the goddamn fight of my life (and i started it)

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Notas iniciais:

Espero que vocês entendam que eu não consegui esperar até amanhã para subir o capítulo!!! Terminei de revisá-lo quase agora e me veio a loucura de publicar, mesmo sem ser um horário tão conveniente. Além disso, me pediram para postar o capítulo antes do SuperBowl, e eu cheguei à conclusão de que quanto mais cedo, melhor, rs.

Não sei se se trata de um TW, mas acho melhor avisar e deixar vocês cientes de que temos uma crise de ansiedade nesse capítulo. Não tem nada muito detalhado e eu tentei deixar o mais leve possível - e os desenrolares dela são mais importantes do que a crise em si para o enredo -, mas caso alguém se sinta desconfortável ao começar a ler, aconselho pular.

Eu coloquei muita expectativa nesse capítulo e acabou não saindo tããããão legal quanto eu queria (pode ser apenas meu perfeccionismo falando), então me desculpem se não tiver ficado tão bom quanto vocês merecem. Eu realmente dei o meu melhor.

Boa leitura!

***

Taylor

Minha mente ia e vinha como um ninho de borboletas que se desperta numa tarde muito quente.

Observei a imagem da minha filha adentrar a sala de estar da casa da minha mãe lentamente, como quem tentava passar despercebida dos olhos que claramente lhe esperavam ali. Sua expressão parecia quieta e silenciosa, e as bolsas embaixo de suas linhas d'água aparentavam levemente úmidas. Essa observação me levou a crer que ela havia chorado. Fiquei imediatamente angustiada.

A minha menina segurava o corpo com as mãos, e me perguntei se sentia frio. Talvez fosse apenas o peso do ambiente, o barulho ensurdecedor do silêncio que pairava na sala no momento em que ela dava seus passos em direção aos sofás principais, sendo guiada por Lilah. Atrás das duas, a porta se fechou depressa, a maçaneta sendo trancada por alguém que não consegui identificar. Eu estava muito concentrada na imagem da adolescente que agora se prostrava deslocada no meio do cômodo, encolhida sob si mesma como quem desejava sucumbir à própria tristeza.

Mordi os lábios. Acho que nunca estive tão arrependida durante toda a minha vida.

Eu quis lhe cumprimentar. Quis lhe dar "oi" e aguardar a intimidade que nossas conversas vinham tendo há uns dias, durando até aquele fatídico sábado. Eu esperava que ela me respondesse com entusiasmo, que começasse a tagarelar sobre alguma coisa que gostava, mas Violet estava assustada demais. Ela claramente não sabia o que fazer, não sabia onde se posicionar, não sabia muito menos o que estava prestes a acontecer com a sua vida dali para frente.

Para ser sincera, nem eu sabia.

Me senti como a adolescente que fui de novo, recebendo a notícia da chegada dela. Naquela época, senti como se meu mundo pudesse desmoronar a qualquer momento. Me isolei de tudo e de qualquer coisa, imaginando que essa ação imprudente ajudaria em algo, mas, no final das contas e vários anos depois, percebi o quanto todas aquelas decisões tomadas foram prejudiciais a ponto de eu não me permitir dar ouvidos às minhas convicções pessoais. E havia sido justamente isso – esse costume criado de ignorar o que eu queria para mim mesma – que tinha tirado Violet de mim.

Abri a boca para cumprimentá-la, mas as palavras ficaram presas em minha garganta. Das primeiras vezes em que nos falamos, tudo acabou fluindo de forma relativamente fácil, e eu lamentava que não estivesse ocorrendo da mesma maneira agora. Mas como poderia? Existia uma nova coisa entre nós – uma confiança quebrada, um muro construído. E eu sabia disso porque não conseguia sequer encontrar seus olhos.

Senti uma vontade súbita de chorar. As lágrimas umedeceram meus olhos e percebi quando meu lábio tremeu levemente. Eu tinha ficado boa em esconder essas coisas, no entanto, pela primeira vez, decidi não fazer isso. Eu queria sentir. Mais do que isso, queria que a minha filha visse que eu estava sentindo dor diante daquela situação.

seven (taylor swift)Onde histórias criam vida. Descubra agora