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CHARLES LECLERC

       Abro meus olhos devagar sentindo meu braço doer um pouco e formigar. Tento o puxar do que quer que fosse e assim que viro meu rosto para o lado sou pego de surpresa com fios de cabelos para cima. Era a cabeça de Melina deitada em meu braço e o deixando dormente. Por segundos havia até me esquecido que ela tinha dormido por aqui, já que não costumava trazer mulheres para cá. E quando acontecia eu não tinha um dos melhores sonos e não dormia nesse quarto.

Me mexo um pouco desconfortável tentando puxar meu braço sem a acordar mas não obtenho sucesso, muito pelo contrário, Melina apenas se remexe se aproximando mais e passando um de seus braços por meu corpo. Não sabia se a acordava ou não, pois ela parecia estar dormindo em um sono tão profundo, mas por outro lado meu braço estava doendo como nunca.

- Melina... — Murmuro passando a mão em seu cabelo com algumas mexas claras e tentando a acordar de uma forma delicada.

- 'Charlie...'— Ela resmunga de volta se aconchegando mais em mim e puxando mais cobertor para seu corpo.

Suspiro derrotado e passo a olhar para o teto. Estava com sede mas com preguiça de se levantar sabe se lá que horas da manhã.

Fico ali parado por mais alguns minutos fazendo cafuné em seu cabelo, sabia que teria que esperar ela acordar para poder levantar.

- Melina, acorda. Preciso ir no banheiro. — Falo baixinho e passo minha mão por seu rosto, em uma tentava de a faze-la acordar.

Ela começa a abrir seus olhos devagar e assim que o faz totalmente me encara por alguns segundos e logo os arregala. Seus olhos eram bonitos e também tinham um tom de verde.

- Bom dia... — Ela resmunga com suas bochechas ganhando um tom avermelhado e se afastando, vindo a coçar garganta. - Que horas são?!

Melina desvia o olhar e sorrio de lado. Ela já imaginava que eu não iria ficar quieto sobre ela estar dormindo praticamente abraça á mim.

- São exatamente 11:37, e também exatamente hora de você assumir que está louca por mim. — Sorrio me sentando na cama virando o rosto para Melina. - Dormiu agarrada em mim, tenho certeza que estava tendo ótimos sonhos com a minha pessoa!

- Está mais para pesadelos. — Ela fala se sentando também e afastando o cabelo do rosto. - Preciso ir para minha casa. Mais uma dia com você e ganho atestado de insanidade.

- Então você assume que sonhou comigo? Pesadelos continuam sendo sonhos, amor. — Dou uma piscadela para a menina e dou risada em seguida. - Sinta-se livre pra ir, não tem ninguém te prendendo aqui. Quer dizer, não mais.

Ontem pela noite quando voltei a abraçar Melina pela cintura ainda estava acordado, apenas queria que ela ficasse quieta e dormisse. Por isso fingir já estar em meu décimo quinto sono.

Melina joga um travesseiro em mim e vem a se levantar, abrindo sua grande mala com inúmeras coisas dentro.

- Quero trocar de roupa, pode me dar alguns segundos de privacidade? — Ela pergunta jogando para cima da cama um vestido de alcinhas rosa.

- Não posso. Estou no meu quarto e bem confortável. — Falo cruzando os braços enquanto á olha de cima a baixo. Melina era bonita. Muito bonita, para ser mais exato.

- Gosta do que vê?! — Melina fala ao perceber meu olhar e da uma voltinha em seu pijama de dormir curto.

- Digamos que se você não fosse a cara do Max dava pra ir. — Sabia que ela detestava quando diziam que ela era a cara do Max, então adorava fazer esse tipo de piada.

Melina me manda um olhar furioso e cruza seus braços. Ela detestava isso e eu me divertia.

- Você é ridículo, Leclerc. — Ela fala pegando seu vestido rosa que estava em cima da cama e começando a caminhar em direção ao banheiro.

- Não precisa ficar irritada, Mel! — Falo mais alto já que estava ela estava praticamente dentro do banheiro. - Estou apenas brincando!

Vejo a porta se trancar e aproveito para abrir a janela, já que eu estava quase morrendo intoxicado com o cheiro do perfume doce de Melina.

Piso em de seus saltos e reviro os olhos, o pegando e jogando para dentro da mala. Tinha sorte que era apenas por hoje, não iria aguentar achar coisas da Melina por meu quarto há cada passo.

- Você vai me levar para almoçar. — Melina fala saindo do banheiro com após alguns minutos com uma leve maquiagem em seu rosto e a olho meio incrédulo pensando em negar, mas sabia que seria meio inútil. Ela não me deixava ter escolhas.

Sem muitas outras opções caminho até o banheiro e escovo meus dentes, dando uma ajeitada rápida em meu cabelo e lavando meu rosto.

- Nosso namoro falso tinha duração de só um dia, sabia!? — Digo saindo do banheiro e vejo ela me olhando com um olhar mortal. - Mas onde a madame gostaria de almoçar?

- Não sei. Você escolhe. — Ela fala dando de ombros e se abaixando para pegar um salto branco da mala, o que me faz perceber que era mais um de seus vestidos curtos.

- Voce não cansa de sair comigo mostrando a bunda, né? — Digo abrindo meu armário colocando uma camiseta branca e pegando uma calça qualquer e a vestindo também. - Ia por algo todo colorido pra te envergonhar, mas decidi te poupar da vergonha.

- Meu vestido está em comprimento normal. — Ela fala revirando os olhos enquanto se abaixa e procura por algo na mala. - Não sei porque se incomoda tanto com os meus vestidos.

- Porque os outros ficam olhando, e se alguém mexer com você eu vou ter que assassinar alguém ou quem é assassinado sou eu. — Falo calçando meus tênis e me sento na cama esperando que que ela  termine de se arrumar.

- Você é tão exagerado. — Ela resmunga e eu reviro meus olhos. Melina era bonita e atraía muitos olhares. E eu também sabia que assim como eu outros homens também iriam reparar em seu corpo, o que me incomodava um pouco para ser honesto.

Melina finalmente pega a bolsa que procurava em sua mala e começo a caminhar até a porta, não dando chance para que ela inventasse de querer pegar mais alguma coisa ou não sairíamos tão cedo.

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oi oi oi

faking it | charles leclerc Onde histórias criam vida. Descubra agora