Chapter Thirty-Two

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Bárbara Caccini observava o pai servir-se de um generoso pedaço de lasanha, distraído com o ritual de domingo. O almoço em família era a única tradição que ela respeitava, apesar de todas as divergências e todos os desvios de caráter que ele cometia com ela.

Raul, seu pai, era um homem honesto e de caráter firme, mas também ingênuo para certas realidades. Ela sabia disso melhor do que ninguém.

— Ah, Bárbara, quase esqueci de te contar uma novidade — disse Raul, enquanto passava o guardanapo pelos lábios. — Recebemos um convite especial para um jantar essa semana.

Ela ergueu as sobrancelhas, curiosa.

— Convite? De quem?

— Da família Rizzo. Achei até que você ficaria surpresa — respondeu ele, com um sorriso satisfeito. — Acredita que me chamaram para jantar na casa deles?

Bárbara tentou não reagir de imediato, mantendo uma expressão neutra. A família Rizzo tinha uma reputação sombria, algo que seu pai claramente ignorava. Ela hesitou por um momento, considerando se deveria alertá-lo.

— Sério? E... o que eles querem? — perguntou, escolhendo as palavras com cuidado.

Raul deu de ombros, como se não visse nada de suspeito.

— Não sei, exatamente. Disseram que só queriam jantar conosco, convidaram outras famílias também. Somos aliados há tantos anos, é até gentil da parte deles, não?

Bárbara mordeu o lábio, ponderando. Ela conhecia o suficiente sobre os Rizzo para saber que "gentileza" não era uma característica comum a eles.

— Pai, você acha mesmo que é uma boa ideia? — perguntou, tentando disfarçar sua preocupação.
— A família Rizzo... eles não são exatamente... comuns.

Raul riu, achando graça da cautela da filha.

— Você e essa mania de desconfiar de tudo! Eles são pessoas influentes. Não vejo problema nenhum em estreitarmos laços com eles.

Bárbara soltou um suspiro, frustrada com a ingenuidade do pai.

— Só... tome cuidado, está bem? — ela disse, lançando-lhe um olhar firme. — Às vezes, nem tudo é o que parece.

Raul fez uma pausa, como se analisasse o tom da filha, mas logo acenou com a cabeça, sorrindo de leve.

— Não se preocupe, minha querida. Sou um homem cauteloso.

Minha querida.

Eram raras as vezes em que Bárbara era bem tratada pelo próprio pai, essa é aquelas das poucas vezes que conseguia manter um diálogo direito com ele.

Eram raras as vezes em que Bárbara era bem tratada pelo próprio pai, essa é aquelas das poucas vezes que conseguia manter um diálogo direito com ele

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Após o almoço com Cristian, Bárbara se apressou em ir para a mansão Cassano contar para a melhor amiga a novidade. Sentia que de alguma forma ir a esse jantar seria útil para o plano de Beatrice.

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