As coisas boas não passavam de um sonho bom, era isso que Beatrice pensava segundos antes de cair no sono ao lado de Vincenzo Cassano. Queria acordar e ver que estava no seu quarto e tudo aquilo era um mero sonho, porém se moveu na cama macia e seu subconsciente lembra que a mesma não está em seu quarto.Abriu os olhos vagarosamente se deparando com a cortina aberta fazendo o cômodo receber uma claridade natural, apesar disso não atrapalhou em seu sono. Levando o lençol aos seios se sentou na cama de imediato sentindo seu corpo doer.
Se sentia completamente mole graças a noite anterior, se arrependeu amargamente de não ter ido embora e ter dormido lá, a essa altura do campeonato Cristian estava nervoso procurando por ela— Beatrice pensou— a Coppola reúne suas forças para sair da cama. Vincenzo não estava no cômodo então a mulher apenas recolheu suas roupas seguindo para o banheiro da suíte.
Se encarou no grande espelho do banheiro e viu seu estado deplorável, seu corpo estava com marcas que não era possível esconder— apenas as do pescoço— vestiu suas roupas em seguida lavando seu rosto lhe dando um aspecto melhor.
Vasculhou descaradamente as coisas de Vincenzo à procura de um pente de cabelo, ao encontrar colocou seus fios no lugar se sentindo pronta para sair do quarto.
Ao caminhar sentia um grande desconforto em sua intimidade, saiu do quarto caminhando pelo pequeno corredor que levava a sala principal.
Encontrou Vincenzo sentado em seu sofá mexendo em seu tablet de forma concentrada enquanto na televisão da sala passava uma apresentação de phantom of the opera.Ao notar a presença de Beatrice, o italiano ergueu seu olhar para mulher mandando um sorriso singelo.
— Bom dia, Srta. Coppola.
— Bom dia, Sr. Cassano.— Respondeu observando a apresentação por um instante.— Fantasma da ópera é incrível.
— Gosta de ópera?— Questionou o Cassano surpreso.
— A pergunta é quem não gosta. Uma das mais belas formas de expressar a arte.— Respondeu a mulher sorrindo fraco.
— Caso queira tomar café, fiz algumas coisas.— Apontou para a mesa onde tinha alguns alimentos de café da manhã.
— Agradeço mas preciso ir, preciso ir para casa.— A mulher afirma e o Cassano assente. — Posso te levar até o seu carro? Que eu me lembre ele não está por perto.
— Obrigada, mas não vai precisar.— A Coppola vê que sua arma estava no mesmo canto que a jogou, pegou enfiando dentro de sua calça e também pegou seu celular.
Vincenzo se levantou seguindo a porta de sua casa, Beatrice reparou no mesmo, era estranho o ver fora de um terno— apesar de ter visto além dele— o homem vestia um pijama azul aparentemente de marca, seu cabelo não estava no penteado de costume, havia um conjunto de mechas caída sobre o rosto do rapaz.
— Até logo.— O homem segura a mão de Beatrice depositando um beijo rápido.
— Até, Sr. Cassano.
A mulher saiu do prédio fechando seu blazer a fim de esconder a mancha de vinho que estava impregnado nela.
Não demorou para chegar ao seu carro, adentrou nele pondo seu cinto de segurança. Pegou seu telefone pela primeira vez desde que entrou na casa do Sr. Cassano na noite anterior.
Havia muitas ligações perdidas, tanto de sua família quanto de sua melhor amiga. E tratou de ligar para ela.
Bárbara atende em questão de segundos.
— Como você ousa sumir assim?— A mulher berrou do outro lado da linha.
— Posso passar na sua casa?— Beatrice ignorou a gritaria.
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Sovereignty
FanfictionSinopse: Certa vez disse Platão: "Não espere por uma crise para descobrir o que é importante em sua vida." Mas a Consigliere da família Coppola não esperava passar por uma crise para descobrir o que é importante para sua vida. Família Coppola passa...