and something's you just can't speak about

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Notas iniciais:

A GENTE VENCEU TANTO!!!!!! MIDNIGHTS AOTY, CARAS!!!! E a Violet ainda diz que odeia esse álbum, pelo amor de Deus, garota!!!

Brincadeiras à parte, estou muito feliz com o "poets department" (para os íntimos) e confesso pra vocês que me segurei horrores pra não mudar o nome desse capítulo - só não o fiz porque ele já estava praticamente pronto e não faria sentido. Mas estarei trabalhando à respeito disso nos próximos, hihi.

Esse ficou um pouco mais longo e prometo que o próximo não vai demorar. Espero que vocês estejam curtindo! Obrigada por sempre e pelos 8K (agora quase 9). Vocês me movem!!!

Um beijo e boa leitura.

***

O carro balançava como um lembrete das turbulências que estavam por vir.

O trajeto até a casa de Andrea não era nem um pouco longo, de acordo com o endereço que Taylor havia mandado para Lilah na conversa privada das duas no aplicativo de mensagens. Isso basicamente significava que a PR precisava ser sucinta e bastante eficiente em suas palavras, se quisesse explicar para Violet sobre tudo o que estava acontecendo e, assim, fazer com que a menina não se chocasse ou se magoasse tanto.

Honestamente, era um beco sem saída. A história era profunda e complicada demais para não causar danos que deixassem a jovem abalada, se sentindo abandonada ou mesmo traída. Lilah contaria – e faria isso da forma mais sutil e justa possível, de maneira a não prejudicar mais o que já estava fatalmente prejudicado, mas suspeitava que não conseguiria ir tão longe. Conhecendo a "sobrinha" como conhecia, ela dificilmente lidaria com as notícias bem.

E o empecilho não seria Taylor. Longe disso – e pelo contrário –, a ruiva suspeitava que a grande questão para Violet, na verdade, seria a forma como ela ia lidar com a ideia de que passou todos aqueles anos sofrendo pela ausência de uma mãe que, no final das contas, a havia abandonado. Não tirada dela por uma ironia do destino, mas, abandonado.

Violet encarava a janela e as ruas de Manhattan com os olhos sonolentos. De novo, enxergando aquela figurinha com as mãos no vidro direito do carro blindado que as transportava até a casa da mãe de Taylor, Lilah sentiu a culpa adornar seu peito. Ela era muito inocente. Muito jovem. E estava prestes a ter a sua vida alterada para sempre, exatamente como acontecera com a sua mãe, quase quinze anos atrás.

— Ei. – A mulher de cabelos ruivos chamou pela sobrinha, disfarçando o nervosismo que sentia ao limpar a garganta. — Precisamos ter uma conversa, você e eu.

Violet virou o corpo para encarar a tia. Ela levantou uma das sobrancelhas, confusa, mas não parecia estar irritada. Surpreendentemente, apesar de todo o mistério ao qual esteve submetida durante aquela manhã inteira – inclusive quando procurou pelo próprio celular e foi avisada de que não poderia checar o aparelho até mais tarde daquele dia –, a garota não reagiu com mau humor. Sorriu e, revirando os olhos, fez o que a tia pedia, indo em direção a ela no banco de trás e murmurando algo como "maluca" em um tom brincalhão.

— Que tipo de conversa?

— Uma conversa séria. – Algo no tom de Lilah deixou a garota levemente alerta. Ela se ajustou melhor nos assentos acolchoados do veículo em movimento, cruzou os joelhos um à frente do outro e, mordendo os lábios, olhou para a única família que conhecia com curiosidade.

— Você vai ser presa?

— O quê? – Hilton murmurou, surpresa. — Violet, não! Não que eu saiba.

— Vou ser mandada pro reformatório por ter avançado em Olivia naquele dia? – O jeito como ela perguntou pareceu que se referia a um cachorro, e a menção fez com que Lilah balançasse a cabeça, negando depressa em agonia.

seven (taylor swift)Onde histórias criam vida. Descubra agora