Sinopse: Certa vez disse Platão: "Não espere por uma crise para descobrir o que é importante em sua vida."
Mas a Consigliere da família Coppola não esperava passar por uma crise para descobrir o que é importante para sua vida.
Família Coppola passa...
Beatrice Coppola se levantou silenciosamente às quatro da manhã, cuidando para não acordar suas madrinhas que dormiam profundamente nos colchões espalhados. Os primeiros raios de luz começavam a tingir o céu de Veneza com uma paleta suave de cores. Vestiu-se rapidamente, escolhendo um casaco leve e sapatos confortáveis para uma caminhada matinal.
Ao sair pela porta da frente, Beatrice encontrou Clement, o funcionário de confiança de Bárbara, já a esperando. Ele era um homem de aparência severa, mas com um coração gentil, sempre disposto a ajudá-la em qualquer necessidade.
— Perdão a inconveniência, a senhorita vai sair agora?— Perguntou Clement vendo a mulher vestir seu sobretudo.
— Sim eu irei.
— Vou lhe acompanhar.
— Não precisa, tem que ficar na casa Clement.
— Temos outros seguranças aqui, se a senhora sair sozinha a senhorita Caccini pode me matar...talvez.— A forma engraçada que o rapaz fala faz Beatrice aceitar a companhia.
Juntos, começaram a caminhar pelas ruas estreitas e labirínticas da cidade, que a essa hora do dia estavam desertas, exceto pelos primeiros sinais de vida dos comerciantes preparando suas lojas para um novo dia.
Enquanto caminhavam em silêncio, apreciando a tranquilidade da manhã, o celular de Beatrice vibrou em seu bolso. Ela pegou o aparelho e viu o nome de Sebastian na tela. Suspirando, atendeu a ligação.
— Sebastian? — disse, tentando manter a voz calma.
— Srta. Coppola. — respondeu ele, a tensão evidente em sua voz. — Ainda não encontramos quem estragou o nosso negócio. Estou começando a ficar preocupado.
A irritação de Beatrice aumentou instantaneamente. Ela parou de andar, forçando Clement a parar também e se virou para encarar o horizonte enquanto falava.
— Isso é inaceitável, Sebastian. — Sua voz era fria e controlada. — Já perdemos tempo demais. Vou colocar minha equipe para procurar. Eles são mais eficientes.
— Tudo bem, faça o que for necessário, nesse requisito você tem razão— disse Sebastian, resignado. — Só quero que resolvamos isso logo.
— Nós vamos resolver, eu adoraria pensar o que o senhor Cassano acharia disso. — Beatrice desligou a chamada. Ela voltou-se para Clement, que a observava silenciosamente.— Vamos continuar — disse ela, retomando a caminhada com passos decididos. Clement seguiu-a, em silêncio, sabendo que não era o momento para perguntas.
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Ao retornar para casa as mulheres já estavam mais que acordadas, estavam dispostas para o novo dia. Seria o último dia de festança, até porque as senhoras chegariam no dia seguinte.
Beatrice adentrou a casa e Barbara foi a primeira a notar sua presença.
