A sensação estranha em sua barriga a fez despertar. Beatrice levantou-se da cama e sua cabeça doeu, sua visão girou, tudo que ela havia bebido subia implorando para sair de seu corpo.Em passos rápidos cambaleou até o banheiro da suíte, se ajoelhou em frente ao sanitário e colocou para fora tudo que tinha dentro dela. Quando seu esforço acaba, a mesma se senta no chão levando a mão à cabeça, latejava de dor.
Prometeu a si mesma que nunca mais beberia assim novamente. Olhou para o quarto vendo que o céu já havia clareado, com esforço se levantou do chão seguindo a pia. Lavou seu rosto, escovou seus dentes, despertou de vez. Se sentia estranhamente sensível e estava com a sensação que a qualquer momento vomitaria novamente.
Caminhou para fora do banheiro e ainda Bárbara dormia. Seguiu para fora de seu quarto, mesmo após lavar seu rosto, seus olhos pesavam de sono. Andando pelo mesmo andar, bateu na porta de seu pai em seguida abrindo.
Encontrou a cama desfeita e estava prestes a sair do cômodo pensando que Cristian já havia descido.
— Filha?— Ouviu a voz masculina chamá-la e se virou de imediato entrando no quarto.
— Pai...— Adentrou ao banheiro e viu o mesmo de frente para o espelho espalhando espuma de barbear no seu cavanhaque. Seu corpo estava coberto por um roupão azul marinho.— Pai! não faz isso.
— Vai me rejuvenescer trinta anos, vita mia.— Disse o mais velho e Beatrice revirou os olhos. A Coppola abraça seu pai pelas costas.— Está tudo bem?
— Eu que te pergunto.— A italiana devolve.— O que está acontecendo? fiquei sabendo de algumas coisas.
— O que?— O mais velho permanece concentrado no espelho.
— Saídas de madrugada, estresse excessivo.— Beatrice solta seu pai encarando seus olhos através do espelho.— Você não é novo, quer ter um infarto?
— Vaso ruim não quebra, Beatrice Coppola.— O Coppola tira a navalha do suporte em cima da bancada.
— Não me enrola mais, me fala o que está acontecendo, Cristian Coppola.— Beatrice voltou seu olhar para o pai seriamente.
— Não está acontecendo nada! Meu estresse, minhas saídas, não foram nada. Só mostra que eu preciso de você comigo me auxiliando com os negócios. Estive estressado demais cuidando das coisas sozinho do meu jeito, nós dois temos uma forma de trabalhar que seus primos e seus tios não entendem!— O homem se apoia contra a bancada encarando a filha com seriedade.
As palavras por pouco quase contaminam o cérebro da Coppola, se não fosse tão manipuladora quanto ele...até acreditaria.
— Não vou lhe pressionar mais. O senhor é adulto, quando quiser me contar me conte.— Beatrice se coloca na ponta dos pés dando um beijo em sua bochecha.— Te amo, pai.
— Também amo você, vita mia.— Respondeu.
— Se me ama mesmo, não vai raspar a barba.— A mais nova sorriu o desafiando. Cristian encarou a navalha em sua mão soltando um longo suspiro, a colocou de volta no suporte abrindo a torneira. Beatrice sorriu de orelha a orelha.— Vou acordar a Bárbara.
— Acorde, ou vou acorda-lá com um balde de água.— A italiana riu com a fala do pai enquanto caminhava para fora do cômodo.
Adentrou em seu quarto e viu a Caccini na mesma posição. Se sentou no lado livre da cama pegando seu telefone na mesa de canto, abriu o contato de Vincenzo decidindo mandar uma mensagem pedindo para adiar sua vinda agora de manhã. Decidiu voltar a sua antiga rotina pelo menos uma última vez. O Cassano logo respondeu dizendo que mandaria mais tarde um motorista para buscar as coisas dela que ficariam na casa dos Cassano a partir de agora.
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Sovereignty
FanfictionSinopse: Certa vez disse Platão: "Não espere por uma crise para descobrir o que é importante em sua vida." Mas a Consigliere da família Coppola não esperava passar por uma crise para descobrir o que é importante para sua vida. Família Coppola passa...