Um passeio de Jet ski

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Chegamos a residência de Carol Azevedo com praia privativa. Somos recebidos pelo pai dela,  Saraiva Azevedo, grande nome da arquitetura mineira. A recepção dos Azevedo é de grande estilo na piscina da mansão, que tem dois pavimentos, decoração rústica e toda com detalhes trabalhados em vidro. Somos convidados para um lanche. Todos ficam admirados pela magnífica residência.

- Sr. Azevedo bela residência! Minha mãe.

- Acredito que sua filha, deve ter realizado esse belo trabalho. Asla diz.

- Na realidade, a arquiteta responsável por essa obra, foi Dália Uçar.

- O Santo de casa não faz milagre, não é papai.

- Com certeza, Dália é nossa melhor arquiteta, os clientes brigam para trabalhar com ela.

- Minha menina é muito competente em tudo que faz. Minha mãe afirma.

- A gente, vamos parar com esse papo, quando meu pai e seu esposo chegam, Carol?

- Dália, heliporto está com um problema, eles vão pousar na residência dos Oliveiras, você e Natália poderiam ir buscá-los de jet ski?

- Eu vou amar, dirigir aquelas máquinas. Natalia fala

- Então, vão se preparar para buscar meu marido e seu papai.

Vou colocar macacão e colete, passo protetor solar, óculos, boné e sapatilha. Eu e Natália tiramos habilitação em BH, pouco antes de realizar trabalhos aqui em Maresias. Chegamos no beach todos estão curtindo a praia.

- Filha, você sabe comandar essa coisa.

- Sim, mãe. Sou habilitada, pode ficar tranquila.

- Nada com você é tranquilo, minha filha.

Estamos a caminho das motos aquáticas, quando ele segura meu braço.

- Isso é realmente seguro, você vai com jet ski?

- E sim, meu cravo. Quando eu voltar, vamos almoçar no lugar em que quero ir sozinha contigo, tá bom. Fica preparado.

- O que você está arrumando, hein mocinha.

- Tudo que não fizemos em nove anos, vou tirar o pé da força, e hoje meu amor. Dou um beijo e vou em direção a moto.

Subo, ligo e esquento o jet ski com pequenas manobras. Paro do lado de Natália, que está ajeitando o colete.

- Pronta, Natália!

- Sim, estou verificando o colete.

- Vamos fazer uma aposta. Digo.

- Última a chegar pagar o jantar?

- Ok. Da última vez, ganhei com folga. Nati debocha.

 - Dessa vez será diferente.

- Vamos ver. Se eu ganhar, faz a ponte entre eu e seu amigo porco espinho.

- Ele é o eterno Cabeça de tigela, com maior prazer, querida.

- Pronta, Dália?

- Prontíssima. Escuto minha mãe dizer.

- Meninas nada de correr com isso. 

Uma olha para outra, e sorrir.

- Não se preocupem, D. Kiraz elas sabem pilotar bem. Carol grita.

Todos olham esperando espetáculo.

- A última que chegar, é mulher do padre? Natália grita e sai pilotando.

- Se for padre Fábio de Melo, caso com gosto. Eu saio acelerando, escuto Marcelo gritando.

- Você vai casar comigo, Dália Uçar. Marcelo fala. 

Faço o retorno com a moto aquática, paro em frente ele e respondo.

- Todos estão de testemunha, vai ter que cumprir sua promessa Balik. Quero um pacote completo desse pedido até o altar, e sua última chance. Saio acelerando.

Eu e Natália estamos pilotando em alto mar, com toda adrenalina e liberdade. A sensação da brisa do mar no meu rosto me dá a sensação que estou no caminho certo para minha felicidade. Chegamos no lugar de helicóptero vai pousar. Logo avistamos, em poucos minutos meu pai e Calebe esposo de Carol chegam a orla da praia.

- Papai, o senhor vem comigo.

- Dália, você pilotar Isso.

- Senhor Francisco, e uma das melhores. Calebe diz.

- Ele já está se acomodando no jet ski da Natália.

- Confia em mim, pai!

- Santo Deus me proteja.

- Vem, vou te ajudar. Ajudo a subir com sua mochila.

- Tudo pronto, Natália?

- Tudo sobre controle.

- Então, vamos!

Saímos pilotando sobre o mar azul- esverdeado de Maresias. Meu pai me aperta tanto, coitado. Estamos nos aproximando da casa de Carol, então resolvo acelerar, já próximo da Beah faço um giro de 360 graus. Meu pai grita tanto que todos saem da área de piscina e vão para a praia. Faço outras manobras com ele berrando meu nome. Quando estaciono na praia, já desço rápido da moto. Ele está com tanta raiva, que ele não observa as pessoas que estão ali. Ele grita:

- Daliaaaaaaaaa, vem aqui menina. E hoje que eu te matou.

- Calma, pai. Foi para sentir a adrenalina.

- Adrenalina? Você está loucaaaaaa! Ele corre e consegue me pega pela orelha.

- Vem aqui, eu vou te ensinar brincar com seu pai, menina rebelde.

- Desculpa, paizinho!

- Onde você aprendeu a fazer esse tipo de coisa, menina. Eu sabia que você anda em alta velocidade, imagina com aquela camionete, meu coração até gela. Daliaaaaaa Uçar eu vou te triturar. Sua mãe não vai te reconhecer.

- Ela está atrás de você, pode falar pessoalmente. Ele fica paralisado olhando para minha mãe.

Consigo me soltar, saio correndo pego o colete da mãos de Natália e jogo para Marcelo.

- Veste rápido!

- Para onde vamos? Marcelo pergunta.

- Anda, ele vai vir atrás de mim.

Eu já estou subindo no jet ski. Marcelo sobe ainda ajeitando o colete. Ligo e grito.

- Papai, eu te amo. Volto mais tarde. Não espere para almoço e nem café da tarde.

- Daliaaaaaaaaa Uçar, volta aqui menina. Eu vou quebrar cada osso da sua mão.

Acelero, faço meia volta e digo ao meu pai.

- Resolva seus problemas, porque estou indo resolver os meus como o senhor mandou. Então beijinhos, meu Chiquinho.

Faço de acelerar e jogar água em todos. Parto sem olhar atrás, com meu amor na minha garupa.

DáliaOnde histórias criam vida. Descubra agora