga Da Nossa Filha (NOVA VERSÃO)

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•ESTELA•
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O horário de almoço se aproximava e como um agrado do universo minha última aula do dia havia sido cancelada, o melhor a se fazer era ir para o dormitório e descansar, mas não foi isso que fiz. Peguei uma carona com Emilly e nós duas fomos em direção a empresa de seus pais.

Eu sei, era arriscado ficar no mesmo ambiente que os três, isso só me deixava mais nervosa em situação ao nosso pequeno segredo. Mas em minha defesa ela havia saído com a Amanda e eu nem cheguei a ficar sozinha com seus pais, até porquê ainda estava brava com eles.

Na noite anterior nós havíamos jantado com nossos amigos e isso acabou resultando em um pequeno conflito. Não deveria sentir ciúmes e só o fato de um sentimento desses existir sobre nós significava problemas, mas não me aguentei quando descobri que aqueles dois já tinham dado em cima da Viollet.  O resultado disso foi eu indo para meu dormitório sem ao menos um beijinho de despedida.

Tá legal, foi meio infantil, mas eu não tinha culpa se eles eram uns sem vergonhas.

Continuei brincando com a cadeira giratória que Marta, a secretária, tinha e me senti como uma criança em parque de diversão. Só hoje já pude presenciar duas reuniões e acompanhei a senhora por todos os lados aprendendo mais sobre a rotina maluca de um escritório.

— Querida, Castiel está chamando você até o escritório dele — Parei de brincar no mesmo instante.

— Ele precisa de alguma coisa?

— Não sei, mas disse que era para você ir urgentemente — Engoli em seco.

Fiquei irritada a noite inteira por aquela situação, mas quando acordei nessa manhã pude reconhecer minha atitude imbecil. O problema era que não controlava esses benditos sentimentos que não cabiam em nossa relação que não era mais do que foda casual.

Me afastei da secretaria e fui em direção ao longo corredor que dava acesso a sala do chefe. Suspeitava que quando entrasse lá seria recebida tanto por ele, quanto por sua mulher. Isso se confirmou quando bati na porta e foi uma voz feminina que permitiu minha entrada.

Entrei no cômodo e vi os dois me observando. Seus olhos estavam cautelosos e com uma malícia natural de sempre.

— Desejam alguma coisa?.— Perguntei vendo um sorriso se formar nos lábios da mulher.

— Ainda está com raiva da gente? — Ela perguntou com cautela.

— Não — Mentira. Tinha uma pontinha em meu peito que os culpava por aquilo.

— Já disse que nunca demos em cima da Viollet, foi só para irritar Jane e Michael.

— Me tira disso, a única tarada aqui é a Isabella — Castiel comentou recebendo um tapa leve em seu braço dado pela esposa — Ai!

— Deixa de ser intrometido — Ela respirou fundo — Coelhinha, já te expliquei que ninguém tira o seu cargo.

A mulher veio até mim e ne abraçou enchendo minhas bochechas de beijos, me recusei a reagir aquilo. As carícias não iriam me deixar menos calejada.

— Castiel está certo, você é uma tarada.

— Só por vocês.

— Mentirosa — Me afastei dela e cruzei os braços — O problema de vocês é com as loiras, já perceberam isso?

— O que?

— Exatamente o que falei, parece que todas as mulheres da vida de vocês precisavam ser loiras, isso tirando a Jane que aparentemente foi uma exceção.