Chapter Five

170 17 35
                                    




"Prezado senhor Cristian Coppola
Venho por meio deste e-mail solicitar uma reunião de negócios na tarde de quarta-feira às 17:00 horas.

Maxine Cassano"

Beatrice relia seu e-mail, especificamente este e-mail. Ao acordar às nove da manhã de quarta-feira percebeu que tinha mais oito horas para fazer o que quiser antes de assinar o maldito contrato.

Ainda estava incrédula com tudo que estava acontecendo, acreditou fielmente que se daria bem com o falso casamento até perguntas importunas começarem a surgir em sua cabeça.

"Será que a família dele vai gostar de mim?"
"Será que a minha família vai gostar dele?"
"Será que irão acreditar?"
"E se as famílias começarem a pedir por filhos?"
"Será que eu e minha família vamos ficar tão bem sucedidos mais do que já somos?"

"Será que isso tudo vai dar certo?"

Sentiu que precisava ocupar sua mente, ao parar para analisar sua vida de forma periférica percebeu que os negócios na família estava até calmo— ou talvez Cristian estivesse apenas ocultando os problemas da filha— pela manhã resolveu trocar o treino de box pela piscina, cogitou chamar sua melhor amiga porém Bárbara estava a se preparar para mais uma viagem a trabalho. Edgar, o passatempo favorito de Beatrice também estava a trabalho porém prometeu passar na casa da Coppola. Sem nada para fazer estava se sentindo uma verdadeira vagabunda.

Desceu as escadas seguindo para fora da casa, jogou sua toalha e seu vestido sobre a mesa de canto ficando apenas com o biquíni verde musgo, sentou-se na borda da piscina massageando suas têmporas.

— Porque diabos fui aceitar essa maldita ideia.— Urrou irritada.— Se a mamãe estivesse aqui, ela não aceitaria isso.

Estava prestes a adentrar na piscina se não fosse por um segurança que se aproximou chamando sua atenção.

— Srta. Coppola, o Capo da família Rizzo pede para falar com a senhorita.— Informa o homem.

— Papai não está em casa?— Questionou confusa por não ter percebido a ausência do seu pai.

— Saiu de manhã cedo para resolver algumas coisas.

— Certo, mande o Sr. Rizzo aguardar na sala de estar um pouco. Mandem-lhe servir bebidas, a que ele quiser.— Pediu a Coppola vestindo seu vestido novamente.

Subiu na direção de seu quarto trocando de roupa às pressas, antes de pôr seu vestido prendeu a sua coxa esquerda um canivete para qualquer emergência. Por mais que Cristian não tivesse desconfianças com essa família, para Beatrice ela estava na lista de suspeitos caso algo desandasse nos negócios.

Colocou seu vestido facilmente manuseável, por estar em casa trocou seus louboutins por saltos de menos valor.

Desceu ao encontro do parceiro de negócios, viu que o homem estava bem acomodado na poltrona segurando uma taça de vinho em mãos.

— Sr. Rizzo.— Beatrice abre seu sorriso mais falso. O homem se levantou, deixou a taça de lado para apertar a mão da mais nova a sua frente.

— Srta. Coppola, bom revê-la. Podemos conversar?— Perguntou um tanto sério.

— Claro, vamos ao meu escritório.— A italiana guia o mais velho até seu escritório, ao adentrar encosta a porta e não ousa fechá-la. Apesar de estar rodeada de seguranças na casa, um tiro certeiro do Rizzo poderia matá-la.— Sente-se, o que deseja falar comigo?

— Srta. Coppola, não irei enrolar. Primeiramente era para eu estar falando desse assunto com seu chefe, não com você.

— Mas acredito que ele tenha deixado claro que eu sou a Consigliere, na ausência dele eu resolvo as coisas.— Responde Beatrice em seu estado mais calmo.

SovereigntyOnde histórias criam vida. Descubra agora