Renata narrando.
Os meses se passaram, tive um garotão e ele tem 8 meses.
Eu estava cansada de viver ali, como uma condenada. Eu morava em uma chácara, bem distante de tudo e até mesmo do meu Rio de Janeiro.
Nunca tenho contato com minha mãe ou com Pv, e quando eles ligam, o pessoal não deixa eu falar. Só eles falam, e só pede as coisas. Eu cansei.
Arthur tem é a cara do TC, e quando se irrita vira a cópia. Que saudades eu tenho desse homem, que saudade da minha vida antiga.
Por conta da Talita eu tive que vim pra esse fim de mundo, afastado de tudo e todas.
Que saudades da Jade.Flávio: eai, ainda pretende fugir? - me tirou dos pensamentos.
Flávio era filho do pessoal da chácara, ele tem sido um amigo e tanto, ele quem vai me ajudar a sair daqui.
Renata: Eu pretendo. - falei distante e o mesmo me olhou.
Flávio: qual foi Renata? - riu. - Tá viajando em?
Renata; tenho medo de voltar e o pessoal desfazer de mim. - Flávio me olhou sério.
Flávio: Eles não vão desfazer de você... Tu é importante pra eles sô. - deu um tapinha no meu ombro.Apenas concordei.
Eles saiu dali, e Arthur começou a chorar.
Fiz a mamadeira, dei pro mesmo e em instantes vi ele adormecendo.Apesar dos 8 meses, ele já andava e tudo.
[...]
Já estava tudo arrumado, uma bolsa minha e outra do Arthur. Não era muita coisa, lá eu me virava.
Observei tudo e vi o carro um pouco distante da chácara.
Sai de lá com Arthur no colo, e as bolsas nas costa.
O cachorro começou a latir, e Arthur ficava tentando mandar ele calar a boca. Vi as luzes se acendendo e meti o pé pro carro.
Flávio: achei que tinha desisto. - deu partida e eu neguei.
Renata: Deu certo... - falei sem acreditar, e o mesmo sorriu.
Ficamos conversando, Arthur estava na cadeirinha e logo adormeceu.
Conversamos tanto, que acordei com o mesmo me cutucando.
Renata: só mais um pouquinho. - virei pro outro lado.
Flávio: estamos no Rio de Janeiro. - Falou, apreensivo.
Abri os olhos, e logo vi meu Rio cheio de movimentação.
Aí meu Deus.
Jade narrando.
Acordei com meu celular tocando. Número desconhecido, como sempre. Fingi que nem vi, e continuei deitada.
Minha barriga já estava meio que incomodando, e eu mal podia ficar com ela pra baixo.
O celular começou de novo, e aquele toque estava me irritando. O pessoal me irritava. Tudo me irritava nessa porra.
Peguei o mesmo e atendi, nervosa demais.
~ Início de conversa.
Jade: eu espero muito que seja importante, porque olha, eu não tô com paciência pra zé povinho. - escutei a respiração, mais nada da pessoa responder. - Vai pro inferno, nunca vi mudo ligar... - fui interrompida.
Xxx: Jade? Sou eu... - Ergui uma sobrancelha.
Jade: Eu quem, pelo amor do senhor Jesus? - falei, me irritando mais ainda.
Renata: A Renata. - fiz careta. - Sei que você vai querer desligar, mais eu preciso de você. - falou, implorando.
Jade: Solta logo o papo. - falei ríspida.
Renata: Estou no Rio. Não sei se meu irmão vai querer eu por aí com Arthur. - suspirei, o neném havia nascido. - Você pode me ajudar? Eu não tenho pra onde ir.
Jade: Você está aonde? - Eu não devia participar disso.
Renata: Na avenida... - ela me explicou.
Jade: Me espera aí. Daqui a pouco eu chego. - desliguei.
~ Fim de ligação.
Pv ia me matar. Mais eu não iria deixar a garota sem onde morar, né?
Mandei mensagem pra Luana, e depois de uns 25 minutos ela apareceu.
Luana: para o que a dondoca precisa de mim? - sentou na cadeira.
Jade: precisamos despistar esses seguranças. Quero sair sem alguém seguindo. - ela me olhou como se fosse impossível. - Não é impossível, Luana. É só você chegar lá daquele jeito nervoso e falar que o chefinho tá mandando eles ir na boca. - sorri.
Luana: você tá maluca? - falou, desesperada.
Jade: Por favor Luana, vamos fazer uma boa ação. - ela negou até a próxima vida. - Eu faço sozinha, viu? - ela me encarou.
Luana: Só vou te ajudar porque você tá buxuda. - eu ri, e ela saiu de lá.
Fui até meu guarda roupa, peguei meus documentos e a chave da minha antiga casa.
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Laços criminais.
FanfictionA vida não é fácil, nunca foi! Todos acham que uma hora não cansamos, mas somos uma bomba relógio a qualquer momento podemos estourar. Jade Silva, 18 anos, mora em um bairro pobre do grande Rio de Janeiro. Uma garota humilde, não abaixa a cabeça pa...