Chapter Nine

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O dia clareou com o céu coberto por nuvens pesadas de chuva, o que alegrou um pouco Beatrice já que adorava quando o céu ficava dessa forma. Lembrava vagamente ela, por mais que quisesse mostrar seu sol sabia que estava suja demais para isso, por isso permanecia no meio termo. Ainda estava a decidir se um dia seria uma manhã ensolarada ou seria eternamente um dia nublado onde até o vento não sabe como se portar, se vem forte demais ou não vem já que não sabe como o céu nublado irá reagir. Se vai vir como tempestade ou vai segurar-se em suas nuvens escuras e escondendo nela seus temores, medos e fracassos.

Havia se passado dois dias desde que Beatrice conheceu o apartamento de Vincenzo, onde o pequeno incidente aconteceu. Beatrice não conversou com seu pai como tinha combinado com Vincenzo, Cristina insistia em não conversar muito com a filha ao ponto de deixar a família perceber. Era sua filha afinal, não iria lhe punir de forma tão desprezível.

O dia começou cedo para Beatrice Coppola, antes de resolver qualquer problema do seu dia, foi chamada para ir à casa dos Cassano. Regina queria conversar sobre algumas coisas relacionadas ao casamento. Afinal era em dois meses, tanto Beatrice quanto Vincenzo não desejavam uma festa grandiosa— até porque era um casamento de fachada— convidariam as famílias liadas de ambas famílias, iriam entrar em consenso sobre isso da forma correta. A Coppola escolheu as coisas da lista que Vincenzo deu e iria lhe mostrar mais tarde.

Beatrice finaliza seu chá com a sogra de consideração e seu telefone vibra atraindo a atenção de Regina.

— Perdão, posso atender?— A Coppola pediu educadamente a Alice, Anna e Regina que permitiram. Beatrice se dirigiu até a adega da casa que era próximo ao cômodo que já estava, olhou seu telefone vendo que era Bárbara.— Olá, minha linda.— Atendeu a chamada.

— Olá minha vaca, tentei ligar para seu pai, porém ele não atendeu. Meu pai está convidando ele e a família Coppola para um jantar íntimo que ele vai dar aqui em casa amanhã à noite.

— Oh, sério? Poderia me dizer quais são as famílias? queria me informar de algo.

— A família do seu noivo também está convidada, para desencargo de consciência.— Bárbara foi certeira onde Beatrice queria chegar.

— Ótimo! Bom saber, avisarei ao meu pai.— Logo a mulher se despede de sua melhor amiga. Viu algumas mensagens de sua tia relacionadas a algumas coisas da máfia que seria necessário resolver urgentemente.

Não havia percebido que um membro da família Cassano também de aproximava da adega. Giuseppe Cassano.

Seu olhar se volta para ele e Beatrice sorriu educadamente, não tinha tido oportunidades de ficar a sós com Giuseppe porém sabia que ele havia lhe reconhecido desde o jantar que a mesma foi apresentada.

— Srta. Coppola.— O homem procura entre as milhares de bebidas alcoólicas uma garrafa específica de uísque.— Aceita?— Perguntou pegando um copo de vidro.

— Não obrigada, ainda está cedo para beber.— A mulher responde.— Como vai?

— Vou bem, estaria melhor se soubesse como anda sua amiga.— O rapaz toca no assunto fazendo Beatrice o olhar rapidamente.

— Ela estaria melhor se estivesse com o vestido dela.— A Coppola proferiu em tom irônico.

— Tenho uma dúvida, porque ela ficou tão nervosa por conta de um vestido?— Perguntou Giuseppe.

— Era um vestido que ela ganhou de alguém especial para ela, então fez sentido ela lá desejar sua morte.— Beatrice responde e Giuseppes analisa mulher sem reação.

— Me senti culpado, não vou negar. Mas de qualquer forma eu não tinha feito por mal. O temperamento dela é assim mesmo?

— Sim, exatamente assim.— Beatrix e afirmou.— Bêbada apenas piorou. Mas enfim, tenho que resolver algumas coisas. Foi bom revê-lo, Sr. Cassano.

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