O assombro fez o coração de séculos de Peter Pan bombear disparado e um formigamento afligiu as mãos. Arquejou com a caixa torácica doendo, ao se dar conta que Alex o encarava. O ar o asfixiou, teve certeza que o sufoco não teria fim.
Os planos, que até então pareciam perfeitos, ruíam pouco a pouco da pior maneira possível. Manteria a consciência em branco e suportaria a vingança. Faria isso por Neverland, desesperado para sumir daquele Reino antes que se fechasse em mais desgraça.
Precisava do coração de Alex e o conseguiria! Recordou-se do "antigo" Peter Pan que reinava repleto de magia, numa época que tinha tudo sob controle. Seus dons persuasivos e temperamento ardiloso o colocavam no cume, e nada o destruía. O mal costume com os poderes acabou se tornando sua fraqueza. Decidiu aguentar o martírio de assistir Grace e com o inimigo, que no momento estavam sentados aos beijos na cama e assim que pudesse retornar pra sua terra imortal, vingaria-se das atitudes dela. Alex o encarava em afronta e Peter não se desviava do desafio.
Enquanto isso, Grace se entretinha com o beijo. Alex era preciso e acurado, com movimentos decididos de língua, abrindo caminho na boca dela e a sorvendo primoroso, algo que chegava a surpreender, afinal, não era experiente. Dessa vez, ela não fugiria, como fez a primeira vez em Nova York, por mais que parte de seus pensamentos fossem aterrorizados por Peter. Mal imaginava que o próprio testemunhava cada um de seus ofegos. Entregava-se de corpo e alma à Alex, e o envolvia com os braços, apoiados sobre os ombros. Ele a segurava na cabeça, com os dedos firmes nos fios de cabelos.
O toque de tórax a estimulou, com os mamilos se roçando no peito do menino. Encheu os pulmões e esticou as costas. Desceu a mão em busca do mastro. Em seu esconderijo, Peter via Grace cedendo. Que tipo de garota se joga na frente de um revólver disparando bala para salvar uma vida e depois se entregar à quem atira? Revirou os olhos e clamou ao além pra algo arrancá-lo dali, mas suas preces não foram ouvidas.
Alex a soltou do beijo. A ponta dos dedos de Grace se aventuraram pelo abdômen masculino em direção à elevação na calça. Ele se afastou o suficiente pra olhar pra baixo. Queria vê-la o apalpando, sonhou com isso várias vezes. Ela notou a cicatriz grande nas costelas, com hematomas arroxeados ao redor, como se não estivesse curado. Lembrou da violência da cena, Peter o esfaqueando. Naquela hora, achou que o perderia para a morte. Afastou as lembranças ruins e fitou com atenção a ereção se destacando. Sorriu e segurou sobre o tecido.
Alex suspirou e colocou o quadril pra frente. Grace sentiu a pele do membro se mover e empurrou com a palma. A corrente sanguínea ressaltou a rigidez. Parecia enorme, pelo que deduzia. Curiosa e instigada, pegou no elástico da calça e puxou pra baixo, levando a cueca junto. O sexo dele saltou pra fora, deixando-a boquiaberta.
Ele sorriu de canto e seus olhos apertados ficaram menores. Pousou o olhar em Peter. As íris verdes brilhavam entre as frestas. Irritado, o demônio não se preocupou em disfarçar a respiração raivosa. Mesmo com Grace sentada na frente, viu parcialmente a pálida masculinidade do outro. Seu estômago gelou, não soube interpretar o que aquela visão causou.
- Nossa, Alex... - fez Grace, parte deslumbrada e parte assustada.
- O que?
- É enorme!
Alex voltou a encará-la e depois fitou o próprio sexo.
- Isso é bom? - indagou, e ela percebeu um timbre malicioso na voz estável.
Ela subiu e desceu a mão pela extensão, abismada com o tamanho. Não possuía veias salientes como de Peter. Pensou como seria ser invadida, com certeza a destruiria. Mas a vontade era tanta que ansiou até pela dor que aquilo poderia causar.
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Dark Paradise || Peter Pan • OUAT
FanfictionDARK/TABOO ROMANCE +18 Grace é uma garota perturbada, abusada pelo pai, procurando desesperadamente alguma válvula de escape. Em seus sonhos ela encontra refúgio, conseguindo ter acesso ao estranho paraíso de Neverland, onde vive um solitário garoto...