you were on my side even when i was wrong

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Notas inicias:

Venho por meio deste comunicar que eu não morri! Sei que esse provavelmente foi o meu tempo recorde entre uma atualização e outra - e vocês estavam muito sedentos por mais um capítulo -, mas eu acabei precisando dar uma atenção melhor à esse, porque sempre acho os pontos de vista da Taylor mais complicados de serem escritos.

Obrigada pelos 3K! É uma grande loucura pra mim que no último capítulo escrito eu estava agradecendo pelas 2.000 visualizações, mas, mesmo assim, quero reiterar minha gratidão por acolherem a história tão bem. Espero que esse esteja do agrado da maioria. Boa leitura :)

***

Taylor

Lilah era muito boa em esconder Violet de mim. Muito mesmo. No entanto, para o azar dela, ao longo dos anos acabei me tornando mais forte no assunto "ver a minha filha em pequenos detalhes do dia a dia da minha assessora". Logo, quando a ruiva pensou estar ganhando de mim na disputa de mentiras, ao tentar omitir a ligação da menina virando o celular bem depressa, eu já tinha visto a identificação no chamador do aparelho há pelo menos alguns segundos.

Talvez eu só estivesse muito brava pela discussão que tínhamos acabado de protagonizar, mas não importava. Vinha assumindo uma postura muito passiva com relação a várias coisas já fazia bastante tempo, e era a hora de pôr um fim em pelo menos parte daquela realidade. Era verdade que talvez revelar o assunto de uma vez não fosse saudável para Violet, e eu jamais faria qualquer coisa que a prejudicasse, mas não deveria ser proibido que eu quisesse saber notícias da minha filha. Minha.

Me recostei no beco onde estávamos, impedindo a saída de Lilah do ambiente. Ela ergueu uma das sobrancelhas, me vendo desafiá-la, e quando percebi que provavelmente não ia responder ao chamado em seu iPhone, perguntei, bem despretensiosamente:

— Minha filha está ligando, Lilah. Alguma razão em particular para você não querer atendê-la na minha frente?

A publicitária engoliu em seco. Ela parecia dividida, como se temesse as consequências de qualquer uma das duas ações que escolhesse tomar a seguir. Era complicado; eu podia estar brava, mas ainda imaginava que as intenções de Lilah não eram todas más. Certo, ela estava sendo ridiculamente egoísta e mais uma gama de coisas que nem consigo nomear ao me negar contato com minha própria filha e, ainda por cima, esfregar esse distanciamento na minha cara como uma escolha inteiramente minha. Mas tinha um pouco de razão quando argumentava que um tópico do tipo "a filha secreta da Taylor Swift" vazando para Deus e o mundo certamente mudaria a vida de Violet para sempre.

Ainda assim, naquele momento, eu me sentia traída. E, se quero ser sincera, estava experienciando um quê de satisfação ao ver a mulher intimidada por mim, sem saber como prosseguir com o telefone em mãos.

— Eu ligo para ela depois. Vai atrapalhar. – Disse, em meio a um gaguejo e outro. Imediatamente, senti um pouco de vontade de rir. Lilah Hilton não gaguejava.

— Vá em frente, por favor. Eu não me importo. – Lhe ofereci um sorrisinho um tanto irônico, e a mulher hesitou antes de continuar.

Ainda assim, depois de alguns segundos de reflexão e mantendo seus dois grandes olhos fixos em mim, percebi que ela não encontrou nenhuma saída se não ceder.

Com os dedos vacilantes, apertou no botão de comando para atender a ligação, e, em um período que pareceu acontecer em câmera lenta, nós duas ouvimos o som do barulho do aplicativo de vídeo-chamadas sendo ativado. Continuei encostada na saída do beco, só por precaução.

— Alô. – A minha assessora cumprimentou Violet, e embora eu soubesse que ela estava nervosa, achei seu tom um pouco seco. Talvez eu só estivesse sendo crítica, o que era bem provável e até um pouco mal agradecido da minha parte, porque, no fim das contas, Lilah tinha criado a minha filha. Antes ela do que um estranho.

seven (taylor swift)Onde histórias criam vida. Descubra agora