2.

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Jade.

Xxx: Sua mãe. - olhou pra ela com nojo. - Te vendeu pro chefe pra pagar a dívida dela.

Eu fiquei em estado de choque, eu a olhava com certa dúvida, e logo minha garganta começou a falhar, e meus olhos arder.

Sério isso? Minha vida já estava destruída, e agora mais essa?

Jade: eu não quero. - falei séria, e encarei ela. - Eu tenho nojo de você.

Regina: Filha, eu... - a interrompi.

Jade: NÃO ME CHAMA DE FILHA. - gritei e o cara se assustou.

Peguei uma mochila e joguei minhas roupas e meus documentos. Meu coração doía, tudo em mim doía, e a única certeza que eu tinha é que agora, eu queria a morte.

Os caras me puxaram pelo braço, como se eu fosse um objeto, e me tacaram no veículo. QUE ÓDIO!

Assim que adentrei ao carro, senti minhas lágrimas rolando e o quanto eu não significava nada pra minha "mãe", logo meu ódio aumentou. Um dos caras chegou com um pano e colocou em meu nariz, e logo eu perdi meus sentidos.

[...]

Acordei em um quarto, ele era branco com uns detalhes rosa.

Tinha um guarda-roupa imenso, ele era todo arrumadinho. Parecia que esperava por mim.

Me sentei na cama, tentando raciocinar o que havia acontecido, e logo me veio as lembranças.

Meu coração estava tão pequenininho, eu só precisava do meu pai, mas ele não estava ali para me ajudar.

Ouvi a porta se abrindo. Era uma mulher, deveria ter seus 34 anos. Assim que ela me viu, sorriu.

Xxx: Bem vinda. - encarei ela, com cara de deboche. - Não me olhe assim, eu não tenho culpa. - bateu o pé.

Jade: O que vocês querem comigo? - respirei fundo.

Cristina: Meu nome é Cristina, mas pode chamar de Cris. - ela me olhou. - Sou mãe do "chefe", mas eu não tenho nada a ver com isso que tá rolando. - se explicou, e eu neguei.

Jade: VOCÊ PODIA TER... - me calei, chorando mais ainda.

Eu não podia... eu não sei quem é esse pessoal, e muito menos sabia onde estava.

Pelo corredor passou uma garota bastante bonita, e assim que ela viu a porta aberta veio chamando a atenção.

Renata: Como assim, essa porta aber... - se calou, arregalando os olhos.

Cristina: Cadê Pedro? - perguntou séria, e a garota negou. - Menino terrível.

Saiu dali, deixando nós duas a sós. Limpei as lágrimas e a encarei com cara de poucos amigos. Ela era bonita, até demais, tinha um corpo de dá invejinha se eu não amasse meu corpinho.

Renata: sou Renata. - disse tímida. - Filha da Cris e irmã do fodido que te pegou pra pagar a dívida. - ela falou sem jeito.

Jade: Sou Jade. - dei de ombros. - o que vão fazer comigo?

Ela ficou calada, talvez nem soubesse o que queriam comigo também. Ela suspirou, e sentou-se na cama.

Renata: Eu não sei, apenas soube que você viria... Tem roupas novas no closet! - apontou, olhando pra minha bolsa.

Jade: Não preciso delas. - fiz careta.

Renata: Vai por mim, você vai precisar. - sorriu e saiu do quarto.

Eu estava exausta. Me levantei, e fui até o banheiro, tinha um enorme espelho, tinha banheira e mano, ERA MAIOR QUE MINHA ANTIGA CASA.

Me olhei no espelho e me assustei com a imagem que eu estava passando. Suspirei e fui tomar um banho.

[...]

Sai enrolada no roupão e com uma toalha na cabeça.

Vi um garoto sentado na cama, tinha algumas tatuagens, tinha um cheiro maravilhoso.

Jade: quem é você? - murmurei assustada.

Túlio: o chefe tá te chamando na boca. - levantou, sem jeito. - Sou o Túlio, mas pode chamar de TC. Se liga, vou esperar lá em baixo.

Ele nem deixou eu responder, e saiu do quarto. Bufei.

Fui até o closet, fiquei curiosa para ver as roupas.

Assim que entrei no mesmo, quase voltei correndo.

Tinha uma roupa mais linda que a outra, eu realmente pirei, e agora eu entendi a Renata.

Peguei um conjunto de lingerie preta e vesti, peguei um short jeans e um body preto, vesti o mesmo e sequei meu cabelo.
Passei desodorante, creme hidratante.

Passei um pó e rímel, e um gloss, calcei uma havaianas, tirei uma foto e desci.

TC conversava com Cris e com Renata.

TC: vamo, falou tia Cris, tu vai Renata? - encarou a Renata e a mesma concordou.
Respirei fundo e saímos de casa.

Laços criminais.Onde histórias criam vida. Descubra agora