Jade.
Xxx: Sua mãe. - olhou pra ela com nojo. - Te vendeu pro chefe pra pagar a dívida dela.
Eu fiquei em estado de choque, eu a olhava com certa dúvida, e logo minha garganta começou a falhar, e meus olhos arder.
Sério isso? Minha vida já estava destruída, e agora mais essa?
Jade: eu não quero. - falei séria, e encarei ela. - Eu tenho nojo de você.
Regina: Filha, eu... - a interrompi.
Jade: NÃO ME CHAMA DE FILHA. - gritei e o cara se assustou.
Peguei uma mochila e joguei minhas roupas e meus documentos. Meu coração doía, tudo em mim doía, e a única certeza que eu tinha é que agora, eu queria a morte.
Os caras me puxaram pelo braço, como se eu fosse um objeto, e me tacaram no veículo. QUE ÓDIO!
Assim que adentrei ao carro, senti minhas lágrimas rolando e o quanto eu não significava nada pra minha "mãe", logo meu ódio aumentou. Um dos caras chegou com um pano e colocou em meu nariz, e logo eu perdi meus sentidos.
[...]
Acordei em um quarto, ele era branco com uns detalhes rosa.
Tinha um guarda-roupa imenso, ele era todo arrumadinho. Parecia que esperava por mim.
Me sentei na cama, tentando raciocinar o que havia acontecido, e logo me veio as lembranças.
Meu coração estava tão pequenininho, eu só precisava do meu pai, mas ele não estava ali para me ajudar.
Ouvi a porta se abrindo. Era uma mulher, deveria ter seus 34 anos. Assim que ela me viu, sorriu.
Xxx: Bem vinda. - encarei ela, com cara de deboche. - Não me olhe assim, eu não tenho culpa. - bateu o pé.
Jade: O que vocês querem comigo? - respirei fundo.
Cristina: Meu nome é Cristina, mas pode chamar de Cris. - ela me olhou. - Sou mãe do "chefe", mas eu não tenho nada a ver com isso que tá rolando. - se explicou, e eu neguei.
Jade: VOCÊ PODIA TER... - me calei, chorando mais ainda.
Eu não podia... eu não sei quem é esse pessoal, e muito menos sabia onde estava.
Pelo corredor passou uma garota bastante bonita, e assim que ela viu a porta aberta veio chamando a atenção.
Renata: Como assim, essa porta aber... - se calou, arregalando os olhos.
Cristina: Cadê Pedro? - perguntou séria, e a garota negou. - Menino terrível.
Saiu dali, deixando nós duas a sós. Limpei as lágrimas e a encarei com cara de poucos amigos. Ela era bonita, até demais, tinha um corpo de dá invejinha se eu não amasse meu corpinho.
Renata: sou Renata. - disse tímida. - Filha da Cris e irmã do fodido que te pegou pra pagar a dívida. - ela falou sem jeito.
Jade: Sou Jade. - dei de ombros. - o que vão fazer comigo?
Ela ficou calada, talvez nem soubesse o que queriam comigo também. Ela suspirou, e sentou-se na cama.
Renata: Eu não sei, apenas soube que você viria... Tem roupas novas no closet! - apontou, olhando pra minha bolsa.
Jade: Não preciso delas. - fiz careta.
Renata: Vai por mim, você vai precisar. - sorriu e saiu do quarto.
Eu estava exausta. Me levantei, e fui até o banheiro, tinha um enorme espelho, tinha banheira e mano, ERA MAIOR QUE MINHA ANTIGA CASA.
Me olhei no espelho e me assustei com a imagem que eu estava passando. Suspirei e fui tomar um banho.
[...]
Sai enrolada no roupão e com uma toalha na cabeça.
Vi um garoto sentado na cama, tinha algumas tatuagens, tinha um cheiro maravilhoso.
Jade: quem é você? - murmurei assustada.
Túlio: o chefe tá te chamando na boca. - levantou, sem jeito. - Sou o Túlio, mas pode chamar de TC. Se liga, vou esperar lá em baixo.
Ele nem deixou eu responder, e saiu do quarto. Bufei.
Fui até o closet, fiquei curiosa para ver as roupas.
Assim que entrei no mesmo, quase voltei correndo.
Tinha uma roupa mais linda que a outra, eu realmente pirei, e agora eu entendi a Renata.
Peguei um conjunto de lingerie preta e vesti, peguei um short jeans e um body preto, vesti o mesmo e sequei meu cabelo.
Passei desodorante, creme hidratante.Passei um pó e rímel, e um gloss, calcei uma havaianas, tirei uma foto e desci.
TC conversava com Cris e com Renata.
TC: vamo, falou tia Cris, tu vai Renata? - encarou a Renata e a mesma concordou.
Respirei fundo e saímos de casa.
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Laços criminais.
FanfictionA vida não é fácil, nunca foi! Todos acham que uma hora não cansamos, mas somos uma bomba relógio a qualquer momento podemos estourar. Jade Silva, 18 anos, mora em um bairro pobre do grande Rio de Janeiro. Uma garota humilde, não abaixa a cabeça pa...