writing letters addressed to the fire

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Notas:

Gostaria de agradecer pelos comentários no capítulo anterior. Além disso, preciso fazer uma correção: no capítulo anterior está escrito que a Taylor já tem trinta e quatro anos, mas nessa parte da história ela ainda tem trinta e três.

Eu tentei corrigir, mas por alguma razão o app não fez a correção.

Obrigada pela força que vocês me deram no primeiro capítulo! Espero que esteja bom e do agrado da maioria.

Boa leitura :)

***

TAYLOR SUSPIROU PESADAMENTE, encarando o próprio telefone enquanto prendia o choro entalado em sua garganta.

Uma simples mensagem com poucas letras lotadas de uma indiferença sufocante era capaz de causar todo aquele estrago; mesmo que fosse numa sexta-feira, mesmo que ela estivesse prestes a sair em uma nova turnê pelo seu país de origem. Uma turnê promissora e que, diga-se de passagem, tinha sido um sucesso tremendo de vendas, mas que aparentemente não era boa o suficiente para chamar a atenção de seu namorado estrangeiro.

"Você sabe que não gosto de estar lá. É muita exposição."

A cantora revirou seus olhos úmidos e levantou a vista em direção à assessora, que estudava seus passos discretamente, como se prestasse atenção em outra coisa. Decidida a ignorar o recado de Joe, ela ajustou a postura e, se concentrando em respirar fundo, voltou a falar sobre a única coisa que lhe distraía naquele momento.

— Então – Cantarolou em um tom exageradamente forçado, tentando conter o ar que teimava em sair alvoroçado de seus pulmões. —, você estava dizendo... Acertar os últimos detalhes...

— Nós podemos fazer isso outra hora – Lilah interrompeu, sem ter a certeza de que a sua insistência em continuar o assunto "The Eras Tour" estava se tornando levemente inconveniente. O que a ruiva podia notar, e isso era inegável somente pela linguagem corporal de sua contratante, era que havia algo de errado ali.

Para ser sincera, se a mulher pudesse apostar, ela com certeza diria que tinha algo a ver com o companheiro de Taylor, Joe, mas não seria ousada o suficiente para apontar este tópico para a moça explicitamente. Ao invés disso, apenas sorriu e, com os olhos lotados de um brilho que não parecia tão verdadeiro, esperou a cantora dar o veredito.

— Não, por favor. Nós discutíamos o ato quase-final, antes do Midnights. – Ela limpou a garganta, ajustando levemente a postura em uma das cadeiras da sala de reuniões que ambas ocupavam.

Lilah gostava da energia que o ambiente passava quando ela e Taylor trabalhavam juntas em algo. A cantora, que sempre dava duro em seu trabalho, aparentava ter um grande respeito por suas opiniões, e procurava acatá-las sempre que possível. Por outro lado, a ruiva sabia exatamente quais eram os gostos de sua assessorada; e era justamente por isso que sempre lhe sugeria opções seguras, para o que quer que ela fosse fazer.

— Sim. – A mais velha comentou, sóbria, e então abriu espaço para deixar Swift novamente à vontade no debate das duas. — E você estava prestes a me expor a ideia brilhante que teve, querida.

A simples menção de que a publicitária se lembrava exatamente para onde o rumo da conversa profissional estava indo fez com que Taylor abrisse um sorriso devagar, como se aos poucos a mensagem desagradável que chegara há alguns minutos em seu telefone se tornasse apenas uma lembrança vaga e insignificante. Gradativamente, Lilah foi assistindo à expressão de sua amiga de trabalho – poderia considerá-la assim, afinal – se transformar novamente, o brilho voltando a assumir suas orbes e bochechas.

seven (taylor swift)Onde histórias criam vida. Descubra agora