Laços criminais.

61.

Jade narrando.

O dia amanheceu, eu estava mais nervosa que o normal.

Meu coração mandava eu fazer uma coisa, mais minha mente mandava fazer outra. Puta que pariu.

Flávia já começou a abrir as cortinas, e me chamar pra ir até o salão.

Aí Jesus.

Tomei um banho rápido, e sai do banheiro nas pressas, vesti minha roupa e um salto.

Desci e Flávia já ia para a garagem.
O salão era um dos mais chiques. O melhor no caso.

Assim que chegamos, veio vários funcionários pra cima de mim.

Tetê: você vai ser a noiva mais linda desse ano. - eu ri.

Eles começaram á fazer minha unha, meu cabelo e logo chegou a parte da maquiagem.

Pierre mandava várias mensagens, uma mais estranha do que a outra, mais eu nem dei ideia.

Fizeram minha maquiagem, e as meninas do ateliê chegaram para me ajudar com o vestido.

Luana: QUE PRINCESA, SENHOR. - chegou gritando.

Renata: eu não vou ter saúde pra esse casamento. - olhei pra ela.

Renata nunca apoiou eu e Pierre, e agora já está falando isso.

Pv me mandou uma mensagem, outro que eu não tava entendendo nada.

Me olhei no espelho, meu coração estava a mil, eu nem tinha reação.

Eu iria me casar. Eu iria me casar com quem eu apenas "gostava", e não amava.
Eu estava feliz, mas algo me deixava triste.

[...]

Entrei no carro, a limusine tinha uma janela preta que não me dava visão de quem era que estava ali.

Minhas mãos soava, eu sentia meu ar indo embora, mas logo voltava. Que calor.

Xxx: você tá bem? - era uma voz rouca.

Jade: aqui está calor. - reclamei. - eu tô nervosa, aí meu Deus. - passei minha mão uma na outra.

Xxx: relaxa, estamos quase na igreja. - concordei, respirando fundo.

Chegamos na igreja e tinha muitos seguranças, e paparazzi.

Que porra é essa?

Minhas pernas tinham travado, e logo vi Luana, Renata e Viviane.

Luana: saia daí, você está atrasada, porra. - falou, nervosa.

Jade: eu não consigo. - sorri, sem graça.

Viviane: não temos tempo, Jade. - encarei ela, concordando.

Jade: e esse tanto de segurança? - elas se entreolharam.

Elas ficaram caladas, mais eu também nem me estressei.

Se quiseram colocar seguranças, é porque deve ser perigoso.

Viviane veio igual uma doida abrir a porta, e eu sai depois de um tempo.

Jade: eu não vou conseguir. - Luana me olha, segurando o riso. - não tem graça.

Viviane: você vai conseguir, e vai ser bastante feliz. - sorriu, me levando até a porta da igreja.

Lá eu pude ver Dedé, Saimon, Fabin, Gago, e o meu melhor amigo. O que esse povo todo fazia aqui, Jesus? Meu futuro marido era filho de juízes fortes.

Olhei assustada e Viviane apenas assentiu. Concordei e TC veio até mim.

Jade: achei que não viria. - falei, sem graça, tentando ficar calma.

TC; você é minha irmã. - sorriu. - não te deixaria sozinha, sei que você vai ser bastante feliz. - concordei.

TC me deu seu braço, e logo peguei o mesmo, tentando ficar calma.

TC: não precisa disso. - sussurrou. - confie em mim. - assenti.

Logo as portas se abriram, e a marcha nupcial começou a tocar.

Aquela igreja estava lotada! Mais do que eu imaginava.

Jade: eu não vou conseguir. Fecha. - falei, nervosa. E logo fecharam a porta, e TC me olhou. - eu não... - segurei o choro.

TC: Jade, esse casamento só vai acontecer se você permitir. Se você não quiser, não iremos entrar. - concordei.

Jade: e o p...- ele me interrompeu.

TC: shhhhh. - concordei.

Respirei fundo e logo assenti e abriram a porta novamente.

Aquele corredor parecia nunca ter fim, coloquei o meu melhor sorriso e fomos andando devagar, mais meu desejo era sair correndo até Pierre.

Todos me olhavam, esperando algo acontecer, e aquilo tava me deixando meio nervosa.

TC: calma, devagar... - assenti, indo mais devagar.

Chegamos no altar, e TC me entregou para Pierre, que sorriu meio amarelo.

Jade: o que houve? - Pierre segurou a minha mão e começou a falar.

Pierre; Gente, eu não posso casar. - arregalei os olhos, e o pessoal nos olhava. - Não que a Jade não seja a mulher certa, mas essa não é a minha fruta. - O que está acontecendo?