Sovereignty

Chapter Thirty-Three

O Capítulo pode conter gatilhos!

Two weeks later

Beatrice estava deitada na maca, ansiosa e com os olhos fixos na tela enquanto Meredith examinava os gêmeos. Vincenzo estava ao lado dela, segurando sua mão com firmeza, um gesto que se tornou costume ao passar das consultas. A médica sorriu, tranquilizando o casal.

— Beatrice, você está indo muito bem — disse Meredith, com um sorriso. — Seus exames indicam que seu corpo está preparado e saudável para um parto normal. Se esse for o seu desejo, acredito que podemos seguir por esse caminho.

Os olhos de Beatrice brilharam com a notícia, e ela sorriu, aliviada.

— Eu quero, sim, um parto normal. Quero que seja o mais natural possível — afirmou ela, determinada.— Uma ideia de um bisturi cortando minha barriga não me agrada muito.

Vincenzo acariciou a mão de Beatrice, orgulhoso da força dela.

Mas, antes que ele pudesse dizer algo, seu celular vibrou. Vincenzo olhou para a tela e viu o nome de Bárbara, sua expressão mudando levemente. O mesmo se solta da aliada e se levanta seguindo para um canto onde possa conversar sem chamar atenção.

— Bárbara, o que houve? — perguntou Vincenzo em voz baixa.

Do outro lado da linha, Bárbara suspirou.

— Vincenzo, preciso te avisar sobre algo. Eu e meu pai fomos convidados para um jantar na casa dos Rizzo... de novo. Parece que ele está envolvido em alguns problemas sérios com a máfia.

Beatrice havia tomado decisões ousadas que estavam afetando diretamente os negócios da família Rizzo. Determinada, ela entregou provas contundentes para algumas famílias aliadas dos Rizzo, expondo os esquemas de tráfico de mulheres e crianças. Não satisfeita apenas em revelar os crimes, Beatrice ameaçou essas famílias, afirmando que, se não cortassem os laços com os Rizzo, ela daria um jeito de incriminá-los como cúmplices.

Uma de suas condições foi para essas famílias cortarem laços sem explicar a Rizzo o motivo, ou omitir o motivo verdadeiro.Os aliados, intimidados pela firmeza de Beatrice, começaram a se afastar, o que enfureceu a família Rizzo.

— Entendo. Obrigado por me informar, Bárbara. Vou lidar com isso — respondeu Vincenzo, encerrando a chamada.

Ao voltar para o lado de Beatrice, ele disfarçou a preocupação, mas ela o conhecia bem demais para não perceber.

— Vincenzo, está tudo bem? — perguntou ela, segurando sua mão com mais firmeza.

Ele esboçou um sorriso, tentando tranquilizá-la.

— Só algumas questões para resolver depois. Nada que você precise se preocupar agora — respondeu ele, acariciando suavemente o rosto dela. — Vamos focar neles, certo?

Beatrice assentiu, deixando-se acalmar por ele, mas ambos sabiam que, lá fora, os problemas se acumulavam. Se havia alguém que sempre preza por esses momentos onde o foco é os gêmeos é Vincenzo, ele nunca permitia que nada atrapalhasse.

Meredith desligou o aparelho e sorriu para Beatrice, percebendo a força e determinação que a paciente exalava.

— Bem, Beatrice — disse Meredith, tirando o gel da barriga dela. — Faltam exatos três meses para o nascimento dos seus bebês. Está passando rápido, não acha?

Beatrice sorriu, mas seus olhos ainda refletiam a tensão dos últimos dias.

— Passando rápido até demais, Meredith. Três meses parecem muito, mas tenho a sensação de que, com tudo o que está acontecendo, vão passar voando.