Bárbara Caccini observava o pai servir-se de um generoso pedaço de lasanha, distraído com o ritual de domingo. O almoço em família era a única tradição que ela respeitava, apesar de todas as divergências e todos os desvios de caráter que ele cometia com ela.Raul, seu pai, era um homem honesto e de caráter firme, mas também ingênuo para certas realidades. Ela sabia disso melhor do que ninguém.
— Ah, Bárbara, quase esqueci de te contar uma novidade — disse Raul, enquanto passava o guardanapo pelos lábios. — Recebemos um convite especial para um jantar essa semana.
Ela ergueu as sobrancelhas, curiosa.
— Convite? De quem?
— Da família Rizzo. Achei até que você ficaria surpresa — respondeu ele, com um sorriso satisfeito. — Acredita que me chamaram para jantar na casa deles?
Bárbara tentou não reagir de imediato, mantendo uma expressão neutra. A família Rizzo tinha uma reputação sombria, algo que seu pai claramente ignorava. Ela hesitou por um momento, considerando se deveria alertá-lo.
— Sério? E... o que eles querem? — perguntou, escolhendo as palavras com cuidado.
Raul deu de ombros, como se não visse nada de suspeito.
— Não sei, exatamente. Disseram que só queriam jantar conosco, convidaram outras famílias também. Somos aliados há tantos anos, é até gentil da parte deles, não?
Bárbara mordeu o lábio, ponderando. Ela conhecia o suficiente sobre os Rizzo para saber que "gentileza" não era uma característica comum a eles.
— Pai, você acha mesmo que é uma boa ideia? — perguntou, tentando disfarçar sua preocupação.
— A família Rizzo... eles não são exatamente... comuns.Raul riu, achando graça da cautela da filha.
— Você e essa mania de desconfiar de tudo! Eles são pessoas influentes. Não vejo problema nenhum em estreitarmos laços com eles.
Bárbara soltou um suspiro, frustrada com a ingenuidade do pai.
— Só... tome cuidado, está bem? — ela disse, lançando-lhe um olhar firme. — Às vezes, nem tudo é o que parece.
Raul fez uma pausa, como se analisasse o tom da filha, mas logo acenou com a cabeça, sorrindo de leve.
— Não se preocupe, minha querida. Sou um homem cauteloso.
Minha querida.
Eram raras as vezes em que Bárbara era bem tratada pelo próprio pai, essa é aquelas das poucas vezes que conseguia manter um diálogo direito com ele.
Após o almoço com Cristian, Bárbara se apressou em ir para a mansão Cassano contar para a melhor amiga a novidade. Sentia que de alguma forma ir a esse jantar seria útil para o plano de Beatrice.
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Sovereignty
FanfictionSinopse: Certa vez disse Platão: "Não espere por uma crise para descobrir o que é importante em sua vida." Mas a Consigliere da família Coppola não esperava passar por uma crise para descobrir o que é importante para sua vida. Família Coppola passa...