seven (taylor swift)

my kingdom come undone

Notas iniciais:

Fortes emoções nesse aqui! Confesso que achei que a história estava recebendo seus desenrolares rápido demais, mas acreditem em mim quando eu digo que ainda tem muita água pra rolar.

Acredito que o próximo vai sair bem mais rápido - eu passei a semana fora de casa e por isso demorei a atualizar -. Essa semana é aniversário da Violet :) e na próxima segunda, o meu. KKKK! Boa leitura e obrigada por sempre!

***

A manhã de sábado veio como uma avalanche de notícias. Como sempre, Lilah não esperava nenhum tipo de anormalidades por parte dela – provavelmente apenas um dos últimos fins de semana em que teria de descanso pré-turnê mundial, bem como um aguardado respiro para curtir os últimos dias sem trabalho ao lado da sobrinha. A publicitária aproveitaria o espaço livre da sua agenda para se desculpar com Violet e, quem sabe, tentar convencer a menina de não ir aos shows da The Eras para os quais Taylor havia lhe presenteado.

Sabia que não era o ideal, mas era o melhor a se fazer. A manhã anterior, onde mãe e filha tinham saído para almoçarem juntas por armação da própria ruiva, já havia transcorrido uma onda de emoções suficiente. Elas não precisavam de mais rebuliço naquela história.

Exceto que, Lilah já deveria ter aprendido àquela altura, às vezes há um preço que precisamos pagar quando não mantemos o nosso lado da rua limpo. E ela estava prestes a descobrir aquilo da pior maneira possível.

***

@AListPop tweetou: Cantora Taylor Swift é vista imersa em conversa com adolescente misteriosa – e estranhamente parecida (demais!) com ela em uma cafeteria, em NYC. Veja a foto abaixo!

Uma informação demora alguns milésimos de segundos para chegar ao nosso cérebro. Através de um impulso elétrico, ela transpassa uma rede de neurônios e, em um literal piscar de tempo – o qual não enxergamos à olho nú ou temos a consciência plena de que acontece – consegue ser processada. Em tese, pelo menos. Porque, naquele exato momento em que leu as palavras fixas na tela de seu celular, Lilah Hilton teve a certeza de que mastigou uma mesma notícia por vários minutos. A sensação foi de uma eternidade, na verdade. 

— Puta que pariu. – Ela engasgou com o café preto que estava tomando naquela manhã de sábado, o sabor amargo descendo quente em sua garganta enquanto se esforçava para tossir e não permitir que o líquido adentrasse os seus pulmões.

O som que se seguiu na sala foi estridente. A PR largou o telefone com força em cima da mesa, seu cérebro se esforçando para focalizar plenamente a figura que as orbes se recusavam em ver. Ou reconhecer. Ela já não conseguia discernir a palavra.

A xícara de porcelana fez um barulho estridente, possivelmente se espatifando no pires que antes a aparava. Honestamente, Lilah não conseguiu se dar conta. Estava em choque, atordoada, a mente ainda presa na pequena postagem que tinha acabado de ler. A manchete, misturada com o registro feito provavelmente num celular mequetrefe, mas que, ainda assim, revelava parcialmente o segredo que ela havia mantido escondido de todo o mundo por anos, lhe assombrava como nada nunca antes havia feito.

Obviamente, a mulher estava acostumada a lidar com situações bombásticas. Era, na verdade, a premissa básica de sua carreira, e um dos motivos pelo qual se considerava tão boa no que fazia. Sempre que uma polêmica indesejada circundava um de seus clientes, a ruiva se punha a trabalhar, e o seu primeiro instinto normalmente consistia em desmentir toda e qualquer notícia – por mais verdade que ela fosse.

Só que, daquela vez, estava sendo diferente.

Quando mandou que Taylor fosse à BusStop no dia anterior, jamais imaginaria que alguém flagraria uma imagem da mulher com Violet, conversando em plena luz do dia como se fossem a mesma pessoa em épocas diferentes. O registro era tão assustador que, combinado com a legenda, era difícil simplesmente não se convencer, sem qualquer tipo de menção a mais, que os dois seres humanos na fotografia tinham algum tipo de parentesco íntimo. Óbvio. Taylor e Violet se olhavam do mesmo jeito, sorriam do mesmo jeito, e, naquela foto em específico, a cantora parecia tão orgulhosa quanto apenas uma mãe poderia estar ao escutar a sua filha falar.