Estrada Peña Boulevard 666, Leste de Denver.
A dupla de estranhos encontravam-se num Ford Del Rey obscuro banhado vagamente pelo luar na direção do Aeroporto de Denver. A trilha tinha 19 quilômetros desde o centro de Denver, entretanto estavam a quinze minutos dirigindo. Ela passava por áreas menos povoadas, proporcionando uma visão da paisagem. Além disso, era frequentemente patrulhada pela polícia local.
Atravessaram uma placa tetragonal no meio da escuridão. A luz do farol revelou o que estava escrito. 666.
Apressaram-se ao encarar o grande cavalo azul, pouco visível se não fosse por seus terríveis olhos vermelhos.
— Está vendo o cavalo?
— A estátua? Estou.
O cara ao lado da motorista, abriu o arquivo que antes estivera repousando em seu colo. Possuía uma capa dura, de um papel resistente que protegia os documentos e era rotulado com o nome "Aeroporto Internacional de Denver", número de referência e datas. Além disso, continha uma abertura na parte superior para inserção e remoção dos papéis.
— O artista Luis Alfonso esculpiu. Era uma encomenda do aeroporto, porém uma parte do Blucifer, soltou-se do guindaste e cortou uma artéria da perna dele. Morreu em seu próprio estúdio, pela própria obra-prima...
— Não é só por isso que estamos aqui. Há um provável assassinato bem mais recente nos esperando...
Dentro da pasta, os documentos encontravam-se organizados de maneira sistemática pelo seu período de tempo.
— Teve conhecimento que o custo total do aeroporto foi de início 1,7 bilhões de dólares? Porém, durante o processo, houve aumentos significativos e o projeto só foi concluído em 1995, com um custo total que os relatórios variam entre 5 bilhões de dólares. Outros chegam a mais de 6 bilhões de dólares!
— Pode ser simplesmente a readequação do projeto para os requisitos de segurança, logísticas, alterações nos regulamentos ou desafios na construção. A elaboração desses projetos é sempre cheia de imprevistos.
A entidade passou mais uma vez a folha amarelada do arquivo.
— Caramba! Eles tem é um recorde de processos por negligência! Pelo menos vinte voos caíram desde 1996. Na maioria, tripulados ilegalmente por jovens entre quinze e dezoito anos.
A moça escancarava desdém.
— Nicolas, voos caem o tempo todo...
Nem ao menos chegaram e já tinham notado as gotas d'água que começaram a cair no visor do veículo.
Na próxima página existia uma foto de uma mapa da cidade atrelada ao papel. Existia um borrão ciano sobre o aeroporto.
— Se é tão esperta. Como explica a tempestade concentrada?
Ela riu.
— Simples. Denver está situado a leste de formações montanhosas, o que pode causar um fenômeno chamado "chuva orográfica": quando a umidade é forçada a subir sobre uma barreira e acaba se condensando e precipitando naquele ponto, isso junto do efeito urbano: os edifícios altos criando turbulências no fluxo de ar, levando à condensação de umidade.
Ele ficou de queixo caído com tanta ceticidade.
Ao se aproximar o suficiente do campo de aviação, a condutora começou a procurar o estacionamento mais acessível. Existiam áreas remotas e econômicas que estavam localizadas substancialmente distantes dos terminais. Geralmente, ofereciam preços mais baixos e serviços de transporte gratuito.
Foi lá que escolheram onde iniciaram a tocaia.
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Ystería no Voo7300
Tajemnica / ThrillerOs investigadores, Emilly Christine e Arthur Nicolas, acostumados a confrontar entidades demoníacas, manifestações sobrenaturais e cultos obscuros, mergulham em uma série de acontecimentos perturbadores envolvendo o Aeroporto de Denver nos EUA, conh...