Laços criminais.

24.

Jade narrando.

Fiquei a tarde toda ali, que aniversário sem graça é esse? Vesti meu short e fui pra casa, já estava anoitecendo.

Adentrei, e já fui banhar e tirar o sal do cabelo.

Demorei um pouco, mas logo terminei, e sai enrolada na toalha.

Meu celular tocava. Olhei no visor e era número desconhecido.

Podia ser emprego né? Atendi e logo escutei a voz dele. Meu corpo tremeu.

~ Início de ligação.

Pv: Cadê você, Jade? - perguntou, frio.

Jade: Tô vivendo. - falei.

Pv: Eu não tô brincando, fala logo. - falou estressado.

Jade: uai, o que tu quer saber? - ele suspirou. - você abriu mão totalmente de mim, e acha que devo satisfações? - a ligação ficou muda.

Pv: Eu descubro sozin, Tá achando que aqui não é bandido. - eu ri.

~ Fim de ligação.

Ele tinha ficado putinho, não posso fazer nada, né.

Meses depois.

O pessoal manda mensagem no Facebook, já que eu tinha desativado o WhatsApp.

Estou trabalhando em uma loja no shopping, e hoje eu iria abrir a mesma.

Peguei o ônibus e logo cheguei no meu ponto, desci e atravessei a rua.

A gerente estava lá, e assim que me viu, sorriu.

Hellena: Bom dia, Jade. - observou o relógio. - Bem na hora em.

Jade: Não gosto de me atrasar. - dei de ombros e sorri.

Ela concordou, e eu fui abrir a loja.

Deu 10:00 e a loja já estava movimentada.

Ajudei várias mulheres com alguns look.

Logo avistei uma movimentação estranha, olhei na porta e estava Renata, Luana, TC, Dedé e Pv.

Meu coração disparou. Porra!

Me abaixei por trás do balcão e logo Hellena veio me chamar.

Hellena: O que houve? - me olhou. - tá se escondendo?

Jade: Não... Eu tô... procurando a pecinha do meu brinco. - fingi estar frustada.

Hellena: chegou cliente. As meninas não consegue atendê-los. - concordei.

Respirei fundo e me levantei.

Avistei Pepeu com cara de bolado. As mulheres faltava se jogar nele.

Jade: Alguma preferência? - falei de cabeça baixa.

Renata: Você é inútil igual às outras? - falou estressada.

Luana: nós precisamos de algo afronta.

TC: para tudo. - fechei os olhos e continuei de cabeça baixa.

Senti uma mão levantando minha cabeça, e logo abri um sorriso amarelo para eles.

Renata: Eu não... - parou e me deu um tapa no braço. - VOCÊ É MALUCA? - todos nos olharam assustados.

Hellena veio correndo ver o que acontecia e logo Renata me abraçou.

Renata: eu vou te matar. - sussurrou. - sua idiota.

Luana: você não sabe a preocupação que nós estava. - me olhou, fazendo careta.

Pv: pode crê, agora é só voltar pro morro. - disse cheio de marra e eu neguei.

Jade: Não muito obrigada. - ele me encarou.
TC: como não? - me olhou, frustrado.

Jade: eu já tenho uma casa, emprego e não preciso passar por humilhações ou algo do tipo. - olhei Pv, e ele me olhava.

[...]

Fechei a loja e Renata e os demais me esperavam.

Dedé; tá morando aonde? - olhei para o mesmo.

Jade: Vila Isabel. - Renata me olhou.

Renata: ótima escolha, em. - sorriu.
Concordei e fiquei calada.

Luana ficou falando igual uma tagarela. O que tinha acontecido de bom no morro, que tava se envolvendo com Dedé e várias outras coisas.

Eu nem falei muito de mim, Pv me olhava com certa dúvida, e aquilo tirava minha concentração.

Jade: eu tenho que ir. - falei olhando no relógio. - O último ônibus passa daqui 5 minutos. - me levantei. - Tchau gente.

Nem esperei eles responder, sai correndo. Se eu perdesse aquele ônibus, eu iria morrer.

Assim que cheguei no ponto de ônibus, um tinha acabado de sair. Rezei pra não ser ele.

Xxx: Vila Isabel já passou, moça. - disse um morador de rua, que vivia ali na parada.

Jade: Muito obrigada. - sorri e dei meu lanche para o mesmo.

Que diabos eu iria fazer? Como eu iria chegar em casa? Respirei fundo e me sentei.

Pv; Quer carona? - parou seu carro de frente á parada.

Jade; Não, eu to bem. - bufei.

Xxx: Acho melhor ir. - me olhou. - Aqui é perigoso.

Encarei o mesmo, pensei e logo concordei.
Adentrei no carro e eu expliquei como chegava na minha humilde residência.