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Jade narrando.

Chegamos no baile, eu não estava nem um pouco animada. E creio, que algumas pessoas perceberam.

Luana: Coloca uma sorriso nessa face, porra. - fez careta e Renata riu.

Revirei os olhos, e continuei séria, com cara de tédio.

Adentramos ao baile, e fomos para o bar.
Hoje estava lotado, tinha uns gatinhos também, me abana.

Pedi uma garrafa de White Horse e algumas latinhas de redbull. Hoje eu ia mostrar o que é pt.

Comecei com algumas doses de tequila, e logo peguei um copo que parecia uma garrafa, arrumei o mesmo e comecei a beber.

Jade: Se eu tiver solteiro, não vou perdoar ninguém, suas amigas putiane, eu vou comer também. -cantarolei, jogando o dedo pra cima.

Luana: Eita cachaça. - riu me olhando.
Nem dei ideia, continuei bebendo, e dançando.

[...]

Jade: Cê aguenta an, an
Se eu te olhar
Descer, quicar até o chão. - cantei.

TC: Desce, rebola gostoso
Empina me olhando
Te pego de jeito
Só começar embrazando contigo
É taca, taca, taca, taca - se juntou conosco

Luana: Desço, rebolo gostoso
Empino te olhando
Te pego de jeito
Se começar embrazando contigo
É … - riu, mexendo o ombro.

Renata: The voice tá perdendo a gente. - concordei.

Eu já estava trilouca, chamando urubu de meu loro, e TC zoava.

Jade: Me deixa, idiota. - falei, trocando os passos.

Dedé: segura patroa. - encarei o mesmo e dei dedo.

Saimon: Olha lá. - apontou com a cabeça e eu segui.

Vi Pv me olhando do camarote, revirei os olhos, dei um tapinha no ombro de Saimon e sai dali.

Começou a tocar sertanejo, Matheus e Kauan-Antídoto.

Jade: Como que eu faço pra tirar da cabeça
Se deu xeque-mate no meu coração?
Ou não, ou não - suspirei. - Ô, amor
Onde cê tá, meu amor?
Aonde você foi parar?
Vou te esperar no mesmo lugar
Eu vou, amor
Preciso do seu calor
Preciso dessa brasa
Ai, ai, ai, ai, ai
Tô querendo você só pra mim. - continuei, olhando o pessoal dançando com seus pares.

Pv: Ô, menina, eu não vi nada igual nessa vida
Até nossa loucura combina
Cola esse sorriso no meu
Traz o amor que prometeu. - sussurrou no meu ouvido, fazendo com que eu me arrepiasse. - Ô menina, ô menina, ô menina, ô menina
Até nossa loucura combina
Traz o seu abraço, eu levo o meu
Sorte é te encontrar e azar de quem perdeu você. - me virou para ele, colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha e sorriu. Filho da puta!

Respirei fundo, e ele continuava a cantar a música. Ficava a coisinha mais linda, aquela voz rouca, ô miséria.

Ele me virou de costas, e continuou ali, dançando e fazendo com que eu o acompanhasse. Todos, sem excessão nos olhava. Algumas meninas ficavam com cara de raiva, e outras ficavam olhando "apaixonadas" por nós.

Renata: PAULO VICTOR DANÇANDO SERTANEJO? - gritou, batendo palmas. - Quem te viu, quem te ver, gatão.

Pv: Sai fora Renata. - segurei o riso.

[...]

Marcava 04:20 da manhã. Luana deu perdido, e Renata estava com TC como sempre.

E adivinha quem vai ter que descer esse morro sozinha? Isso, a bonita aqui.

Respirei fundo, peguei uma água no bar, paguei e fui saindo do meio da multidão.

Fui caminhando, bebendo a água, meu grau estava passando, e amanhã eu mato essas piranhas.

Vi um carro, era branco, bonito. Acho que nunca vi por aqui.

Continuei minha caminhada, e quando dei por mim, o carro parou do meu lado. Eu podia gritar, certo?

Mas ninguém iria ouvir, com esse som nas alturas.

Ele desceu os vidros e sorriu assim que me viu.

Jade: O que é? -bufei, cruzando os braços.

Pv: entra aí. - encarei ele, com receio. - Anda logo, neurótica.

Revirei os olhos e adentrei.

Fizemos um caminho totalmente diferente do que sairia na minha casa. Olhei para o mesmo, e ele continuou calado, olhando para a estrada.

Estávamos no asfalto, fazendo? Não faço idéia.

Adentramos em uma garagem de um enorme prédio. Não falei nada!

Ele estacionou e destravou as portas.
Ele desceu, mas eu queria um motivo no qual estou aqui.

Laços criminais.Onde histórias criam vida. Descubra agora