Meu cravo

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Ele está sentado na praia em frente a casa.

- Vai fugir do meu abraço? Pergunto.

- Não. Ele responde

- Então, pode me dar um?

Ele se levanta, me encara com aqueles olhos, me aconchega em seus braços fortes, como sinto saudades de estar com ele. Marcelo me solta e se senta novamente, eu o acompanho. Tiro as botinas e dobro a calça jeans.

- Por que está aqui sozinho?

- Pensando em tudo.

- Não pense muito nisso. Isso é passado. Vamos pensar no futuro.

Quando me viro para olha-lo, sou surpreendida com seus lábios. Que boca quente, aqueceu todo meu corpo. Eu correspondo. Quando ele para, encosta na minha testa.

- Vou resolver minha vida, dessa vez não foge, quero você. Eu te amo, Dália. Esse nove anos achando que você estava feliz e protegida, mas passava por tudo isso, enquanto eu estava curtindo minha fossa com outras mulheres.

- Eu nunca deixei de te amar, Marcelo. Durante esse tempo, pensava em te procurar, mas achava que tinha me esquecido. Quando no almoço de natal te vê com sua noiva, meu coração se partiu, ontem eu bebi por esse motivo.

- Julia tentou tirar a própria vida no início do mês de dezembro, porque terminei nosso namoro. Ela não é minha noiva.

- Bem que ela é muito bonita.

-Só por fora, ela ainda precisa evoluir muito, enquanto pessoa, Dália.

- Hum, mas não pense que vou ficar com você namorando.

- Eu terminei com ela ontem, antes de ir falar com Asla na casa dele. Quando conversei com ela na casa dela, ela deu show, mas a mãe dela acabou revelando que ela já tinha depressão há muito tempo.

-Então, você é meu novamente?

- Sempre fui seu, minha Dália. Ele beija novamente.

- Eu te amo, meu cravo.

- Eu também. Ele tira o colar o do bolso e coloca no pescoço.

- Nunca mais vou tirar, meu cravo.

- Aí, de você tirar. Agora será uma aliança.

Ficamos sentados na praia observando o mar, até que nossos amigos se juntam.

- Já se resolveram? Enrico pergunta.

- Sim. O cravo sempre foi meu. Digo e coloco a cabeça no ombro de Marcelo.

- Gente, vamos aproveitar para comemorar a reconciliação desse casal, porque não aguenta a dor de cotovelo da minha amiga. Diz Natália.

- Cala boca, Nati. Carol fala.

- Vamos nos trocar e vamos curtir a praia. Eda diz.

- Vamos. Falo.

Voltamos para casa. Vejo minha mãe senta na varanda observando o mar, então deixo o pessoal subir. Pergunto.

- O que a senhora Kiraz está aqui pensando.

- Tentando digerir toda a história. Ela retruca. Me sento na cadeira ao lado, seguro na mão dela.

-Daqui a pouco seu amor vai estar aqui. Papai está vindo para Maresias.

- Como assim?

- Eu iria convidar a senhora e o Asla para passar a virada aqui, tentando uma reaproximação, mas acabei adiantando. Daqui algumas horas ele chega.

- Senhora vai perder a chance de reencontrar seu grande amor, hein mamãe?

- Quem disse que ainda o amo?

- Uma coisa eu sei, ele pelo menos nunca deixou de amá-la.

- Dália Uçar, não brinque com sua mãe.

- Não estou brincando e a verdade é mãe. Ele nunca deixou de amá-la, vou subir preciso ir buscá-lo.

Beijo a sua testa e a deixo sozinha. Subo para me trocar. Coloco um maiô, short jeans, chinelo, blusão branco, óculos escuro e amarro meus cabelos com lenço. Desço as escadas, me deparo com aquela visão, Marcelo Balik vestido uma blusa de linho na cor salmão, short branco e óculos. Ele é muito lindo.

- Vai ficar olhando ou vai descer para me encontrar? Ele pergunta.

- Se eu pular você me segura?

- Lógico, daqui para frente esses braços serão seu porto seguro de agora adiante.

- Por isso que eu amo você, sabia.

Me aproximo dele, antes que eu posso abraçá-lo, ele me coloca no seu colo.

- Eu aguento carregar você, Dália Uçar.

- Eu sei, mas eu quero... Ele me beija.

- Santo Deus, Dália. Vamos, todos estamos esperando vocês.

DáliaOnde histórias criam vida. Descubra agora