Capítulo 42

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— Não posso... — puxou meu lábio nos dele.
— Por quê? — sussurrando, soltei-lhe o botão da calça.
— Porque quero te foder até você gritar. — adoro ouvi-lo quando está
excitado.
— Quero que me foda até eu gritar... — a braguilha foi de desatando aos poucos.
Ele parou com seus beijos e sorriu.
— São dez e meia da manhã...
— E daí?
— ... sou mesmo eu o tarado aqui?
— Alfonso, eu tô muito molhada.
— Tem razão: 'e daí?'
Beijou-me intensamente e ao finalizar tocou meus lábios com seus dedos e
os chupei, logo seus lábios estavam sobre os meus e seus dedos umedecidos deslizavam para dentro de mim e era bom sentir aqueles dois dedos me
explorando enquanto mantinha minha nuca segura em sua outra mão.
Apoiei minha perna na cadeira para lhe dar melhor acesso. Não sei se
Sabrine foi capaz de ouvir as canetas se espalhando pela mesa e chão, o
grampeador também caiu e o furador de papel logo em seguida.
A saia do meu vestido já totalmente suspensa e eu deitada sobre a mesa,
delirando pelo jeito com que me fodia nos dedos.
Alfonso voltou a sentar na cadeira apoiando minhas pernas em seus ombros, tapei minha própria boca ao sentir o calor e a textura de sua língua
explorando-me, lambendo, chupando, gemendo contra minha pele, me penetrando com ela, movendo em círculos dentro de mim...... arrastando os lábios em meu clitóris e o sugando delicadamente, a cada vez que quase se afastava dele, tocava-o somente com a língua e me arrepiava inteira.
Com respiração cada vez mais alterada e desesperada para tê-lo inteiro dentro de mim, não conseguia pensar em nada. Uma pressão se intensificava
no meu sexo, mais e mais, eu sabia o que viria a seguir, permiti que viesse
depois de ouvi-lo pedir entre sussurros e gemidos...
— Goza na minha boca, goza.

Indescritivelmente prazeroso, quente muito quente, intenso sentimento de
entrega e de posse.
Mantive meus olhos fechados, mas sabia que se preparava para estar dentro de mim, cheguei a sentir a ponta de seu membro roçando em minha entrada e ansiava cada vez mais por aquilo e...
O telefone celular apitou um toque absurdamente alto. Abri os olhos com o susto.
— Merda! — Alfonso praguejou.
Olhou para o visor do aparelho estreitando os olhos.
Tentei me levantar e ele apoiou a mão em meu abdome, forçando-me a ficar
naquela posição, fazendo que não com a cabeça.
— Fala, seu cretino. (...) Isso é ótimo. (...) Paulo, já sei disso! (...) Mas... Paulo, foi o Pietro quem pediu que ligasse? (...) Filho da Puta! (...) — desligou o telefone com uma cara péssima.
— Acho melhor a gente deixar isso pra depois. — forcei-me a levantar
arrumando a saia. Ficamos cara a cara — Talvez tenha problemas...
Fui silenciada com mais um beijo desses que se perde todo o ar.
— Nem pense em me deixar assim! Você quem começou, agora termina.

Levantei fazendo-o se sentar na cadeira. Deslizando a mão suavemente em seu membro, me ajoelhei no carpete para retribuir seus beijos tão íntimos.
Segurei a base de seu membro deslizando a língua de baixo para cima o mais lento que pude, precisava matar a saudade daquele rosto se alterando a cada lambida, seus lábios entreabrindo e seu cenho cerrando aos poucos.
Maravilhoso.
Quando envolvi a cabeça de seu sexo na boca, circulando a glande na
língua, senti seu corpo retesar sutilmente e então se forçar para frente. Chupei por alguns instantes subindo e descendo-o até onde conseguia engolir e sentindo que
batia na garganta voltava e segui assim ritmado até sentir que segurava meu
cabelo firme nas mãos, enrolando o rabo de cavalo nos dedos, controlando a intensidade dos movimentos.
Mas eu não queria vê-lo controlado, queria que se perdesse em meus lábios, como eu me perdia nos dele. Concentrei-me na glande, chupando-o
delicadamente e eram lábios, língua, beijos e mão. O enfiava tanto quanto
podia, gemendo para que soubesse o tamanho do meu desejo por ele.
Uma leve mordida na cabeça e ele prendeu a respiração, voltei a chupa-lo, dessa vez vigorosamente e vez e outra o olhava. Não queria perder o contato
visual com ele, mas ele o desfez quando os apertou forte, a cabeça se
inclinando para trás, as mãos outrora em meus cabelos, agora seguravam firmes os braço da cadeira, apertou os lábios e os soltou de repente, no mesmo instante que seu quadril se congelou e seu abdome contraia seguidas vezes, sim, ele viria pra mim.
— Ah! Porra!.... Ahhh... — é, foi tudo o que ele articulou, por um bom tempo.
Sei lá, mas achei que seria engraçado se simplesmente vestisse a calcinha e
saísse, foi o que fiz. Arrumei o cabelo no lavabo e Alfonso... lá, estático.
Arrumei o vestido e ele, ainda parado de olhos fechados, respirando pela boca.
Então saí.

