this pain wouldn't be for evermore

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Notas iniciais:

Estamos chegando à The Eras! Enfrentei uma prova bem pé no saco essa semana, por isso que a atualização demorou um pouco mais do que o normal - e por isso que eu não achei que o capítulo ficou lá essas coisas todas, também, mas eu estava ansiosa para postá-lo mesmo assim.

Espero que esteja bom, na medida do possível, e quero dedicá-lo para o meu trio de queridas de sempre, que se tornaram base pra essa história acontecer. maria, cella e carlinha, esse é - como todos vêm sendo - pra vocês!!!

Boa leitura!

***

Violet levantou da cama onde dormia em seu quarto, no apartamento de Lilah, em um rápido movimento. Tinha sonhado com alguma coisa e, assustada, ergueu o corpo ofegante, procurando espaço para respirar.

Ela encarou o despertador digital ao lado de sua cabeceira. O relógio marcava pouco mais de duas da manhã e o som silencioso do cômodo de porta aberta, o qual revelava indiretamente que provavelmente não havia ninguém acordado na casa, confirmava ainda mais essa informação.

Lentamente, a garota começou a recuperar a memória que a tinha conduzido até a situação em que se encontrava agora, o corpo suado e os olhos pesados graças ao inchaço recente. A briga com Lilah primeiro apareceu em flashes, mas, poucos minutos depois, acabou se transformando em um borrão contínuo de acontecimentos, claro e turvo ao mesmo tempo.

Vio agarrou a mão em sua cômoda, sentindo uma leve dificuldade para assimilar as coisas. Quando as palavras da tia voltaram a ficar claras em seu subconsciente, ela testemunhou um retorno dos sentimentos que havia vivido no momento da discussão na sala; seu peito se encheu de raiva e seu estômago, de incertezas.

Primeiro, sentiu-se perdida. Mais do que nunca, e mesmo achando que não tinha razão para aquilo, quis ver a mãe. Ela desceu da cama devagar, a roupa do colégio ainda em seu corpo, e saiu em direção ao closet com cuidado, a cabeça funcionando a mil por hora.

Em seu quarto, procurou pelo próprio telefone. Lilah ainda não o tinha devolvido, o que basicamente significava que ela provavelmente estaria sem ele por tempo indeterminado. Frustrada, revirou os olhos e então pensou em Taylor, no apartamento em que as duas passaram a tarde daquele dia – ou melhor, do dia anterior – conversando e conhecendo uma à outra. Havia algo de bonito na intimidade que estavam construindo, como se elas estivessem recuperando aos poucos o vínculo da maternidade esquecido entre os percalços que passaram.

Violet gostava da sensação. Pensava nisso enquanto, no automático, vestia uma camiseta de flanela e manga longa da NYU, com um short jeans e sapatos All-Star gastos. Ela sentia uma ansiedade boa diante da relação com a mãe e da forma como as duas acabaram resolvendo as incertezas que as circundavam, tentando estabelecer uma nova página na história que construíam. Não que Taylor a entendesse por completo ainda, mas buscava entender. E era bom.

Com as palavras de Lilah na cabeça, dizendo que a aproximação entre ela e sua mãe eram um erro, Vio sentiu um calafrio percorrer a sua espinha, ao mesmo tempo que foi agraciada por uma onda de excitação decorrente de uma ideia. Honestamente, Lilah não mandava nela. Talvez tivesse autoridade para lhe orientar diante de algumas escolhas da vida, mas não era o seu direito opinar naquilo. Violet queria ver a mãe. E era autossuficiente o bastante para pegar um metrô em Nova York e assim fazer.

Mesmo que não tivesse o celular consigo, sabia qual era o endereço do apartamento de Swift em Cornelia Street, e concluiu que ele não ficava tão longe de onde ela estava, no Upper East Side. Sorrateiramente, portanto, a menina foi até o andar de baixo da cobertura onde morava e, ao buscar pela bolsa do colégio, encontrou o vale transporte público que ficava por ali para os momentos em que ela precisava usar os trens subterrâneos da cidade grande, para encontros com amigos ou almoços casuais. Como uma boa jovem crescida em Nova York, o trajeto não era intimidante.

seven (taylor swift)Onde histórias criam vida. Descubra agora