Casamento dos meus pais

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O dia amanheceu radiante, banhando a Granja Julieta em tons de dourado e laranja. A brisa suave sussurrava pelas folhas das árvores, criando uma melodia natural que acompanhava a emoção que tomava conta de todos nós. Hoje era um dia especial: o casamento dos meus pais, após nove anos separados.

Nove anos marcados por saudade, dúvidas e um amor que nunca se apagou. A doença de meu pai, um tumor cerebral que o obrigou a se afastar da família, havia criado um véu de tristeza sobre nossas vidas. Mas agora, livres da sombra da doença, meus pais estavam prontos para recomeçar.

A cerimônia foi simples, porém carregada de significado. Meus avós, amigos e familiares se reuniram no jardim da casa da nossa casa, testemunhando a união dos meus pais. Tia Teresa, que veio de Belo Horizonte para o evento, emocionou-se com os votos que eles trocaram.

Nunca fomos divorciados, disse minha mãe ao final da cerimônia, com um sorriso que iluminava seu rosto. E meu pai, com os olhos marejados, a beijou longamente, selando a promessa de um futuro juntos.

A festa foi íntima e alegre, repleta de risadas, abraços e histórias. A comida mineira, pedida especialmente pela minha mãe, encantou a todos. O som de sambas tradicionais embalava a tarde, criando um clima descontraído e festivo.

No fim da tarde, meu pai anunciou que abriria uma gelateria na Granja Julieta. A notícia foi recebida com entusiasmo por todos, e já podíamos imaginar o aroma delicioso de sorvete tomando conta do lugar.

Enquanto a noite chegava de mansinho, eu estava queimando de desejo, Marcelo, nos sentíamos mais próximos do que nunca. Uma conexão especial entre nós se fortalecia a cada dia. E, em meio aos pensamentos, uma ideia ardente tomava conta de mim.

- Te espero no jardim, sussurrei em seu ouvido, aproveitando um momento em que ninguém nos observava.

Com o coração batendo forte, saí em direção ao jardim. Abri o portão lateral e me deitei na cama dossel instalada sob a sombra da árvore de canela. A calça alfaiataria rosa e o body da mesma cor deixavam meu corpo à mostra, esperando pelo encontro que prometia ser intenso e apaixonante.

E então, como se respondesse ao meu chamado, ele surgiu. Seus olhos verdes, intensos como sempre, me fitaram com desejo enquanto se aproximava. O beijo que se seguiu foi como um reencontro de almas, carregado de paixão e saudade.

A brisa da noite sussurrava pelas frestas da cortina de voal da cama dossel debaixo da árvore de canela , carregando consigo o perfume lavandas do canteiro. No lençol branco, sob a luz prateada das luminárias do jardim , eu e Marcelo se entregavam a um ritmo tão frenético quanto a própria noite.

Os corpos, antes tímidos e hesitantes, agora se moviam em perfeita sintonia,as mãos de Marcelo deslizavam sobre minha pele negra macia, traçando mapas de desejo que eu percorria com beijos ardentes. Cada toque, cada sussurro, cada gemido era uma melodia que ecoava no silêncio da noite, tecendo uma sinfonia de amor e entrega.

- Eu te amo, Marcelo, enquanto sentia o seu corpo forte sobre ela.

Minha respiração se acelerava, meus lábios entreabertos buscavam o ar fresco que se misturava com o perfume inebriante de Marcelo. Seus olhos, antes tímidos, agora brilhavam com uma intensidade que incendiava a alma do amado.

Em um movimento fluido, Marcelo me puxou para si, nossos corpos se unindo em um abraço apertado. A paixão transbordava, quebrando todas as barreiras, e nos conduzia em um êxtase sem palavras.

- Eu te amo, Dália. Ele com carinho acaricia suas costas, enquanto seus corpos estão ligados.

A lua, testemunha silenciosa da nossa entrega, derramava sua luz prateada sobre o jardim, abençoando nossa união. A noite se dissolveu em um turbilhão de sensações, em um mar de entrega e paixão.

Exaustos, mas radiantes, eu e Marcelo nos aconchegamos nos lençóis, nossos corações batendo em perfeita harmonia. A noite havia tecido sua magia, e o amor que os unia se fortaleceu sob a luz da lua.


Look do casamento

Dália Uçar

Marcelo Balik

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Marcelo Balik

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