Sabrine não estava em sua mesa quando passei, isso foi um alívio!
Assim que cheguei em minha sala, liguei para Maite e estava a lhe contar
tudo, quando o motivo do assunto entrou, aparentemente recuperado, mas o rosto bem corado e os olhos brilhando, parecia gripado.

— Um minuto, senhorita... — não queria que soubesse que eu realmente
conto tudo pra Maite — Sim, senhor Miguel?
— A senhora tem um horário disponível para uma reunião?
— Qual horário seria melhor para o senhor?
— Meio dia, almoço.
— Qual assunto devo pôr na ata? — deu pra ouvir a Maite se dobrando de
tanto rir, palhaça.
— Reunião de esclarecimento. — entreabri os lábios, surpresa, quando ele segurou o próprio membro cerrando o cenho, balançando a cabeça em negativa.
— Ok, senhor Miguel. — aposto que a reunião vai ser na horizontal!
Maite estava atenta a cada palavra.
Então me lançou um olhar desconfiado e saiu.
— Não acredito que estejam se tratando tão formalmente! — a voz de Maite
estava bem aguda.
— Você queria o quê? O Cara é um dos sócios!
— E nem por isso você se furtou de um oralzinho na sala do seu chefe....
— Isso foi um espírito mal que se apossou do meu corpo.
— É... o espírito da putaria!
— É, mas vou me corrigir. Vou me demitir.
— Tá maluca?!
— Política da empresa. — minhas risadas se misturavam as dela. Amo a
Maite. Entendeu perfeitamente do que eu falava.

*
Era estranho estar em um lugar público com o Alfonso, digo, Miguel, que não fosse um barzinho de Centro da cidade no Rio de Janeiro, pousada em
Penedo ou... Ou...
— Por que nunca saímos antes? — ele tentava entender a pergunta — Por
causa da sua namorada? —complementei, ele ficou ainda mais sério.
O maitre nos interrompe trazendo os cardápios e Alfonso-Miguel, Miguel!
Desvia o olhar para a lista de pratos e se antecipa em pedir duas taças com
água.
— Recomendo algo leve.
— Pra não ter indigestão com as coisas que vai me dizer?
— Não. Para que não passe mal na hora em que estiver te fodendo.

Silêncio. Mas hein?

— Não sei responder sua pergunta sobre “ sairmos”. Mas garanto a você que não tem a ver com Nádia.
— Nádia. — testei o som do nome estalando-o na língua.
— Cabe ressaltar que ela não é mais a minha namorada desde...
— Desde...
— Uns dias atrás?... — ele meio que fechou os olhos e levantou o cardápio
para encobrir o rosto.
— Você estava com ela e comigo? — tentei ser o mais controlada possível,
mas minha voz denunciou minha irritação, ainda que o fato fosse previsível.
— Não surta. — o garçom surge com a água e desaparece com rapidez.
— Não vou surtar, e estou até chocada com a minha capacidade de não fazer uma canja com você e te servir no almoço!
Ele riu!
— Estava com saudade desse seu jeito.
— Não estou fazendo graça!
— E é por isso mesmo que acho ainda mais engraçado. Você é linda, Anahí, muito linda.
Silêncio.
— Por mais estranho que possa parecer, foi por culpa, ou melhor, por causa da Nádia...
Podia sentir minhas expressões se alterando a cada palavra que ele
pronunciava.
Tentei segurar os olhos nas órbitas e manter a boca fechada, piscava sem
parar e ainda sim, não conseguia acreditar que tudo não passava de um
engano!
— Como você me enganou desse jeito?
— Desculpa, mas... eu... só não queria deixar você.
— O que acabou acontecendo.
— Me desculpa!
— Aquilo foi horrível.
— Já pedi desculpas.
— Você me destruiu!
— Eu fui um babaca, Anahí, por favor me perdoe! — ele estava bem irritado, mas no fundo acho que era mais pelo seu feito que por admiti-lo.
— Tudo bem, não precisa se alterar!
— Não estou alterado!
— Sim, está!
— Não estou!
— Então você está falando assim comigo pra dar um toque especial à nossa reunião?
—Você-Você! Às vezes você é muito chata, sabia?
— Sabia, mas você gosta mesmo assim.
Eu te amo, sua tapada!
Silêncio e... um gole de água.
— Eu acho que vou pedir a salada.

Aluga-se um Noivo (Adaptada - AyA)Onde histórias criam vida. Descubra agora