Jade narrando.
O dia passou corrido, a loira veio aqui e armou um barraco daqueles, Pepeu foi pra cima dela, e agora estamos arrumando as coisas para irmos pro morro.
Jade: seu irmão é louco. - falei, enquanto colocava minhas roupas na mala.
Renata: ainda tem muito pra conhecer. - riu, e fechou a mala dela.
Fiquei calada, preferia não continuar nesse papo.
Peguei meu celular, calcei minha sandália e amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo.
TC: eai irmã. - imitou uma bicha.Jade: Oi irmã. - ri. - me ajuda com isso aqui. - entreguei a mala.
TC: tu só me escraviza. - encarei ele e dei dedo.
Chegamos na sala e tava maior auê pra saber quem ia com quem.
Renata: Eu vim com TC, então vou voltar com ele. - disse séria. Onde eu fico nisso?
PV: fica tranquila, fedida. Jade vem comigo. - me olhou e eu apenas concordei. Vai dá merda!
Fui em direção ao carro, coloquei minha mala no porta malas, fechei e entrei no carro.
Fiquei um tempinho lá até PV aparecer e TC ficar de piadinha.
TC: ó usem camisinha. - senti minha bochecha queimar.Jade: se fode, Tulio. - ele riu.
PV: tá viajando é gay? - entrou no carro e deu partida.
[...]
Tava um calorão da porra. Abri o teto solar, e liguei o som, tava tedioso ficar calada.
PV me olhou e ficou calado. Eu tava inquieta, e ele deve ter percebido.
PV; tem água, suco, refri, ali ó - apontou para um caixa térmica.
Eu assenti e peguei um suco de uva.
PV: Podemos conversar? - desviou o olhar para mim.
Jade: nunca falei que não podia. - dei de ombros. - O que quer saber?
PV: sua mãe. - respirei fundo. - ela sempre mexeu com esses bagulhos? - fiquei calada. - Desculpa.
Jade: depois que meu pai morreu. - suspirei. - no começo ela parecia estar bem, mais logo veio a depressão, a loucura e ela começar a vender tudo. - ele concordou.
PV: quero que saiba, que não era minha intenção pegar você como forma de pagamento. - eu o olhei. - vou ser sincero... em momento nenhum eu envolvi você, mandei TC matar a mulher.
Eu o olhei assustada, e logo ele voltou a se explicar.
PV: ela só me enrolava, a dívida dela era média, mermão. - assenti. - não era menos de $4.000! E todo dia era uma desculpa diferente. - senti minha cabeça doer.
Minha mãe era louca, como ela pôde fazer isso?
PV: naquele dia, eu tava tão puto, que TC só falou que deixou a muié lá e trouxe a filha dela. TC sempre foi cuzão em relação a matar as veia noiada. - eu ri daquilo.
Jade: Eu entendo. - murmurei. - você apenas queria o dinheiro! - ele concordou. - minha raiva é daquela mulher, capaz de me dar como objeto para pagar algo que eu não tinha nada a ver. - ele me olhou. - enfim!
PV: tu sabe que se quiser ir ver ela, tu pode né? - neguei.
Jade: Não quero. - falei séria. - tô bem assim.
Ele concordou.Paramos em um posto e o resto do pessoal parou atrás. Apareci no teto solar, e Renata me deu dedo.
Renata: E aí doidaaaa! - colocou a cabeça pra fora da carro.
Jade: fala piranha! - rimos.
Abastecemos o carro e pegamos o caminho novamente.
PV: Mas quando se encosta, se olha, é foda, meu chapa
E ela me maltrata, me trata como seu eu fosse um cão vira-lata
Para de marra, gata, eu sei que tu se amarra
Sem data marcada a gente se engata lá em casa - cantarolou.Ele ficava cantarolando algumas partes da música, era a coisinha mais linda! Ele me olhou e sorriu, e eu retribui o sorriso.
[...]
Chegamos no morro. PV me deixou em casa, e foi pra boca.
Passar o tempinho com ele, foi bom. Fora do morro, ele é apenas o Paulo Victor, mas quando chega aqui é o PV.
Desfiz minha mala, fui tomar um banho rápido.
Sai enrolada na toalha, me sequei e vesti uma lingerie azul bebê, vesti uma roupa qualquer e calcei minha havaiana.
Renata: achei que tinha morrido lá em cima. - disse ajeitando o cabelo. - vamo logo.
Saímos de casa. Iríamos na lanchonete do João.
Assim que chegamos, já sentamos.
Peguei o cardápio e fiquei olhando.
Renata: PV é um idiota. - bufou e eu levantei as vistas para olhar.
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Laços criminais.
FanficA vida não é fácil, nunca foi! Todos acham que uma hora não cansamos, mas somos uma bomba relógio a qualquer momento podemos estourar. Jade Silva, 18 anos, mora em um bairro pobre do grande Rio de Janeiro. Uma garota humilde, não abaixa a cabeça pa...