seven (taylor swift)

all along there was some invisible string, tying you to me

Notas iniciais:

Estou tão ansiosa pra esse capítulo! Estamos a 13 dias do TTPD, e apesar de ter sido uma coincidência a atualização vir hoje, espero que ela esteja a altura desse marco maravilhoso! Não vou explicar nada pra não dar spoiler, mas acredito que a dinâmica esteja fácil de entender.

Boa leitura! Amo muito vocês <3

***

Taylor

A festa parece relativamente alta lá fora. As pessoas dançam, gritam, rodopiam e se divertem ao som de alguma música eletrônica que não sei qual é, mas que se mistura às luzes néon do ambiente externo. Eu escapo do andar de cima com um sorriso travesso em meu rosto enquanto ouço o retumbar das batidas rítmicas, saindo a contragosto dos lençóis doces que me envolveram agora há pouco, bem como dos braços do homem que me prometeu tanto enquanto me amava como sei que nunca fui antes.

Sorrio. Ele vai chegar a qualquer momento, depois de mim, de acordo com a estratégia que adotamos para fazermos as pessoas não perceberem que estávamos fazendo o que estávamos fazendo. Porque acabei de vender um álbum, porque queremos ser discretos e porque eu sei do problema que seria para a minha agente ter que lidar com a quebra do comportamento de boa menina que as minhas músicas relatam que sou. Que o mundo quer que eu seja.

"Tay! Você está aqui!" A voz de alguém me assusta, logo depois de uma silhueta ainda desconhecida me abraçar lateralmente. Dou um sobressalto pelo inesperado, mas não preciso me esforçar muito para saber que é Kylie quem está se dirigindo a mim. Eu reconheceria o seu perfume doce característico em qualquer ambiente. E sei que minha amiga também está escondendo o entusiasmo por me ver na sua casa – ou melhor, na nova residência alugada com ajuda do novo salário profissional de seu namorado –. 

"Eu prometi que ia vir." Comento casualmente, porque sei que aquilo é importante para ela. Quando a vejo sorrir, sinto uma parte travessa minha brilhar satisfeita, apenas porque fiz Ky deduzir que acabei de chegar, e não que já estava ali há uma boa quantidade de horas.

Então o plano funcionou. 

Kylie e Jason tinham acabado de se mudar para aquele pequeno casebre de dois andares e carpete levemente manchado na Philadelphia, por causa da promoção dele para a liga de futebol profissional, no time dos Eagles. Os dois estavam tão orgulhosos da própria conquista que acabaram resolvendo dar uma festa na nova aquisição imobiliária para comemorar, convidando os amigos e, é claro, alguns membros da família.

Por sorte, naquele fim de semana, consegui uma folga para visitar a minha família na Pensilvânia. Aquilo não vinha acontecendo com frequência nos últimos tempos – com o lançamento do meu albúm novo, o Fearless, eu acabei recebendo uma onda de fama e ocupações que meio que me bloquearam de fazer as coisas de garota normal que costumava, pelo menos na mesma intensidade.

"Vi você no Good Morning, America." Minha amiga diz ao meu ouvido, me ocasionando  um sorriso que me faz ficar vermelha. "Às vezes nem acredito que você anda com a gente por vontade própria."

Empurro Kylie com o ombro e ela ri do contato. "Pare com isso.", aviso.

"Ninguém te parou para uma foto ainda?" Ela tira sarro, e eu balanço a cabeça em negativo, não porque ninguém pediu por uma foto, mas porque ela parece bem mais entusiasmada com a história toda do que eu.

Sei que ela não me vê daquela forma, mas Ky é naturalmente simpática e, como quase toda garota no início da idade adulta, acha o mundo da fama altamente glamuroso e atraente, embora já tenha me dito que não sabe como eu consigo. Sempre que essa sentença surge entre nós, eu acabo rindo, mas reflito sozinha que, honestamente, também não sei.