14.

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Jade narrando.

Onde ela encontrou meu número? Não faço idéia.

Minha cabeça começou a doer, e logo um trem ruim no peito.

Sempre que eu sentia isso, pode ter certeza de que algo irá acontecer.

Respirei fundo e fui até a cozinha, tomei água, e nada de me acalmar. Inferno!

Sai de casa, eu precisava falar com alguém.

Cheguei na boca, e tava uma movimentação do caralho.

TC me viu e já veio com as graças.

Jade: Hoje não Tulio, por favor. - minha respiração começou a cortar. - Cadê o Paulo?

TC apontou pra porta, Regina está aprontando alguma.

Abri a porta e vi Pv conversando com alguns homens, e assim que me viu já veio preocupado.

Pv: O que houve? Você está pálida. - me ajudou a sentar. - Então estamos fechadão né? - os cara concordaram. - Pode crê, vocês podem ir, depois nois acerta as conta.

Os caras saíram, Pv pegou um copo de água e me deu.

Pv; o que houve, Jade? - respirei fundo.

Jade: minha mãe me ligou. - ele me encarou. - Eu não sei, mas ela deve estar aprontando alguma, Pv. Depois que ela desligou o celular, comecei a sentir uns trem ruim no peito, minha cabeça começou a doer. - ele concordou.

Pv: você quer ir até ela? - eu o olhei.

Jade: e se for emboscada? Ela pediu minha ajuda, disse que estava passando fome. - ele negou. - mas antes, parecia que não iria falar comigo.

Pv; fica aí, vou ali falar com uns moleque. - concordei.

Ele saiu de lá, depois de uns 15 minutos ele apareceu.

Pv: vamo lá pra casa. - me deu a mão.

Me levantei e ele me abraçou pela cintura.

Passamos a tarde toda em casa, e por incrível que pareça, eu já estava tranquila Eu me sentia segura ao lado desse traste.

Renata narrando.

Tava de boa na pensão da tia Nena quando os moleque chegaram falando que Pv mandou nois ir no asfalto.

As vezes eu fazia uns serviços pro meu irmão, mas ele nunca gostou do meu envolvimento, aliás, so quando é algo sério mesmo.

Renata; porque eu tô aqui, mané? - olhei pro Dedé.

Dedé: ahhh Rê, teu irmão. - descemos do carro.

Era uma casa bastante humilde, ou melhor, de pobre mesmo.

Entramos na casa, e era uma sujeira que só.
Renata: meu Deus. - resmunguei. - que fedor.

Avistei uma mulher, Dedé já catou ela pelos cabelos e prendeu a mesma em uma cadeira.

Dedé: O chefe disse que você está ligando direto pra Jade. - a mulher encarou ele. - O que você quer com ela?

Ela se parecia muito com a Jade, poderia ser a mãe dela.

Xxx: Eu sou a mãe dela, tenho direito de ligar. - ironizou.

Dedé: Não quando você dá ela pra pagar sua dívida. - Dedé riu. - Fala logo o que você quer com ela?

Xxx: VOCÊ ACHA MESMO QUE VOU TE FALAR? - gritou e Dedé meteu o murro na boca dela.

Dedé: fala direito comigo, noiada. - eu arregalei os olhos e segurei o riso.

Renata: Mermão, leva ela logo pro morro, Pepeu vai saber o que fazer. - dei de ombros e a mulher me encarou. - Qual foi? - falei séria, encarando a mesma.

Ela abaixou a cabeça e ficou calada.

[...]

Dedé resolveu levar pro morro.

Lógico que ele apagou ela, e colocou uma venda nos olhos dela.

Assim que chegamos já liguei pro Pv, vagabundo me enfia em cada uma.

Pv: porque não matou logo, porra? - chegou na casa da 47, nervoso.

Dedé: Tá maluco? É mãe da tua garota. - eu encarei Pv.
Pv: mãe não. - falou sério. - Ela é uma vadia, que deu a filha pra livrar a porra da vida dela.

Renata: você não acha melhor a Jade resolver isso não? - Pv me olhou com receio.

Ele saiu bolado. Por mais que seja errada, é a mãe da garota.

Laços criminais.Onde histórias criam vida. Descubra agora