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Pierre narrando.

Percebi Jade nervosa. Até eu estava. Não era todo dia que eu trazia uma mina pra conhecer meus pais.

Eles sempre foram enjoadinhos com as mulheres que eu escolhia.

Jade era diferente, se adaptava em qualquer lugar, mas hoje, realmente ela parecia sem confiança.

Pierre: não precisa ficar assim. - segurei em seu queixo, fazendo a mesma me olhar. - eu tô contigo. - ela concordou, suspirando.

A mesma forçou um sorriso e desceu do carro, ajeitando o vestido.

Hoje eu mudava minha vida. Pra melhor.
Fechei a porta e ativei o alarme, a mesma pegou na minha mão e adentramos na casa.
Ela observava tudo, tentando manter o foco.

Logo Viviane se aproximou.

Viviane: CARALHO, MAIS ELA É LINDA. - Jade olhou assustada, e sem graça.

Flávia: Que garota sem modos. - Minha mãe se aproximou, sorrindo. - Boa noite, querida. - cumprimentou Jade com dois beijos no rosto.

Viviane: Se você não fosse meu irmão, eu falaria que você não seria capaz de arrumar uma garota dessa. - Jade deu uma risada baixa. - Eu sou Viviane, irmã desse trouxa. - abraçou Jade.

Bruno: Vamos gente, eu estou com fome. - apareceu Bruno, que fitou Jade. - Caralho em irmão.

Flávia: outro sem modos. - revirou os olhos, e Jade riu novamente. - Vamos jantar todos. - concordei e puxei Jade.

[...]

Todos gostaram da Jade, incluindo meu pai. Fiquei feliz que dessa vez, minha escolha deu certo.

Jade conversava com Viviane, quando minha mãe fez sinal com a cabeça. Apenas concordei rindo.

Minha mãe era minha caixinha de segredos, tudo que eu iria ou queria fazer, falava primeiro para ela.

Me levantei batendo devagar na taça, chamando a atenção de todos. Inclusive da minha dama, que olhou curiosa.

Quase todos da família estava ali. E todos gostaram dela, não tem pra que esperar né? Ela me fazia um bem, que mano, não dava pra explicar....

Jade narrando.

Pierre tava nervoso, e a mãe dele caia na gargalhada.

Pierre; não tem graça, mãe. - falou emburrado.

Flávia: fala logo, não temos o dia todo.

Tânia: ainda estou com fome. - riu, enquanto dava um gole no vinho.

Viviane: ele só enrola. - resmungou.

Eu estava atenta em todos os movimentos dele, e por incrível que pareça, ele estava suando. Tadinho do meu bichin.

Ele começou a falar, mas eu tava praticamente viajando na beleza dele. Que cara lindo, mermão.

Pierre: Então Jade. - ele já estava ajoelhado na minha frente, me assustei. - Você aceitar casar comigo? - eu fiquei sem resposta.

O pessoal começou a gritar, até mesmo a empregada, e eu apenas tentava raciocinar o que tinha acabado de acontecer.

Jade: Eu... - olhei para todos, e Viviane riu, corei na hora.

Viviane: tá explicado porque deram certo, dois bobos. - gargalhou e Bruno acompanhou a mesma.

Olhei novamente para Pierre que aguardava uma resposta. Flávia me olhava com brilho nos olhos.

Jade: Eu aceito. - abri um sorriso, olhei os anéis e puta que pariu.

Aqueles anéis valiam mais que meus rins. Ele sorriu e colocou um anel em meu dedo e eu coloquei o outro no dedo dele.

Todos comemoravam, e desejava felicidades para nós dois.

[...]

Pierre estava em um canto conversando com os homens, e eu estava sentada no meio da rodinha das mulheres.

Viviane: pretende casar quando? - me olhou, e eu neguei.

Jade: Não sei. - ri.

Flávia: podemos começar com isso logo. - bateu palminhas, animada.

Tânia: Verdade, nada de enrolação. - concordei.

Paola: Amanhã mesmo. - olhei para elas, rindo.

Apenas concordei. Aquele tanto de mulher falando, quem sou eu pra falar algo.

Olhei para Pierre, que me olhava encantado. Sorri para o mesmo.

Viviane; ele tá apaixonado por ti. - me assustei com a mesma. - ele vivia falando de ti para minha mãe.

Jade: ele é sensacional. - sorri.

Viviane sorriu e ficamos lá jogando conversa fora.

Iríamos dormir por lá mesmo, estava despreocupada. O pessoal foi embora e eu tirei o salto.

Laços criminais.Onde histórias criam vida. Descubra agora