go save the world, we'll be around

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Notas iniciais:

ORAÇÃO CONTRA O MEU SEMESTRE DA FACULDADE HOJE ÀS 23:99! Brincadeiras à parte, estou finalmente de férias - e a jornada até chegar no meu custoso momento sabático basicamente justifica o meu sumiço. Eu estava fazendo prova (de geriatria, alguém me interne agora), e a última aconteceu agora nessa sexta, então preparei o capítulo com muito carinho pra vocês.

Desculpem pela leve evaporada e dessa vez eu prometo mesmoooo que não acontecerá de novo, porque vou estar por aqui e com tempo de sobra pra escrever. Inclusive, estou planejando uma maratona essa semana, e ela já está bem inclinada a acontecer, porque tenho o esqueleto de mais dois capítulos prontíssimos para serem postos em prática. Vou compensar a espera de vocês, prometo!

Gostaria também de, por fim, agradecer pelas dezenas de mensagens positivas que recebi com o capítulo anterior. Fiquei muito feliz por vocês terem se identificado, se sentido curadas de alguma maneira, e também por terem deixado comentários de carinho e de apoio. Senti cada um deles no fundo do meu coração. Obrigada, e saibam que a história da Violet nesse viés também não acabou. Quero explorar muito mais sobre a orientação dela, ainda.

Que essa seja uma boa leitura. Amo vocês.

Até terça! Mel.

***

Taylor

Segurei o telefone com força no ouvido, pressionando-o contra a minha pele e me sentindo aterrorizada.

O ar abafado e pouco límpido dentro do avião reforçava o meu medo. Tínhamos acabado de pousar, depois de um vôo tecnicamente tranquilo e emocionalmente turbulento. Por um lado, se os balançados típicos que às vezes aconteciam em trajetos aéreos e faziam Violet segurar a minha mão forte enquanto fechava os olhos e respirava fundo estiveram ausentes, por outro, a saúde física da minha filha não havia cooperado cem por cento naquele mesmo processo.

Tanto que, dois dias antes, eu praticamente tinha decidido que ela não iria aos meus primeiros shows da América Latina.

Tudo começou com uma febre simples. Em uma hora, nós tínhamos acabado de voltar de uma das escolas de Ensino Médio que eu havia pensado em matriculá-la: um colégio público comum com alunos simpáticos da sua idade e bastante opções de atividades extracurriculares, como eu sabia que minha pestinha gostaria. Em outra, ela comentou bem baixinho que não estava se sentindo muito bem, e vomitou na calçada enquanto fazíamos o caminho de volta até o carro onde Mack e Dell nos esperavam.

Por sorte, os seguranças acabaram nos ajudando. Nós duas fomos até o hospital de minha confiança em Nova York e, depois de alguns minutos de atendimento, percebi que eu nunca havia levado Violet num pediatra. Ela revirou os olhos, dizendo que já estava grandinha demais para aquilo, mas então pareceu ser tomada por uma nova onda de cansaço e abatimento que a fez se aninhar na cadeira onde tinha sido submetida à terapia de hidratação venosa – em outras palavras, recebido soro na veia.

Lembro que escutei o médico dizendo que provavelmente era apenas uma infecção bacteriana comum, mas fiquei levemente aterrorizada. Ela nunca tinha adoecido na minha presença – não com tanta intensidade e sem causas aparentes, pelo menos –, e estar no Hospital cercada de outras mães que pareciam saber exatamente como agir em um momento como aquele não era exatamente animador.

Dei um suspiro quando me dei conta daquilo. De que aquela era mais uma das muitas primeiras vezes que estávamos vivendo juntas. Quando o evento se tratava de algo positivo e memorável, eu não sentia medo, mas, no caso em específico que vivenciávamos ali, nós duas, na enfermaria de um lugar cercado por outras figuras exemplares da maternidade, eu me sentia um pouco intimidada. Porque, por mais que fora daquele espaço eu fosse uma super-estrela do Pop fodona, ali eu era apenas uma mãe inexperiente, que havia tido a sua filha nova demais.

seven (taylor swift)Onde histórias criam vida. Descubra agora