seven (taylor swift)

you know, you'll always know me

Notas iniciais:

Oi pra todo mundo! Estou um pouco atrasada na atualização de hoje, e só queria dizer que esse capítulo vai ser um pouco diferente porque ele alterna os pontos de vista de quem está narrando. Espero que vocês vejam a resolução de conflito gradual que está nascendo e que consigam entender os sentimentos de cada um dos personagens.

Amo vocês, obrigada pelo carinho imenso com essa história. Eu não seria nada sem cada um que lê e elogia "seven".

Boa leitura!

for cella xx

***

Taylor

A primeira coisa que vi quando a porta se abriu foi o rosto horrorizado de Violet, cuja completa expressão aparentava querer me avisar que algo estava errado. Essa era uma das coisas das quais eu tinha mais orgulho em nossa relação: parecia que nos conhecíamos de outras vidas, e eu sabia ler todas as nuances de seus traços para conseguir identificar quando algo saía dos trilhos.

Aquele, pelo jeito, era um desses momentos.

Seus olhos azuis se arregalaram na minha direção e se apontaram para a sala, indo e voltando até onde eu estava. De início, não fazia ideia do que aquilo significava; eu só me sentia muito feliz por estar em casa.

Balancei os ombros para cima e para baixo, erguendo as sobrancelhas e contente por ter escolhido dizer para Dell e Mack tirarem um tempo de folga, pelo menos durante o período em que estivéssemos em Kansas. Depois daquela bateria agoniada de shows, onde eu tinha passado dias demais preocupada e terminado a temporada exausta, só queria uma semana tranquila ao lado da minha família, onde poderia aproveitar a companhia das pessoas que amava.

— Eu passo quatro dias trabalhando e você nem vem falar comigo? – Perguntei para minha filha, na intenção de fazer graça enquanto abria os braços em sua direção. A risada que soltei ecoou pela sala, e Violet pareceu tensa, hesitando um pouco se deveria ir ou não ao meu encontro.

Estranhei na hora, me perguntando se talvez pudesse ter alguma coisa acontecendo. Mas, durante o momento em que a tive em meus braços, só aproveitei a sensação de estar com ela de novo, sentindo seu cheiro e beijando os seus cabelos.

— Senti falta de você, passarinha. – Comentei, com a voz abafada e fechando os olhos. Eu queria que ela confiasse em mim, e estava tentando não tomar conclusões tão precipitadas, mas o medo interno que sentia de perdê-la sempre parecia falar um pouco mais alto. — Está tudo bem?

E então, a adolescente sussurrou, bem devagar, na minha orelha:

— A gente tem visita.

Engoli em seco, de repente me desafiando a adivinhar quem poderia ser.

Eu e Violet não estávamos tão acostumadas a receber visitas com as quais não nos dávamos bem em casa – na verdade, dado o nível de segurança que eu sempre procurava estipular para o meu lar, desconfiada com os perigos que receber alguém que não fosse cem por cento conhecido poderia trazer, nós não estávamos tão acostumadas a receber visita nenhuma. A única pessoa que já estivera em meu apartamento depois que Vee passou a morar lá, além de Travis e minha mãe, foi Abigail, e mantivemos um nível de aparecimento tão discreto que mal deu para revelar que mais alguém frequentara o ambiente.

Mas eu não sabia se o pai da minha filha teria a mesma cautela. Eu não o culpava tanto, uma vez que muitas vezes duvidava que Trav tivesse noção do quão famosa Violet havia se tornado – suspeitava que nem ela tinha uma completa consciência disso –, mas, de qualquer forma, esperava que ele fosse pelo menos um pouco mais cuidadoso. Não conhecia a maioria dos seus colegas de time, mas também não podia descartar a possibilidade de fotos vazadas, informações ditas sem querer e escândalos saindo na mídia. Precisava ter uma precaução maior.