always taking up too much space or time

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Notas iniciais:

Oi! Queria pedir desculpas pela demora pra atualizar, mas eu estou com conjuntivite esses dias e, para piorar, enfrentei um mini-bloqueio criativo. Estava meio em dúvida sobre como preencher o vácuo entre o conflito anterior - a discussão da Vio com a Taylor - até o próximo (que, spoiler, alguns de vocês já tão falando bastante sobre nos comentários KKK), mas, felizmente resolvi. Espero que esteja bom!

Dedico esse pra carlinha, cella e maria <3 Beijos, boa leitura.

***

Naquela tarde, Taylor se permitiu colocar o celular no modo "não perturbe" e aproveitar o resto de suas horas do dia útil com Violet. Sabia que estava sendo um tanto irresponsável, afinal, com a turnê a uma distância de pouquíssimos dias, ela precisava, em tese, estar cem por cento focada e atendendo a cada um dos ensaios. No entanto, na prática, já sabia aquelas coreografias de cor e suspeitava que o que o seu corpo necessitava mesmo era de um relaxamento. E, naquele momento, só havia uma pessoa com quem a maior artista do mundo poderia encontrar o seu mais pleno estado de tranquilidade.

Sendo assim, ignorou as próprias obrigações. Não era grande coisa, no fim das contas, quando havia se dedicado a elas tão veementemente durante os últimos anos. Estava fazendo uso de uma única tarde de lazer ao lado de quem amava, e sabia, bem lá no fundo, que não havia nada de errado nisso.

Ok – Taylor sentiu seus músculos relaxarem quando ouviu a voz da filha, agora muito mais calma e acomodada na mesa de seu apartamento em Cornelia Street, cortando um sanduíche da iHop ao meio e dividindo em dois pratos. A familiaridade da cena só não a fez sorrir mais naturalmente do que quando Violet conheceu Benjamin, Olivia e Meredith, os gatos, ao chegar na casa pouco depois delas deixarem o estacionamento da lanchonete onde haviam chorado juntas. —, time de futebol favorito? Não responda!

As duas tinham decidido estabelecer um jogo enquanto almoçavam, o qual consistia em basicamente tentarem adivinhar as preferências uma da outra. Elas se encontravam quase empatadas, mas Violet havia se revelado bastante competitiva.

Philadelphia Eagles?

— Ugh, você é boa nisso. – A mais velha revirou os olhos, levantando-se da mesa de mármore onde ambas se instalavam e indo em direção à geladeira, para pegar duas latinhas de SevenUp na segunda prateleira. — Como é que você soube?

— Instinto. – Violet balançou os ombros, estirando a língua, e então Swift teve a certeza de que ela estava caçoando.

— Você está mentindo. – Repreendeu, estirando o dedo indicador na direção da garota, como se estivesse na intenção de dar um aviso. Cerrando os olhos de brincadeira, retomou à mesa sem esperar, abriu um dos refrigerantes e o deu para a filha.

— Tudo bem, você venceu. – Violet riu baixinho, e pela primeira vez pareceu um riso genuíno, um lampejo de desinibição depois da conversa que ambas tinham estabelecido no carro da cantora, apenas alguns minutos antes de acabarem ali. — Eu deduzi pela letra de "gold rush".

Taylor arregalou os olhos, ao mesmo tempo surpresa e satisfeita. Como ela e Violet ainda estavam inseridas em uma situação indefinida, na qual a mulher não sabia ao certo o quanto poderia se mostrar íntima sem cruzar uma linha que a adolescente poderia não querer, achou melhor não fazer nenhum comentário emocionado, ou sequer mencionar que alguma daquelas canções eram escritas pensando nela. Ou, em outros momentos, em seu pai.

Imediatamente, ao pensar naquele substantivo, a artista sentiu um frio incômodo transpassar a sua espinha e repreendeu-se no automático. Balançou a cabeça, ignorando o pensamento intrusivo, e voltou a própria atenção para a jovem à sua frente, que agora mordia com vontade a metade de seu hambúrguer. Não queria gastar a sua mente no assunto agora que elas tinham acabado de, supostamente, erguer uma bandeira branca. Uma definitiva, inclusive, se tivessem sorte.

seven (taylor swift)Onde histórias criam vida. Descubra agora