i didn't have it in myself to go with grace

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Notas iniciais:
Oi, tudo bem?
Espero que vocês tenham tido um Natal cheio de alegrias! Meus votos são os de sempre – que todos vocês, que me fazem feliz diariamente com suas notificações aqui na história, sejam felizes em dobro. Isso vale pro ano novo, também.

O capítulo de hoje está um pouco mais explicativo, e esclarece várias coisas. E por mais que vocês provavelmente desejem o meu fim por causa de uma parte específica, acho que vão entender o motivo dela ter aparecido depois.
Boa leitura. Espero que esteja legal. :)

***

Violet precisou de uma grande quantidade de minutos para entender a confusão de emoções que passou pelo rosto de Taylor Swift quando ela proferiu aquela última frase.

"Lembra a minha mãe", tinha dito, referindo-se à música que a cantora tinha acabado de citar como uma de suas preferidas entre as que havia escrito.

Honestamente, Violet não sabia o motivo de ter admitido aquilo em alto e bom som, quando só conhecia Swift há poucos minutos, verdadeiramente. Sim, ela já se cruzara com a mulher em outras duas oportunidades – e ambas foram bem estranhas, para ser sincera –, mas não era como se possuíssem intimidade o suficiente a ponto da menina lhe expor um de seus sentimentos mais viscerais. Na verdade, elas nunca tinham sequer se falado antes.

Só que tinha algo em Taylor. Tudo bem, talvez fosse apenas o fato de que Violet gostava muito da grande maioria das suas músicas – e agora, vendo o quão legal a cantora era, até se arrependia um pouquinho de ter chamado o seu último álbum de "horrível"; ele não estava nem perto desse adjetivo, se fosse para ser sincera –. Ou, talvez, fosse a forma como a mulher parecia sempre querer escutar o que a garota tinha para dizer.

Fosse como fosse, as coisas acabaram fluindo fácil numa conversa com ela, e quando Vio menos esperou, acabou expondo seus mais íntimos sentimentos de uma hora para a outra.

E, pelo jeito, estragara tudo.

Era um talento que a menina suspeitava que tinha: o de estragar as coisas. Mais cedo, havia repetido exatamente o mesmo erro na escola, embora não se arrependesse exatamente da briga em que se metera. Talvez só um pouquinho.

Ela estava prestes a dizer a Taylor que esquecesse o seu comentário, quase exibindo um discurso exagerado, uma vez que a mulher parecia imersa em uma reflexão sobre a frase, pouco tempo depois de pedir desculpas e voltar a se virar para a frente do carro. Violet se sentiu um pouco mal, mas não soube o por quê. Talvez Taylor só tivesse ficado constrangida e não soubesse o que dizer. Na verdade, provavelmente se tratava disso; as pessoas raramente sabiam lidar com a informação de que uma garota de catorze anos era órfã.

Ela teria de fato se desculpado pela inconveniência, se Lilah não tivesse aparecido no segundo seguinte, batendo na porta do banco de carona do carro de Swift. Assim que viu os nós dos dedos da tia se chocando contra o vidro, Violet se recordou de que, quando viu aquele veículo, não imaginou que um modelo como ele pudesse pertencer à maior cantora dos últimos tempos. Ela pensava que Taylor era uma adepta dos Jaguars ou mesmo Range Rovers, como cantava em suas músicas. Pelo jeito, tinha se enganado.

No momento em que Hilton abriu a porta do SUV, sua expressão corporal exalando frustração, a adolescente se viu recostando o próprio corpo na parte traseira do veículo, a cabeça praticamente se chocando contra a janela fechada. De repente, ficou cansada.

— Demorei? Sinto muito, foi preciso um bom tempo – Ela assistiu à tia revirar os olhos, ainda sem encarar Swift diretamente. — Obrigada por ter esperado, e... Você está bem, querida?

Violet viu, pelo espelho dianteiro do Commander, quando o rosto de Lilah assumiu uma postura que indagava alguma variante de "Minha sobrinha aborreceu você?" para Taylor, e só então percebeu que a cantora estava chorando. Imediatamente, ela se encolheu, arrependida, esperando a bronca dobrada da tia a qualquer minuto.

seven (taylor swift)Onde histórias criam vida. Descubra agora