Capítulo 13

64 2 0
                                    

Meu irmão chegou, finalmente, os apresentei e começamos a conversar
sobre vários assuntos, Ian não gostou do Alfonso ou está se mordendo de
ciúmes... acho de uma graça, o Rodrigo me sacaneou até o último fio de cabelo e esse traíra o chama pra padrinho de casamento! Por serem amigos desde a
infância é que ele deveria ficar ainda mais indignado pela traição do Rodrigo comigo!
Por isso penso que os homens são mesmo todos iguais e se defendem
mutuamente.
Momento chato: Ian perguntou na maior o que Alfonso fazia da vida e ele
me olhou sorrindo, antes de responder...
— No momento, a única coisa que faço da vida é cuidar para que sua irmã
seja a mulher mais feliz desse Mundo.
— E isso dá dinheiro? — perguntou Ian, irônico.
— Sim dá. — sabe quando o queixo da gente cai e o tempo para em algum
ponto e não sabemos mais que dia da semana é? Pois então. — Não tanto
quanto gostaria, mas dá sim.
Luiza caiu na gargalhada e Ian ficou de cenho franzido e puto por Luiza
estar rindo.
— Desculpe amor, mas você mereceu essa resposta! Deixa de ser ridículo!
Deixe o Alfonso em paz, não viemos pra entrevistar o noivo da sua irmã, viemos pra acertar os detalhes do nosso casamento!
— Tá tudo bem, Luiza, — Alfonso começou a falar novamente, Deus faça-o se calar! — apesar de ser filho único, entendo perfeitamente o que deve estar se passando pela cabeça do Ian. Mas fique tranquilo, não vou fugir com a herança de vocês. Meu maior interesse nessa história é fazer a Anahí feliz, cada segundo em que estivermos juntos, nem que seja só pra ficar olhando um pra cara do outro sem falar nada.

Alfonso me olhava de um jeito ou era eu que estava o olhando de um jeito, ou querendo que ele estivesse me olhando daquele jeito? ... tô ferrada. Ele ainda
segurou minha mão e beijou o nó de meus dedos, sabe cara de besta? A
minha.
Aí veio o Ian pra tipo acabar de vez com a minha alegria.

Para tudo!!! Imagine: tá rolando um assalto e a gente faz o que? Fica quietinho e até esconde o Tablet na bunda, certo? Pois o Ian praticamente se levantou e disse: Aqui! Olha minha carteira!

Voltando:
— Vocês vão se casar com separação de bens né? Não, porque seria um
absurdo se a Anahí dividisse a parte dela nos bens que nossos pais
deixaram depois de anos de sacrifício pra uma pessoa que ninguém conhece, que a família nunca ouviu falar e que de repente se enfiou no apartamento dela. — Alfonso me olhou estranho, com um sorriso torto, e o Ian não calava a boca, e a Luiza tentando fazê-lo parar e ele prosseguia em me expor completamente! — A Anahí,
pode não usufruir da parte dela na pousada, nem do restaurante ou mesmo ficar desfilando por aí de carro do ano, mas ela merece um homem que lhe dê coisas, que complemente o que ela tem.
— Ian, cala a boca, você está me constrangendo.
— Eu? É bom eu ser sincero e colocar logo as cartas na mesa!
— Você é estúpido. Se veio aqui pra ficar destratando o Alfonso não precisa prolongar a visita não, pode ir.
Meu irmão surpreso, jogou o rosto pra trás, piscando seguidamente, ele não
esperava que eu tomasse pulso, e a verdade é que nunca fui de enfrentar nada, de ficar batendo o pé, pra mim sempre foi “tá tudo bem”. Mas aquela não era uma situação comum e o Alfonso não era um homem comum, era um garoto de programas.
— Gente que clima tosco, desnecessário, desculpa Debby, desculpa Alfonso, o Ian está se roendo de ciúmes da irmã, só isso.
— Como eu disse anteriormente, compreendo e não estou nem um pouco chateado com suas palavras, Ian, pelo contrário, isso só me faz admira-lo. —
que sacana esperto! Filho da mãe! — Um homem que zela pela família, é
assim que estou te vendo e realmente te respeito e admiro, pra dizer a verdade... — Alfonso olhou pra mim, para meus olhos — se tivesse uma irmã tão incrível e perfeita como a Any, também estaria me preocupando, afinal um cara surge do nada e já
vai morar com ela...
— Pois é, como foi isso? Porque ela não me contou.
— Nos conhecemos na livraria do Ouvidor, começamos a conversar e acho que uma semana depois... uma semana não é amor? — fiz que sim com a cabeça. — nos encontramos novamente, casualmente, e tomamos um drinque e então começamos a nos encontrar e cá estamos.
— Nossa, rápido! Em o que? Quinze dias? Surpreendente!
— Ian, o amor é surpreendente, a gente tá muito bem levando nossa vida e de repente dá de cara com um sentimento desses que não se pode medir ou explicar, a gente só sente e começa a rever tudo na vida, tudo.
Eu tô surtando ou ele está se declarando? Eu tô surtando! Ele tá se
declarando pra minha herança! Só pode! Ian, seu idiota!
— Isso foi lindo, Alfonso! Ian e eu nos conhecemos desde o segundo grau!
Fiquei arrasada quando ele se mudou para Penedo, mas então ele me pediu
em casamento e cá estamos!
— E como é que foi esse pedido de casamento de vocês? — Ian estava
bem mais tranquilo depois que Alfonso ficou “ amaciando a carne”, alimentando seu ego.
— Foi ela quem me pediu.
Ian e Luiza abriram a boca!
— Any! — Luiza caiu na gargalhada.
— Isso foi inesperado. — Ian deu uma repensada em tudo o que disse,
bem não poderia ser o Alfonso o interesseiro se fui eu quem o “ pediu em casamento”.
— Que loucura, amiga! Mas quer saber? Parabéns! Você tá certa, e tá na
cara que vocês serão muito felizes! Dá pra ver que tem um amor muito grande entre vocês!
— Como assim dá pra ver? — tô dando tanta bandeira assim?
— Ah! Dá pra ver, vocês são lindos juntos, e ficam sempre se olhando com
essa carinha de “ ownnn”. — a romântica incurável da Luiza já estava com as mãozinhas juntas abaixo do queixo, será que ela pode parar de bancar a Branca de Neve?
— Nesse caso, parabéns Abelhinha, e parabéns Alfonso... — meu irmão se
levantou, e Alfonso fez o mesmo e se abraçaram! — Seja bem-vindo à família.
— Fui aprovado então?! — Alfonso estava todo felizinho, devia estar somando mentalmente o tanto de grana que iria tirar de mim!
Sorri, mas com uma dorzinha no peito.

Aluga-se um Noivo (Adaptada - AyA)Onde histórias criam vida. Descubra agora