the aftermath

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Notas iniciais:

Notícia boa - o próximo capítulo (finalmente) já é a The Eras, e alguns títulos vão seguir as noites da turnê. Mas isso fica pra próxima atualização.

Em um dos capítulos anteriores, alguém chegou a comentar uma vez que a aproximação da Violet com a Taylor foi rápida demais, e que ela "cedeu" muito depressa. Eu geralmente não explico minhas histórias a fundo, deixo que meus personagens fiquem abertos à interpretação pessoal de vocês, mas acho que retratei um pouco dessa questão nesse capítulo e gostaria de justificar que, mesmo tendo uma personalidade bem forte, a Violet é uma adolescente muito nova. Ela não tem nem quinze anos ainda, e isso faz com que muitas das suas expectativas desde pequena estejam em torno da figura da mãe.

No entanto, apesar disso e dela querer se aproximar da Taylor, ambas ainda são muito inseguras e cheias de traumas, e no meu entendimento, mesmo que a questão principal esteja resolvida (isto é, mesmo que a Vee se veja capaz de dar mais uma chance pra mãe), vários desses traumas e inseguranças dela ainda vão aparecer no decorrer da história. Espero que isso tenha ficado claro de alguma maneira e, caso não, que se torne através das linhas a seguir.

Sem me prolongar mais - desculpa, inclusive -, espero que vocês gostem do capítulo. Estou me divertindo muito escrevendo essa história. Obrigada por acolherem ela!

***

Um raio de sol refletiu pela janela da suíte principal do apartamento de Cornelia Street onde, até então, Violet tinha dormido perfeitamente. Com o reflexo da luz lhe desejando bom dia, a garota abriu os olhos devagar e sentiu o calor característico oriundo do aquecedor da casa – um alívio diante das manhãs frias de março em Nova York.

Lentamente, sentou na cama. Apesar das turbulências da noite anterior, seu corpo se sentia descansado. Mesmo com as brigas que havia protagonizado na segunda-feira e suas ações inconsequentes – as quais acabaram resultando num encontro indesejado com paparazzi –, ela se sentia genuinamente feliz e grata por estar despertando exatamente naqueles lençóis, respirando o cheiro agradável de...

Café forte?

Violet aguçou as narinas devagar, na mesma velocidade que usara para deixar a postura em noventa graus no colchão macio em que tinha adormecido. Ela respirou fundo, chegando à conclusão de que alguém realmente fazia café na cozinha, e por alguma razão se tornou ainda mais animada.

Suspeitava que fosse por causa da atmosfera de "lar" que o ambiente exalava. Sabia que aquela provavelmente era apenas uma das dezenas de casas que Taylor possuía ao redor do mundo, mas, ainda assim, não conseguia evitar de sentir como se fosse um lugar onde ela poderia facilmente se acostumar com a ideia de morar. As paredes, límpidas e cheias de quadros aconchegantes, deixavam o apartamento convidativo, e a decoração elegante mas não lotada de ostentações exageradas – nada que remetesse ao fato de que aquela era a casa da maior estrela da música da atualidade –, lembrava uma casa de família de classe média alta dos Estados Unidos. Mais como "a minha mãe está no pilates, mas me busca todos os dias na escola", do que como "a minha mãe está em turnê e me convidou para passar um tempo com ela, mas não sei se vou poder ir".

Não que Violet visse a turnê de Taylor com maus olhos. Ela estava ansiosa para testemunhar a mãe saindo pelo país cantando os maiores sucessos de sua carreira, e se encontrava por dentro o suficiente do assunto para saber que os fãs também estavam muito envolvidos com tudo. Ainda assim, depois da briga com Lilah na noite anterior, não tinha muita certeza quanto ao convite que a cantora havia lhe feito. Imaginava que, se dependesse de Taylor, ela provavelmente atenderia a todas as noites da The Eras, mas o verdadeiro empecilho existente entre as duas aparentemente nunca esteve na mãe. Era Lilah e a recusa dela em deixá-la viajar que a preocupava.

seven (taylor swift)Onde histórias criam vida. Descubra agora