why would you wanna break a perfectly good heart?

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Notas iniciais:

Oi, tudo bem?

Esse capítulo ficou mais curto do que eu imaginava porque as consequências dele estarão nos próximos dois. Peço desculpas pela demora para atualizar, mas acontece que eu gosto de ter uma margem de partes escritas antes de ficar publicando sem parar – além de gostar de revisar as coisas, minuciosamente.

Espero que esteja do agrado da maioria. Um enorme abraço de agradecimento em todas as pessoas que estão me falando coisas bonitas sobre essa história. Ela é só uma brincadeira, fruto da minha paixão por escrever, mas me faz muito feliz. Obrigada mesmo.

Uma boa leitura!

***

— O que está fazendo, Violet?

A voz ecoou firme. Segura. Um tanto irritada. Violet sentiu a espinha travando, um arrepio esquisito lhe percorrendo a coluna quando as palavras de sua tia alcançaram os seus tímpanos. De repente, pareceu muito que ela estava fazendo alguma coisa errada, embora não soubesse exatamente o que era.

Mas ela não estava; certo? Ela e Taylor Swift estavam conversando e sim, Lilah tinha deixado explícito que não queria a sobrinha perambulando pela casa durante uma reunião tão importante, mas, em sua própria defesa, a garota não tinha abordado a cantora diretamente. Bem, talvez. Ainda assim, foi um gesto praticamente sutil, que ela se sentiu tentada a fazer quando viu a cantora admirando sua fotografia de infância de uma maneira tão íntima.

Quase familiar.

De início, Violet não se mostrou totalmente envolvida com a reclamação. A sua mente estava voltada para a forma como Taylor parecia entretida com aquele registro dela nos Hamptons, feito há tantos anos. Os dedos da mulher se arrastando pela moldura, os olhos azuis fixos nos detalhes da fotografia e a respiração levemente descompassada teriam passado despercebidos, se a menina não tivesse parado para analisar a celebridade minuciosamente, numa dedicação quase tão grande quanto a da própria.

Por que tanto interesse da parte dela, afinal? Taylor parecia quase tão estática quanto alguém que de repente é assombrado por um fantasma do passado. Será que se encontrava surpresa com o fato de que Lilah tinha mesmo uma sobrinha e que ela havia sido criada pela ruiva desde pequena? Ou que aquela era a mesma menina que tinha lhe ofendido no carro, há poucos dias?

O carro. Com o monólogo que acabou estabelecendo depois de conversar com Swift, Violet esqueceu de dar a oportunidade para que a cantora aceitasse as suas desculpas. E agora, tudo estava acabado, porque...

— Eu disse para você não nos interromper, Violet! – Lilah parecia nervosa. Talvez como nunca antes, e a sua voz refletia em um berro esganiçado, de quem tentava, mas falhava miseravelmente na tarefa de manter a calma. A mais nova na sala imediatamente sentiu seu corpo se retrair um pouco. — O que há com você?

Violet olhou para Taylor imediatamente. Ela não soube o motivo em específico; apenas deslizou os olhos azuis na direção dos da loira, tomando um susto assim que os dois pares de orbes se cruzaram – e ao mesmo tempo que sentiu a mão da tia envolver o seu pulso.

Quando parou a vista em Taylor Swift, a garota precisou pressionar as pálpebras com toda a força que conseguiu para se livrar da loucura que seu cérebro projetou, provavelmente diante do desespero da bronca que sabia que tomaria. É loucura, ela pensou, desviando a atenção da cantora. Loucura.

— Li, não foi culpa dela. – Taylor, que permanecia estática no meio da sala, de repente muito perturbada com o terror estampado nos olhos de sua garotinha, finalmente protestou. Na primeira frase, ela soou um tanto perdida, mas depois, com coragem, completou: — Eu puxei assunto.

seven (taylor swift)Onde histórias criam vida. Descubra agora