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Renata narrando.

Esse tempo que Jade ficou fora, foi um saco. Pv descontava a raiva em todo mundo, tá maluco.

Eu e TC continuamos na mesma merda, só se foder e agir como se estivesse solteiro. Isso me deixa nos nervos. Mas agora quem não quer, sou eu.

Não preciso implorar amor, muito menos macho.

Tem alguns meses que eu venho tendo dores de cabeça, moleza no corpo e ânsia de vômito.

Minha menstruação tá atrasada, mas sempre rola isso. Mas estão começando a ser frequente.

Jade: Não é gravidez? - me olhou.

Renata; Tá maluca? - pensei na hipótese e comecei a soar frio. - Eu nem tenho algo com TC. - neguei, tentando deixar isso de lado.
Luana; Não podemos ignorar as hipóteses. - fechei os olhos e respirei fundo.

Jade se levantou, sem falar nada.

Depois de um tempo ela voltou, com uma sacola e nela havia duas caixinhas.

Renata: Tá zoando né? - ela continuou seria e eu me levantei.

[...]

Eu me tremia, as meninas estavam fora do banheiro me esperando. Eu me observava no espelho, os testes já podiam estar com a resposta. Mas eu nao tinha forças pra olhar.
Molhei meu rosto, meu coração ja ameaçava em bater forte. Minha respiração cortava.

Jade: Estamos aqui. - deu duas batida na porta. - se quiser, veremos juntas.
Peguei os testes, e abri a porta. Jade me olhava, estiquei a mão e entreguei para a mesma.

Ela olhou, e depois me olhou, e olhou novamente para o teste.

Luana: MEU DEUS. - colocou a mão na boca.
Jade: é... - ela procurava as palavras. - parabéns, mamãe.

Encarei elas, meu coração palpitou mais forte. Que porra estava acontecendo? Logo cai no choro. Eu estava com medo. Medo de ser uma má mãe, do meu irmão, da minha mãe e da reação do filho da puta do TC.

Ele mentiu pra mim, sempre dizia que usava camisinha e vacilou comigo... Jade me envolveu no seu abraço, aí que chorei mesmo.

Luana narrando.

Ver Renata no desespero, tava me deixando agoniada. Só eu sei o quanto ela reza pro TC assumir logo eles. Mas agora aparece um bucho??

Não sei mesmo se ele vai aceitar, ele é um zé ruela.

Dedé: o que tanto pensa aí, minha gata? - chegou, alisando meus cabelos.

Luana: Ah, nada demais. - dei de ombros e ele me beijou.

Ficamos até anoitecer namorando. Ele pediu uma pizza e logo chegou. Lanchamos, lavei o que havia sujado e fomos deitar.

Jade narrando.

Jade: você tem que contar. - falei pela milésima vez.

Renata: Não, Jade. - murmurou e eu revirei os olhos.

Jade: faz o que você achar melhor.. Tô tentando ajudar e fica nesse doce aí, mulher. - falei, começando a me irritar.

Renata: você fala, porque não é tu que tá esperando um filho. - encarei ela. - pra você sempre foi flores... Meu irmão te fez de otária as vezes, você vai embora e volta como se não tivesse acontecido nada. Transa de camisinha, toma a porra do remédio e acha que pode opinar em algo? - fiquei calada.

Concordei, e sai do quarto. Ela tava certa, mal voltei e já quero opinar em algo.

Fui pra casa andando mesmo. Ela que se resolva com a família.

Não tenho nada a ver.

Não quero me envolver.

Nunca nem vi.

Tava passando pela praça quando vi um menor se aproximando.

Xxx: aê tia, o patrão mandou a senhora colar nesse endereço. - me entregou um papel e saiu correndo.

Fiquei sem entender, mas não cogitei e fui até o tal endereço.

Era uma parte totalmente estranha, nunca fui ali. Era sombrio, tudo muito quieto, será que era o endereço certo?

Olhei novamente o papel, e sim, era aquele endereço.

Jade: Paulo... - chamei, esperando por resposta.

Demorou um tempo e só senti um impacto nas minhas costas.
Que dor do inferno. Eu já estava no chão. Tentei levantar, e senti vários bicudo na minha costela.
Jade: Aí caralho... - gemi.
Senti me puxar pelo cabelo, era um homem. Logo começou a meter vários murros no meu rosto, na barriga na boca.

Porra, tava doendo.

Que diabos eu fiz?

Laços criminais.Onde histórias criam vida. Descubra agora