Capítulo 21

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Nossa, tomar banho? Eu queria tanta coisa com aquele homem, queria
tomar banho, andar de mãos dadas pelas ruas, dormir e acordar com ele,
comer com ele, ser comida por ele. Tudo com ele. Assenti bem sutilmente e ele me segurou nos braços se levantando comigo no colo, foi me levando por um corredor largo, algumas portas adiante e entramos
em um quarto amplo, de poucos móveis, e durante o trajeto não desgrudamos nosso olhar, sorrindo como dois bobos.
Alfonso me deixou sobre a cama e se afastou um tanto, tirando a roupa,
primeiro a camisa, depois a calça e ainda de cueca boxer sentou ao meu lado na cama e virei as costas para que pudesse deslizar o fecho da blusa, e o fez lentamente, deixando rastros de um beijo demorado conforme desnudava-me.
Por fim libertou-me da blusa e do sutiã em seguida.
Os dedos percorriam minhas costas numa carícia suave, me abraçou
colando seu peitoral em minha pele, as mãos à frente desceram até o botão
dacalça, abrindo-a facilmente. Alfonso oi se inclinando aos poucos para trás, me levando com ele, minha cabeça em seu ombro, minhas costas em seu peito, suas mãos em meu ventre, as minhas subiam para lhe acariciar os cabelos.
A braguilha fechada não o impediu de tatear meu sexo nos dedos de sua
mão direita, enquanto brincava com o mamilo de meu seio esquerdo. Leve,
sutil, com calma.
Minha respiração cada vez mais intensa e seus dedos acariciavam
preguiçosos meu clitóris, seu membro tomando volume cada vez mais atrás
de mim e eu não podia mais medir a intensidade de desejo que havia em mim.
— Alfonso. — gemendo seu nome ele se apiedou de mim.
Tirou as mãos de mim, mudando nossas posições e se pondo em minha
frente, tirou minha calça e a calcinha de uma só vez, ainda de cuecas se
deitou sobre mim, me fez revirar os olhos quando sua saliva tocou meu seio, senti como o gotejar de algo fervendo, doloroso, tamanho era meu desejo diante da lentidão
daquela tortura que ele me impunha.
Então fechou os lábios em volta da auréola, sugando e movendo sua língua para cima e para baixo, ao redor, e por fim mordiscou meu mamilo, arrancando um gemido alto de meus lábios que ele não mais ignorou, beijou-me com urgência e
vontade. E quando soltou nossos lábios ruidosamente senti seu coração
pular.
Se levantou respirando fundo e soltando de uma vez pela boca.
— O que foi? — perguntei aflita.
— Ainda não. Vem.
A ducha era gigantesca! Incrível! Parecia banheiro de hotel, maravilhoso!
Apesar dos meus olhos escaparem vez e outra para a ereção crescente de
Alfonso, tentei me controlar.
Foi inesperado que ele iniciasse uma conversa enquanto pegava o sabonete
líquido e fazia uma espuma na esponja.
— Ontem, conheci um casal muito interessante. — hmmm... Ai meu Deus,
que tipo de conversa teremos??
— Interessante como? —  Alfonso passou a esponja pelo meu braço,
segurando minha mão.
— Eles eram bem velhinhos mesmo.
— Por acaso você não? ...
Ele deu uma parada com a esponja e sorriu balançando a cabeça.
— Não. Pode tirar essas ideias da cabeça. — Voltou a me ensaboar e se
abaixou para seguir pelas minhas pernas — Eles deviam ter mais de oitenta anos, ih bem mais.
— Hã...
— Estavam comemorando bodas.
— Hmm... Nossa que bom, ainda estavam lúcidos.
— Muito lúcidos, achei interessante... O senhor me disse... que a gente só
conhece a mulher quando dorme com ela.
— Como assim?
Alfonso se levantou, me olhou de um jeito divertido.
— Serei fiel às palavras dele. "Meu filho, a gente só conhece a mulher
quando dorme com ela, aí a gente fica sabendo se ela é espaçosa, se é
carinhosa, se ronca ou se solta muito pum."
Gargalhei na mesma hora! E Alfonso riu comigo.
— Que loucura! E você decorou direitinho o que ele disse né?! — peguei a esponja das mãos dele por instinto e lhe esfreguei as costas.
— Pensei em você.
Fim de risadas, apenas um sorriso se apagando aos poucos.
— Em mim? — Alfonso se virou pra me olhar.
— Lembrei de quando dormi ao seu lado e você mal se mexeu... só...
dormiu.
— Ah.
— Eu queria tirar a prova.
— Tirar a prova?
— Dorme comigo, Anahí.
— Só... dormir?
Ele revirou os olhos, balançando a cabeça em negativa. E me puxou para
um beijo. Então prendeu minhas mãos contra o azulejo, tocando nossas
testas.
— Você pode dormir depois de fazer amor comigo.
— Parece que estou tendo um déjà vu. Já não tivemos essa conversa antes?
Lembro muito bem quando me disse que não queria misturar as coisas.
— Continuo não querendo, mas sinceramente... tá foda.

Aluga-se um Noivo (Adaptada - AyA)Onde histórias criam vida. Descubra agora