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Jade narrando.

Quando vi Pv passando por aquela porta segurando minha pequena, meu coração ficou leve e tudo de ruim, havia passado.

Peguei ela no colo, e chorei, mas chorei de felicidade. A melhor sensação, minha maior bênção está de volta e sem nenhum arranhão.

Jade: Obrigada. - falei grata, e ele apenas concordou, olhando nós duas.

Suspirei e subi. Estava exausta, minha garota precisava de um banho.

Enchi a banheira, medi a temperatura e fui até Elisa.

Tirei a roupa da mesma, e fui até a banheira, colocando a mesma nela.

Ela era linda... não falo como mãe, mas realmente, ela era perfeita! Toda desenhada, o perfeito desenho de Deus.

Dei banho na mesma, enquanto ela me olhava quietinha. Lavei seus cabelinhos e logo tirei a mesma, enrolando na toalha.

Vi Pv sentado na cama, lá vem mais uma tentativa.

Deitei Elisa na cama e fui até a cômoda dela e peguei fralda, talco, pomada, e uma roupa de frio.

Assim que voltei vi Pv brincando com a mesma, que dava uns sorrisinhos lindos. Sou apaixonada demais nessa princesa.

[...]

Terminei de amamentar Elisa, e fiz a mesma arrotar. Feito isso, coloquei a mesma na cama e embrulhei a mesma, que dormia calmamente.

Pv: tem certeza que não vai voltar pra favela? - me olhou, com certa esperança.

Jade: Não, Paulo. - falei, convicta.

Pv: qual foi Jade, você já viu que o bagulho é louco. - encarei ele. - Deus que proteja, mas vai que acontece coisa pior? Cê tá maluca po.

Jade: não vai acontecer nada... - ele me olhou. - E eu não vou pra lá, não quero papo com tua nova fiel... aliás, vai cuidar do teu filho lá! - ironizei, e o mesmo me olhou bolado.

Pv: única fiel aqui é você. - falou sério.

Jade: para de caô, Paulo Victor. Você não tem vergonha mesmo né? Você acha o que? Que vai me sacanear e eu vou continuar sendo boba e sempre te perdoar? - eu ri, debochada. - Essa cabecinha aqui, não foi feita pra criar chifres, bebê.

Pv: Para de terror, Jade. Que chifre? - como ele podia ser tão cínico?

Jade: não somente de idiotice, vê se cresce... você ainda não viu que essa vidinha de pegar todo mundo, não te leva a nada? - ele ficou calado. - Aliás, obrigada por ter trago minha filha de volta, agora você pode ir embora. - falei ficando nervosa.

Eu tava sendo dura, mas uma parte de mim, dizia pra eu aceitar ele... E eu preferia a parte de ser dura!

Ele me olhou, e concordou, saindo do quarto.

Pv; vou colocar uns soldados pra ficar de olho aqui. - assenti com a cabeça.

Ele me olhou e saiu, bolado.

Só Deus na causa.

O pessoal veio se despedir, e logo a casa estava vazia.

Tranquei tudo, liguei o alarme, e fui pro quarto. Elisa ainda dormia, e assim me deitei ao lado da mesma.

Alisei seus cabelinhos e me peguei pensando na vida que eu poderia ter com Pepeu. Estava tudo muito bom, eu deveria ter sido esperta e saber que algum dia essa ex iria voltar, e de primeira ele iria voltar com ela.

Mas não, eu preferi fazer a cega, acreditar que realmente ele me amava.

Agora estou como? Sozinha (porque eu quero), sem nenhuma proteção, e certamente, serei mãe solteira. E isso, de alguma forma me abalava.

Se eu tivesse meu pai aqui, não estaria passando por isso... mas infelizmente, eu não tenho ninguém por mim!

Pensei, chorei e logo adormeci.

[...]

Mais um dia de luta. Renata e Luana iria ficar com Elisa. Me despedi das mesmas e fui em direção ao trabalho.

Não demorou muito eu já estava lá.

Pierre como sempre me esperava na porta do escritório, garoto lindo. E assim que me viu, sorriu.

Jade: não cansa de me esperar? - brinquei, e ele riu.

Pierre: sempre uma honra, gatinha. - olhei pra ele, e neguei rindo.

Ele me deu o copo de cappuccino e adentramos no recinto.

Pierre era um dos codinome dali, conhecido e também filho do maioral.

Tinha uma beleza fora do normal. E desde que eu cheguei, tivemos uma certa "aproximação" que o povo fica tudo com invejinha.

Pierre: preciso que você anote esses meus compromissos. - apareceu me entregando uma caderneta. Concordei.

Laços criminais.Onde histórias criam vida. Descubra agora