Dália

A revelação

Alguns meses depois...

Na sala da obstetra, estou de mãos dadas com uma linda mulher deitada em uma maca aconchegante, vejo fotos de bebês nas paredes e um som ambiente relaxante. Dália apertava minhas mãos enquanto aguardávamos a entrada da médica, estava com o coração batendo forte no peito. Era o dia do ultrassom da descoberta, e a ansiedade misturava-se com a preocupação. Demoramos muito para realizar as primeiras consultas.

Durante a recuperação do acidente, Dália precisou tomar medicamentos que a deixavam apreensiva com o desenvolvimento do bebê. Sou otimista, tentava acalmá-la, afirmando que tudo estaria bem, mas Dália não conseguia se livrar da angústia constante em seu pensamento todos esses tempo.

A porta se abriu e a Dra. Lúcia, com um sorriso, entrou na sala. Ela nos cumprimentou como futuros pais e conversou conosco sobre o exame. A cada palavra da médica, a apreensão diminuía, dando lugar à felicidade e alegria de receber um menino ou menina. Estava torcendo para ser uma garota, queria ter uma mini Dália em meu braços.

Chegou o momento do ultrassom. Minha esposa deitada na maca e a doutora passou o gel em sua barriga. A imagem do bebê na tela era borrada no início, mas logo se tornou nítida. Era possível ver seus minúsculos dedos dos pés e das mãos, o rostinho delicado e o coração batendo forte. Como queríamos saber o sexo, logo a fala tomou conta do meus ouvidos.

- É um menino!, a Dra. Lúcia anunciou, e um sorriso radiante iluminou meu rosto e de Dália, ela infatizou que o bebê está saudável. A felicidade era tanta que as lágrimas brotaram em nossos olhos. Nos abraçamos, agradecidos por esse momento tão especial. Alguns anos estava em relacionamento frustrado e sem perspectiva de construir uma família, pois não era a mulher que amava. Em poucos meses estou casado com amor da minha vida e vendo o meu filho no ultrassom.

Dália está com quatro meses, entramos no carro fazendo as contas, tínhamos certeza que engravidam os no casamento do meus sogros, no jardim da minha avó.

Amor, estou ansiosa para ver nossos menino. Hoje estou aliviada com as palavras da médica. Me preocupei sem motivo. Ela está em êxtase.

Te falei, você ficava insistindo neste pensamento, mas hoje vimos que está tudo certo. Paro no sinal, ela beija minha mão.

A partir daquele dia, a apreensão deu lugar à expectativa, Dália e eu mal podia esperar para ver o rostinho do nosso filho e começar a construir uma vida juntos. Este ultrassom foi apenas o começo de uma jornada de amor e descobertas. Mal sabia que ainda havia muito pela frente, mas estava confiante que superaremos todos os desafios juntos, com o amor que nos uniam.

Quando chegamos em casa, fizemos questão de contar aos nossos familiares e amigos. Essa criança seria muito amada pelo bisavós, os avós e os tios e tias. Precisava finalizar a obra da minha casa, pois conheço minha esposa, agora será difícil manter segredo sobre casinha.