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se tiver bastante comentários e votos eu posso o terceiro capítulo da maratona ainda hoje a noite, aproveitem que a escritora está boazinha

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MELINA VERSTAPPEN

     Retoco meu gloss labial pela milionésima vez, não deixando de sorrir enquanto encaro meu reflexo no espelho da penteadeira. Estou bonita. Aliás, muito bonita. Hoje tem a apresentação de um trabalho importante na faculdade que valerá boa parte das notas, então, nada melhor do que passar uma boa impressão para turma, e para o senhor Evans, o professor carrasco.

Graças aos céus, a última noite foi extremamente tranquila. Charles me deixou em casa após ás 17h e voltou para sua. Tinha conseguido estudar e decorar tudo o que irei apresentar junto ao meu grupo. Era um trabalho simples, apenas iríamos falar sobre os diferentes padrões de moda em diferentes países, porém eram muitos detalhes que não poderíamos deixar faltar.

Pego minha mochila em cima da cama, e penduro uma das alças em meu ombro esquerdo. Caminho até a porta de meu quarto e respirando fundo antes de abrir e dar os primeiros passos para fora do meu ninho. Respiro fundo ao descer as escadas e nego com a cabeça. De fato eu estou um pouco nervosa com a apresentação do trabalho, tanto que acordei uns minutinhos mais cedo para tomar café, me arrumar, e principalmente, não perder a hora coisa que acontecia com frequência.

Afasto alguns pensamentos que estão me causando ansiedade e caminho até a cozinha para pegar minha garrafinha de água, e beber um pouco na tentativa de me acalmar, mas acabo por me assustar com a cena na qual me deparo. Minha mãe estava parada em frente ao fogão e fazia panquecas, as quais não posso negar que estavam cheirando bem, e me fizeram morder o lábio inferior quando minha boca salivou, em vista de que eu havia apenas comido uma mísera barra de cereal e uma banana. Isso não era uma cena comum, raramente encontrava com minha mãe em casa pela manhã.

- Bom dia, Melina. – Sua voz doce quebra o silêncio e me tira de meus pensamentos. Minha mãe desliga o fogão e leva um prato com algumas panquecas até a mesa. Viro meu corpo em direção a geladeira e franzo o cenho, isso não estava normal.

- Está tudo bem? – Questiono, não evitando olhar para a mesma por alguns segundos, logo voltando a atenção para minha garrafa, que em segundos, a tomo em minhas mãos. Meu plano, provavelmente, fora por água abaixo e eu iria me atrasar.

- Podemos conversar? – Minha mãe pergunta. Fecho a geladeira, ouvindo o barulho da faca aranhando o fundo de seu prato, certamente, enquanto cortava suas panquecas de massa fina. - Sente-se. Te dou uma carona para a aula.

Arregalo meus olhos ao me dar conta de que realmente era certamente algo muito sério. Estava mesmo surpresa e minha expressão facial, provavelmente não fez questão de dizer ao contrário, apenas evidenciava ainda mais para minha mãe.

- Claro. — Respondo, e venho a me sentar junto da minha mãe. Em conta-resposta, a mais velha apenas deu um suspiro pesado, e sua face possuía a expressão mais difícil de se ler possível, enquanto ela saboreava seu café da manhã que está com uma cara ótima.

Não consigo segurar minha vontade e venho a me servir com duas panquecas em um prato branco posto á minha frente.

- Acho que vamos ter que passar por essa conversa mais cedo ou mais tarde. — Mamãe dispara assim que levo o um pedaço de panqueca para a boca e assinto com a cabeça para que ela prossiga com sua fala. - Não deixei de reparar que passou a noite anterior na casa do seu namorado...

Evito revirar meus olhos e encho mais minha boca com panquecas. Como eu pude não imaginar que o assunto seria esse?

Massageio minhas têmporas aguardando para que ela continuasse e não deixando de reparar que ela estava atrasada para o serviço. Mamãe trabalhava como administradora geral de uma empresa de meios de comunicação, onde ía desde a parte de jornalismo até fotografia.

- Já tive sua idade, sei como as coisas costumam ser mais intensas no começo do relacionamento. — Mamãe vem a continuar sua fala parecendo procurar pelas palavras certas enquanto eu franzo o cenho para a mesma. - Melina, o que eu quero dizer é para que tome cuidado caso não queira engravidar.

Acabo por me engasgar com minha própria saliva e venho a tossir algumas vezes, em seguida pegando minha garrafa de água e tomando um bom gole do líquido. Como iria explicar para minha mãe que ela não precisaria se preocupar com isso e que eu Charles jamais iríamos ter qualquer tipo de envolvimento dessa maneira.

Até porquê nem mesmo namoramos e somos amigos.

- Mãe, não precisa se preocupar com isso. Você não será avó tão cedo. — Falo vindo a coçar minha garganta e tomando mais água de minha garrafinha. Isso era o cúmulo do cúmulo.

- Melina, não precisa se envergonhar. — Ela volta a dizer em meio á uma risada e sinto meu estômago se revirar. - Não estou dizendo transar com seu namorado seja um crime.

Dou uma risada meio nervosa e sinto um desconforto tomar conta de mim pela milionésima vez só nesta amanhã. Não tinha como piorar.

- Mãe, são só 7 horas da manhã. — Falo fazendo um apelo e não evitando a careta que tomou conta do meu rosto.

No momento não estava nem preocupada sobre o assunto ainda ser Charles e esse falso namoro, mas sim que talvez minha vida sexual virasse pauta de assunto familiar.

- Não encare o assunto como um dragão de 7 cabeças. — Ela resmunga e eu me levanto pegando um guardanapo para limpar a minha  boca. - Sou sua mãe, quero apenas te aconselhar nessa nova fase da sua vida.

- Estou super atrasada! — Exclamo pegando minha mochila que estava não chão e deixando um beijo rápido no rosto de minha mãe. Sabia que se eu não encerrasse logo o assunto ela iria o estender e entrar em detalhes que eu não desejava saber.

Giro meus calcanhares e começo a caminhar em direção a porta de saída para a rua, não deixando de notar que o olhar de minha mãe me seguiu e a todo tempo resmungava coisas as quais não fiz a menor questão de ouvir, ou tentar entender. Não queria discutir sobre isso em plena manhã.

- Até mais. – digo, abrindo a porta e o olhando uma última vez antes de sair e fechá-la de novo. Vi ela revirar seus olhos antes que que a porta nos separasse totalmente.

Nego com a cabeça rapidamente e passo as mãos no rosto, ajeitando a alça da mochila em meu ombro e começo a acelerar os passos em direção a faculdade, que não ficava tão longe. O clima hoje está colaborando, então não precisarei chamar um táxi ou pedir carona para Katie ou Alice.

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hehehe comentem e votem que talvez eu solte mais um a noite 💋

faking it | charles leclerc Onde histórias criam vida. Descubra agora