Dark Paradise || Peter Pan • OUAT

71. Anjo e Demônio

A noite ia alta e Alex dormia profundamente. Estava exausto pela caminhada na Floresta Encantada. A mente se encontrava num raro momento de silêncio, onde ele se resguardou para fugir do fato que Grace se tornara Dark One e pendia para as trevas.

No entanto, sua percepção não permaneceu apagada pelo sono por muito tempo. Despertou com ruídos que refletiam de outro ambiente. As paredes finas do quarto não davam conta de guardar os sons do cômodo vizinho. Acordou incomodado e notou que os ruídos na verdade, eram gemidos. Bufou estressado e inevitavelmente prestou atenção.

O estômago dele gelou, ao reconhecer a voz de Grace, em sincronia com a voz de nada mais nada menos que Peter Pan. Arregalou os olhos no escuro. Seus punhos agarraram o fino lençol com força. Como podia? Ela dissera que o amava, muito provavelmente o perseguiu pela magia da adaga, e na mesma noite, se hospedava no quarto próximo, pra se pegar com aquele demônio? Parecia de propósito. Alex respirou fundo, tentando colocar na consciência que devia ser um pesadelo e que logo iria passar.

Virou de bruços com violência e cobriu a cabeça com o travesseiro. Se esforçou pra ignorar a fúria que se distribuiu corroendo o restante de sua tolerância.

(...)

Peter não estava inteiramente preparado. Todo o vigor se esvaia com os efeitos presentes da bebida, tornando os sentidos vagos. O recente e profundo orgasmo o deixou inerte. Grace, ao contrário, mal aguentava a vontade de aproveitar o máximo dele. Olhava-o inquieta, querendo atacar.

- Tá vivo?? - perguntou, com um sorriso que resumia sua nova personalidade.

Ele soltou um riso fraco, lembrando que indagou a mesma coisa quando a pegou na Árvore de Pensar. Talvez fosse proposital, ou talvez ela só perguntasse por perguntar. De qualquer forma, ele percebia que estava sofrendo alguma espécie de vingança.

- Eu quero mais. - afirmou, ajoelhada na cama, com as pernas separadas sobre ele. Pegou o pulso do garoto, que estava totalmente relaxado, e levou pra própria intimidade. Fez-o passar os dedos entre os lábios vaginais, conduzindo. - Tá sentindo? Tô tão... tão molhada... - finalizou, com a voz mole.

Peter deu um longo suspiro, de pálpebras caídas como quem está prestes a dormir. Derrapou as digitais no ponto de prazer dela e um sopro de excitação renasceu em suas energias. Ela empurrou o punho dele e o fez introduzir dois dedos na entrada estreita.

- Tô sentindo sim, Grace... - falou com o rosto úmido de suor.

- Ahn... Peter... - a menina gemeu e ele começou a masturbá-la devagar.- Você tá bêbado ainda?

- Acho que s...sim.

- Não vai me deixar assim, vai?

- Ah... - ele sorriu com a ressaca impertinente secando os lábios. - Acho que você precisa me ressuscitar.

Grace arfou desanimada, pensando em recorrer ao garoto do quarto ao lado. Imaginou o quanto seria bom terminar no colo de Alex, que tinha bastante potencial pra suprir a exaustão do menino de Neverland. Questionou a possibilidade de deixá-lo descansare ir visitar o outro. Contudo, não o faria e logo afastou a ideia. Possuía esperanças de reencontrar o habitual Peter Pan atrevido debaixo do cansaço.

Largou o braço dele e deixou que fosse masturbada sem coordenar. Se teria que reanimá-lo, então o faria. Segurou nas laterais do busto, pondo-os juntos. Olhou pra baixo e viu o sêmen que sujava até a altura dos bicos. Peter havia gozado no tórax dela há minutos atrás. Os olhos dele ficaram atentos. gradativamente o sono desaparecia.

- Você me sujou toda. - Grace comentou.

Com a língua pra fora, aproximou o queixo do peito e subiu um seio, pondo-o perto da boca. Alcançou e lambeu. Limpou o gozo que permanecia ali, sem perder tempo, tomou os líquidos de Peter de sua pele. Sugou o mamilo dos seios grandes, transitando a ponta da língua em vai-e-vem sobre o bico. Um gemido baixo e rouco ressonou na garganta do garoto com a visão e o toque dele ganhou firmeza. Esticou os dedos e enfiou tudo em Grace. Ela gemeu pausadamente logo em seguida, sentindo que aquilo o empolgava.