22.

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Jade narrando.

Acordei primeiro que Pv.

Vesti minha roupa, meu salto e chamei um táxi.

Desci sem fazer barulho. Pra minha sorte o táxi já estava ali.

Dei o endereço e assim fomos. Fiquei pensando na minha vida, que giro de 360° ela deu.

Sai dos meus pensamentos com o taxista me chamando.

Paguei o mesmo e desci.

Saimon: fala aí, Jade. - assenti com a cabeça.

Minha casa era pertinho do pé do morro, dei graças a Deus por isso.

Peguei minha chave, abri o portão e fui em direção a porta. Abri a mesma e adentrei.
Que preguiça.

Fui até o quarto, peguei um biquíni, vesti o mesmo, tirei uma foto e fui para minha humilde piscina.

Fiquei bastante tempo ali, curtindo minha vibe, tomando ice.

Sai era umas 15:32, peguei meu celular liguei pra pensão da dona Cida e pedi uma marmita.

Logo chegaram, paguei e fui pro sofá.
Editei minha foto e postei no Facebook. Nem dei atenção pros comentários. Comecei a almoçar.

[...]

Tomei um banho, lavei meu cabelo e fui deitar um pouco.

Quando menos espero vejo um ser na porta do meu quarto.

Pv; porque não esperou? - encarei ele.

Jade: segue o baile bb. - falei irônica.

Pv; desse nipe então? - falou nervoso.

Jade: que eu me lembre, você que falou isso. Tô apenas fazendo o que você quer. - ele concordou.

Pv: vamo desistir fácil assim? - me encarou.

Jade: você que desistiu. - ele concordou.

Pv: pode crê, flw aí. - ele saiu nervoso.
Moleque doido da porra.

Continuei deitada, e logo perdi o sono....

Meses depois.

Muita coisa mudou. Voltei a trabalhar no asfalto. E te juro, minha vida tá ótima.

Pv saiu do meu pé, mas todo dia é uma querendo esfregar na minha cara que está com ele. Isso machuca, mas eu finjo que nem vejo.

Renata, Luana, TC, Dedé e Saimon vivem aqui em casa, eles são meus melhores amigos. Amo demais.

Dedé: Dois dias pro aniversário em, gatinha. - bagunçou meu cabelo.

Saimon: merece até contagem. - eu dei dedo.

Luana: Deus é mais com uns amigos desses. - todos riram.

Jade: chama na idosaaa. - rimos alto.

Ficamos zoando bastante. Eles tiravam meus pensamentos ridículos e eu agradeço demais a eles por isso.

Anoiteceu, fizemos a janta e logo fomos comer.

TC: vou vim aqui todos os dias. - falou, com a boca cheia.

Renata: porco do caralho. - deu um tapa na cabeça dele.

Jade: muito amor envolvido. - olhei eles e ri.
Terminamos de jantar. Os meninos lavaram as louças, e eu ajeitei a casa.

Logo eles foram embora.

Amanhã era cedo, na luta novamente.
Fui pro meu quarto, prendi o cabelo e vesti meu pijama.

Deitei-me e logo adormeci.

[...]
Acordei com o maldito celular tocando. Podia ser o alarme, mas era ligação.

Olhei no visor, e meu chefe???? Levantei num pulo. Olhei as horas e ainda marcava 03:40 da manhã.

Suspirei e atendi.

~ Início de ligação.
Heitor: Desculpe a ligação... é que minha avó faleceu, e a loja não será aberta durante alguns dias! - falou, com a voz cansada.

Jade: o senhor precisa de algo? Se quiser, posso ir dá um apoio moral pra família. - falei, preocupada.

Heitor: tudo bem, Jade. Muito obrigado. Era só isso mesmo, volte a dormir. Quando eu estiver melhor, eu aviso para voltarmos ao trabalho.

~ Fim de ligação.

Desliguei o alarme e me deitei novamente.
Depois de um tempo, começou a chover e logo barulho de foguetes tomou conta da favela.

Meu coração foi na boca, puta que pariu. Invasão.

Meu celular tocou, TC na ativa.

Jade: PORRA! EU VOU FICAR SOZINHA? - falei, quase chorando.

TC: se acalma caralho. se liga... no corredor, perto do segundo quarto tem uma parede falsa. Lá dá acesso a um bagulho em baixo da casa. Vai pra lá, não sai de lá enquanto eu não for te buscar. - ele desligou.

Escutei alguém batendo forte na porta. INFERNO!

Fui até o local que TC me indicou, demorou um pouco mas encontrei, assim que adentrei, escutei a porta sendo arrombada.
Coloquei meu celular no silencioso, e fiquei quietinha.

Xxx: O filho da puta não sabe nem dá informações direito. A putinha não tá aqui. - falou um, irritado.

Xx2: aquele viadinho fez nois colocar a vida em risco, porra. Mas quando nois pegar a safada, nois temos o Pv po. - o outro falou como se fosse óbvio.

Meu coração acelerou, e logo desci pro local que TC falou.

Estão atrás de mim? Porque de mim? Eu nem estou mais tendo afinidade com Pv, mal vejo, e quando vejo nem olhamos um para o outro.

Eu me tremia, não conseguia me controlar. Os tiros parecia ter tomar conta do local.

[...]

TC: O que foi, porra? - me olhou, e eu o abracei.

Jade: ESTÃO ATRÁS DE MIM. - falei, nervosa. - DE MIM, TÚLIO. PORQUE DE MIM? - senti as lágrimas ameaçar a rolar. - EU NÃO TENHO MAIS NADA COM PV. EU NEM O VEJO MAIS. E AINDA SIM, INSISTEM EM QUERER A MIM? - ele me abraçou forte.
Depois de um tempo senti uma presença ali, conosco. Levantei as vistas e vi Pv, nos observando e com sua feição fria como sempre.

Desde que terminamos tudo que tínhamos, ele nunca ria. Sempre com essa cara de sério, ameaçador e isso dava medo.

Pv: O que tá rolando? - TC olhou para o mesmo.

TC: vieram na intenção de pegar a Jade. - Pepeu me olhou com cara de quem não me conhecia e encarou TC. - Temos que tirar ela daqui.

Pv: Tu resolve isso, não quero me envolver, pode crê? - meu estômago embrulhou. - Tô indo resolver outros assuntos.

Filho da puta, como sempre!

Dona Cris que me perdoe.

Respirei fundo e voltei para a casa. TC não sabia o que fazer comigo. Eu estava sendo um fardo, novamente.

Jade: relaxa, eu vou me ajeitar.

Laços criminais.Onde histórias criam vida. Descubra agora