wish you knew that i'd never forget you as long as i live

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Notas iniciais:

Olá a todo mundo!!! Estamos oficialmente em 2024 e eu não poderia ser mais grata a vocês por terem abraçado "Seven" – uma loucura — tão lindamente em 2023. Espero que nesse ano a gente consiga dar continuidade, juntos, a história da Violet. Ela ainda tem muita coisa a nos contar.

Obrigada, mil vezes, pelas mil visualizações. Eu sempre reitero em minhas histórias que não é uma questão de número, mas sim de gratidão por fazerem parte dessa parcela tão especial da minha vida que é escrever. Amo vocês, sempre.

Espero que esteja do agrado da maioria! Uma boa leitura!

***

A forma que Lilah encontrou para disciplinar Violet sem ter que adentrar perigosamente o real motivo para a explosão da jovem na escola, foi negá-la a ida ao cinema que havia sido prometida em resposta ao cancelamento do almoço semanal na Bus Stop. Além disso, a garota ficou proibida de atender a qualquer evento de seu ciclo de amigos durante o fim de semana, e a escola lhe enviou uma espécie de projeto para que ela pudesse preencher o seu período de suspensão.

Em resumo, a segunda e a terça foram dias perdidos.

A senhora King, professora de história americana de Violet, lhe passou um livro para terminar de ler em três dias, e exigiu que a menina lhe escrevesse um relatório de pelo menos trinta linhas sobre a experiência literária. Como um GoodReads analógico, ela pensou consigo mesma, tentando animar-se.

O relógio da cobertura do prédio localizado em Upper East Side marcava exatamente uma hora após o meio-dia, quando uma Lilah um tanto afoita apareceu na sala, dando ordens aleatórias para dois ou três funcionários que faziam a limpeza diária da casa.

Violet estava sentada na poltrona principal da sala de estar, os joelhos na frente do corpo em um ângulo reto e um exemplar gasto de "O Grande Gatsby" na frente de seu rosto. Ela franzia a sobrancelha enquanto analisava as linhas, precisando reler as palavras que seu cérebro tinha acabado de tentar processar. Infelizmente, acabou se atrapalhando quando a tia surgiu, aparentemente provocando todo o barulho existente no mundo.

— Perdeu alguma coisa? – A adolescente levantou o nariz da aba do livro, seus olhos se arregalando na direção da mulher ruiva que, de uma hora para a outra, pareceu notá-la.

— Ah, meu Deus! Esqueci que você estava aqui! – A publicitária resmungou, e Violet teve a impressão de que aquela mais deveria ter sido uma nota mental do que algo a se proferir em voz alta. Ela ignorou.

— Ah, nossa. Precisa de ajuda?

— Me desculpe, querida – Hilton suspirou, de repente se dando conta do que tinha dito e aparentando um nervosismo que não estava ali antes. — Não foi isso que quis dizer. Eu esqueci que você não estava na escola.

— Bom, você tem uma rebelde sem causa em casa. – A jovem tirou sarro de seus próprios erros, mas quando percebeu que a tia agora exibia um ar de preocupação, a ponto de sequer conseguir rir, ela começou a ficar levemente incomodada. — Aconteceu alguma coisa? Por que está pedindo que Marta e Claire lustrem os pés do sofá? Ou o que quer que seja que você parece estar ordenando aí?

— Engraçadinha. – Lilah soltou um riso nasal, e então aproximou um pouco o corpo da poltrona da sobrinha. — Marquei uma reunião.

Violet piscou.

— E daí?

— Alguém está vindo. – As palavras se tornaram soltas no ambiente por uma pequena fração de segundo, cada uma das sílabas desintegradas perdidas entre as quatro paredes da sala de estar, como se a mais velha esperasse que a mais nova as interpretasse. Lentamente, a menina pareceu começar a entender o significado da frase, sua expressão deixando isso claro gradativamente.

seven (taylor swift)Onde histórias criam vida. Descubra agora