~Prologue~

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Cristian serviu mais uma dose de uísque para o negociante a sua frente, a Itália estava em sua época mais fria do ano e nada como um bom álcool para aquecer e mudar as cabeças das pessoas.

— As coisas melhoraram bastante graças a sua ajuda, Sr. Cassano.— Afirmou o homem enquanto observava Vincenzo levar a boca o uísque servido.

— Soube que o Cartel de Sinaloa manteve a palavra deles em continuar transportando tudo para vocês.— Comentou Cassano em tom sereno.— Só queria saber se as coisas continuavam como planejado.

— Sim, está tudo seguindo bem. Se o senhor não tivesse passado o contato deles não conseguiríamos negociar, agradeço mais uma vez.— Cristian acende o charuto em cima de sua mesa o levando a boca.— E as coisas com a família Cassano, como vão?

— Serenas como sempre, até agora nada saiu do controle.— Vincenzo respondeu após alguns segundos pensante.

— Isso é bom, por isso a família de vocês é renomada e respeitada, Vincenzo. Desde o reinado de Fábio, tudo sempre se manteve nos trilhos.

— Fábio era sensato, e pretendo continuar mantendo a imagem da família limpa assim como era nos anos dele.

— Vai continuar sendo assim, Sr. Cassano.— Cristian se manteve em silêncio encarando o homem à sua frente, e algo lhe dizia que Vincenzo queria mais além de elogios.— O que você ainda quer, Vincenzo?

— Eu lhe ajudei, e quero meu pagamento. Acreditei que comentaria algo, mas isso só mostra o quão desatento você é, Cristian.— Vincenzo farpeou.

— Não sou desatento Vincenzo, estou pensando em uma forma de retribuí-lo...eu só preciso de tempo.— Coppola foi rápido em suas palavras.— Não quero que você seja retribuído de qualquer jeito. Minha família é respeitada e temos uma imagem a zelar e não seria do meu feitio fazer isso de qualquer jeito.

Vincenzo jogou sua carta e a recebeu rasgada.

Isso o agradou.

Se agradou com a resposta do Coppola, iria com toda certeza continuar negócios com essa família.

Folgou a gravata de seu pescoço esparramando-se na cadeira de seu escritório, Maxine adentrou ao perceber que o irmão chegou e o seguiu de imediato

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Folgou a gravata de seu pescoço esparramando-se na cadeira de seu escritório, Maxine adentrou ao perceber que o irmão chegou e o seguiu de imediato.

— Vincenzo.— A mulher adentra ao cômodo.— Como foi lá?

— Ótimo, agora estou bem ciente de que serei bem recompensado pela ajuda.— Maxine caminha até a mesa sentando-se de frente para o irmão.

— Amém! Nossas taxas estão caindo cada vez mais, tive que subir cada vez mais o preço que cobramos para dar proteção. Receio que eles se revoltem contra nossa família.

— Isso não chegará a acontecer, mas temos que encontrar uma forma dessa crise parar. Tudo culpa daquele maldito Paolo, desgraçado. Algum sinal dele?

— Não, também sumiria do mapa com medo das consequências depois de ter atrapalhado os negócios da máfia por mal caráter.— Maxine murmurou.

— Não vou conseguir manter as aparências da nossa família por muito tempo. Aguardo mesmo que a família Coppola abra as portas para nós. Apesar de termos influência e ótimas alianças não é o suficiente.

— Vincenzo não se cobre tanto por conta de nossa família.

— Maxine você não entende, eu sou o Capo e eu tenho que me cobrar com certeza pelo bem da nossa família.— O italiano aumenta o tom de voz.

— Eu sou sua consigliere além de irmã, também sei dos nossos problemas mas o seu medo de decepcionar nossa família é maior por sermos adotados.— Vincenzo a encara em seguida puxando o ar com total força existente.

— Você deveria me respeitar, baixe o tom de voz para falar comigo e lembre-se que sou mais velho que você além de seu chefe.

— Certo, Sr. Cassano. Vou retornar ao meu escritório, perdoe-me pelo transtorno.— A italiana se levanta da cadeira seguindo para fora do cômodo.

Mais uma vez o Cassano percebeu que passou dos limites, não com a sua consigliere mas sim com sua irmã.

Mais uma vez o Cassano percebeu que passou dos limites, não com a sua consigliere mas sim com sua irmã

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