Ao crepúsculo as temíveis atitudes de Beatrice Coppola eram colocadas em prática.— O Capo sabe que a senhora está aqui?— Questionou um dos capangas da família mafiosa.
— Não preciso da aprovação do meu pai para fazer justiça, George. Quando meu pai souber sentirá orgulho de mim como sempre sente.— Com as mãos no bolso de seu sobretudo, Beatrice caminha pelo galpão pouco iluminado com seu olhar fixo nos três rapazes à sua frente, as bocas presas em uma fita isolante não permitia a expressão porém seus olhos demonstravam o medo explícito.A mulher abaixou-se na altura dos homens com seu olhar mortal fixo em cada um, sentia o ódio correr pela suas veias, desejava ver o sangue daqueles abutres escorrendo pelo chão e o corpo apodrecendo sendo devorados por animais.
— Como vocês ousam...nos trair dessa maneira?— Questionou.— Bom Sr...Consigliere, Capo e um estranho que os defende feito loucos, vocês assinaram o decreto de morte de vocês. Como podem nos caluniar para os "cosa nostra"? nos caluniar para máfia aliada a nossa? que grande erro.— O tom de voz fez questão de elevar a cada palavra que dizia.— Família Hidalgo irá precisar de outro líder. Carlos traga minha arma, não estou com paciência hoje para tortura. Solo un diavolo ne punisce un altro.
O capanga seguiu até o carro da mulher pegando sua pistola como pedido, entregou nas mãos da mafiosa que destravou rapidamente.
— Espero encontrar vocês de novo.— Beatrice mira na cabeça do Capo.— No inferno.
Sangue escorria de seu cabelo durante o banho, Beatrice julgava ser sete horas da manhã quando retornou para casa e seguiu para seu quarto a fim de não chamar atenção. Esfregou todo seu corpo removendo o sangue seco que restou, sua mente agitada não colaborou para que conseguisse descansar, marcou um almoço com um chefe de um cartel de drogas onde planejava comprar mais para vendas.
Seu corpo tenso na banheira não lhe permitiu relaxar e seu telefone vibrou no chão ao lado, ao pegar viu quem era e tratou logo de atender.
— Em casa?
— Sim, cheguei quase agora...estou na banheira.— A italiana brincou com as espumas que flutuavam.
— Adoraria estar aí com você.— O comentário do homem a faz rir.— Daqui a pouco chego em sua casa, seu pai deseja que eu vá junto a você para o almoço de negócios.
— Ótimo, mesmo que eu não precise. Quando chegar lembre-se de passar no meu quarto.— Disse suas últimas palavras antes de desligar a chamada.
Finalizou seu banho a fim de sair o mais rápido possível dali.
Ao descer aguardava o café da manhã, porém viu que a mesa ainda estava sendo posta pelas empregadas. Resolveu ir ao escritório do pai, sabia que ele estava lá desde cedo. Bateu na porta e quando teve sua entrada autorizada adentrou, foi recebida com um sorriso de seu pai.
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Sovereignty
FanfictionSinopse: Certa vez disse Platão: "Não espere por uma crise para descobrir o que é importante em sua vida." Mas a Consigliere da família Coppola não esperava passar por uma crise para descobrir o que é importante para sua vida. Família Coppola passa...