Sovereignty

Chapter Thirteen

O amanhecer havia chegado sem demora, com sua costumeira rotina, Vincenzo acordou, se exercitou, saiu para resolver problemas e mais problemas, no fim parando em seu escritório sozinho novamente.

Duas batidas foram ouvidas em sua porta e Vincenzo logo autorizou a entrada, viu que era Lucca.

— Bom dia, Vincenzo. Tenho aqui a ficha que o senhor pediu.— disse Lucca, entregando a pasta para o chefe.

Sua curiosidade foi maior, e do dia para o outro o Cassano conseguiu puxar a ficha do homem que dançava com Beatrice em sua despedida de solteiro.

Vincenzo pegou a pasta com um olhar que parecia perfurar a alma. Ele abriu a pasta e começou a ler as informações.

— Allan Juan Gonzales, mexicano, 34 anos, engenheiro.— Leu Vincenzo em voz alta, com um tom que misturava incredulidade e raiva.

Lucca notou a mudança no semblante de Vincenzo e hesitou antes de continuar.

— Ele tem uma vasta experiência em projetos internacionais e é fluente em três idiomas: espanhol, inglês e português— Acrescentou Lucca, tentando manter o profissionalismo.

Vincenzo lançou um olhar penetrante para Lucca, antes de continuar a leitura com um tom mais sombrio.

— Ele também tem um histórico de envolvimento em festas e baladas pelo visto.— Disse Vincenzo, com uma ênfase significativa na última palavra.

— Vincenzo, deixe isso para lá. O que está planejando fazer?— Perguntou Lucca receoso.

— Não planejo fazer nada, só queria saber quem era a pessoa. Vai que é algum inimigo.

— Se fosse a senhorita Coppola saberia Sr. Cassano.— Lucca afirmou e o italiano revirou os olhos.

— Obrigado por trazer a ficha, pode ir.— O homem pede e Lucca assente se retirando da sala em protesto.

Seu telefone vibrou e viu que era seu primo.

— Giuseppe.— Atendeu a chamada.

— Trabalho feito, primo. Ele já está a sete palmos a abaixo da terra.— O Cassano sorriu satisfeito.

— Comprou as passagens?

— Sim, amanhã ao fim da tarde estou indo para Veneza.— Afirmou o primo.

— Ótimo, você será bem recompensado.— Vincenzo afirmou satisfeito.

Talvez tenha tomado essa decisão de cabeça quente, já era tarde demais para voltar atrás. Apenas quis evitar boatos ou algo que pudesse surgir caso vissem a mulher do sr. Cassano em uma boate dançando com outro homem. Com a ajuda de uma equipe profissional, acessou o celular de todos que estavam naquela boate a procura de algum vídeo suspeito ou foto, por sorte não havia nada.

Tudo para proteger a reputação da família Cassano e da família Coppola.

No coração de Veneza, as ruas sinuosas e os canais cheios de charme acolhiam Beatrice e suas amigas, que se dirigiam a um restaurante conhecido. Beatrice, ainda se recuperava da noite anterior, mas inacreditavelmente se sentia contente. Ao seu lado, Anna, Barbara, Maxine, Alice e Octavia conversavam animadamente, as risadas ecoando pelas ruelas estreitas.

Chegando ao restaurante, um local aconchegante com mesas ao ar livre e vista para um canal tranquilo, elas se acomodaram em uma mesa redonda, aproveitando a brisa fresca que ajudava a aliviar a ressaca.

— Preciso de um café forte.—  disse Beatrice, sorrindo fraco enquanto se sentava.— Ontem foi uma noite e tanto.

— Você estava incrível na dança! Acredito que aquele mexicano adorou cada segundo.— exclamou Alice sendo irônica, ainda energizada pelas lembranças vividas da festa.