Arrancando as barbatanas

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Converso com a professora se poderia sair quinze minutos mais cedo, ela me dá autorização, logo estou saindo da escola. Quando tracei o plano de caça ao tubarão, tinha a certeza que deveria agir sozinha, porque o treinador queimou meu filme com todos, ninguém iria acreditar. Fiquei pensando para quem entregar essa gravação. Penso e me lembro dos vizinhos dos meus avós. A família Morais, o Sr. Olavo Fontes é coronel aposentado da Polícia Militar de São Paulo, a Sra. Valeria Fontes e juiz também aposentada da Vara da criminal, eles tem 4 filhos, o mais velho Pedro Morais advogado conceituado no centro da idade, as gêmeas Carmem e Carolina Fontes ambas são juizas, porém Carmem da vara cível em Santos e Carolina é juíza federal em Brasília, e o caçula Fernando e investigador da Polícia Civil era ele que poderia me ajudar. Eles moram quatro casas depois, já encontrei com quando retorno da escola.

- Aperto passo até a casa dos Fontes, toco interfone, logo um voz atende:

- Quem é? disse uma voz feminina.

- Boa tarde, aqui e Dália Uçar, gostaria de falar com Fernando.

- Só um minuto, por gentileza. O portão abre e continuo aguardando. Até que escuto passo e ele abre.

- ah, é você Dália, pode entrar. Peço licença e adentro a residência.

- Desculpa por incomodar você, mas é o único que pode ajudar.

- Vem, Dada. Pode sentar aqui. O que está acontecendo? Logo chega a sala o sr. Morais e Dona Valéria. Eu explico tudo a eles , sobre as agressões sofridas pelo treinador. Eles prestam atenção, quando Fernando diz:

- Você tem alguma prova do que acabou de contar?

- Sim. Hoje eu gravei tudo com uma câmera escondida no vestiário, conversando tudo. Entrego o cartão de memórias.

- Dália, fique calma, vou ajudar você! Preciso que fique na sua pelo próximos dias, irei investigar o seu treinador, mas para isso, você não pode falar com ninguém sobre a gravação, nem para sua amigas que planejaram juntas todo esse plano. Vá para casa, aguarde, tudo vai ficar bem, ok?

- Ok. Começo a chorar e sou consolado por D. Valeria. Depois de ficar mais tranquila, olho para relógio no meu pulso e digo:

- Vou para casa, antes que meus pais fiquem preocupados.

- Pode deixar vou pegar esse, canalha!

- Muito obrigada. Me sinto acolhida por eles, chego em casa por volta das 19:00, minha mãe me aguarda, junto com pai e Asla. Quando entro na sala, ela grita:

- Onde você estava, garota? Você quer me deixar louca? Saí cedo sem avisar e chega depois do horário, o que você está aprontando, Dália? Seu irmão contou tudo sobre câmera, aonde você se meteu, meninaaaaaaaa.

- Calma, meu amor. Ela é boa menina.

- Para de passar a mão na cabeça dela, ela está se rebelando com a família dela. Olhos para Asla e digo:

- Não estou aprontando nada, simplesmente vou provar que não sou uma rebelde sem causa, então me deixa em paz, mamãe. Não vou jantar! Subo as escadas.

- Volta aqui mocinha.

- Estou cansada de todos, me deixa em paz!

- Essa menina vai me matar.

- Entro no meu quarto, vou direto para banheiro e tomo banho, coloco o roupão, ao sair me pai está a me espera.

- Fala comigo, minha filha.

- Não quero conversar com ninguém, me deixa em paz! Eu sou a ovelha negra da família, então me deixa. Começo a chorar, meu pai me abraça e beija me testa.

-Vai descansar, meu amor. Eu te amo, minha filha.

Ele sai, e me deito e olho para o teto do meu quarto. Imagino o céu estrelado e percebo que a força é minha única opção agora, não posso abaixar a guarda, porque senão, tubarão me engole.





 Imagino o céu estrelado e percebo que a força é minha única opção agora, não posso abaixar a guarda, porque senão, tubarão me engole

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