Capítulo 11

71 2 0
                                    

De repente me vi no apartamento, sozinha, na maior bagunça de papel de presente rasgado, copos espalhados pra todo lado, restos de salgadinhos em
bandejas e um garoto de programa possivelmente se masturbando no meu banheiro.
Fui trocar de roupa, aquilo estava tudo muito insano.
Já estava sem o sutiã, indo o mais rápido possível pra que... não adiantou
porra nenhuma, Alfonso abriu a porta do banheiro e deu de cara comigo, de
cinta liga branca, meia calça oito oitavos branca, sapato vinilico vermelho de salto alto e de seios de fora.
Primeira reação, impulsiva - cobrir os seios com as mãos. Primeira reação dele, sorrir de lado com a maior cara de safado que eu já vi na vida!
Segunda reação, involuntária – sentir meu sexo se apertar, umedecer e
latejar ao mesmo tempo. Segunda reação dele, tirar do tronco a toalha que lhe cobria a nudez, revelando sua ereção.
Ficou se tocando, puxando seu pau na mão, alisando do tronco a cabeça
exposta, sem deixar de me encarar.
Não era uma dessas picas gigantescas, do tipo tripé vinte e cinco centímetros que a gente costuma ver nos filmes pornô, mas devia ter uns vinte
centímetros com certeza! E era grosso, muito grosso, era de fato como na
foto da internet.
Foi inevitável não encarar aquela coisa com as veias saltando, ele continuou
se tocando e eu encarando boquiaberta, paralisada, sentindo mil coisas ao
mesmo tempo.
As comparações são inevitáveis, Rodrigo era muito menor que o Alfonso! Na grossura então, nem se fala!

— Você quer que eu te fôda, tá morrendo de vontade de ter uma pica de verdade te penetrando, não é?

Eu não conseguia falar nada só fiquei parada, feito uma idiota.
Alfonso deu o primeiro passo, me senti empurrada por uma força estranha, e
dei um passo também em direção a ele.
Ele se sentiu mais confiante e deu os três últimos passos que faltavam para estarmos tão próximos que era possível sentir seu hálito mentolado.
Alfonso esticou as mãos e tocou meu ombros de leve, descendo para meus
braços, os descruzando da frente dos meus seios. Me expondo a ele, numa
lentidão ao mesmo tempo sensual e angustiante.
Meu coração batia na garganta, então ele diminuiu ainda mais a distância
entre nós, me olhando nos olhos, maxilar tensionado, as narinas sutilmente dilatadas, mas a respiração dele era controlada, enquanto a minha era exaltada, exasperada.
Engoli em seco.
Alfonso molhou os lábios na língua e tocou minha boca suavemente, meu
corpo inteiro estremeceu quando senti seu membro em meu umbigo, duro,
excitado, faminto.
E foi por estremecer e suspirar que ele descolou nossas bocas bruscamente.
Me olhou com os olhos semicerrados, de um para o outro, acho que na
minha cara estava estampado um pavor absurdo!
Senti o membro dele relaxar um pouco e Alfonso se afastou. Respirou muito
fundo mesmo, soltando o ar pela boca de uma só vez, pegou uma muda de
roupas quase que correndo e saiu do quarto, sem dizer uma só palavra.
E foi estranho porque assim que ouvi a porta da sala bater, uma música do
Leny Kravitz começou a tocar, não me lembro de tê-la colocado na playlist.
E também não combinava em nada com o momento do chá de lingerie!
Calling all angel.

Sabe quando dá vontade de chorar? Me senti assim e não pude evitar as
lágrimas, aquela música malditamente romântica tocando e eu me esvaindo
em lágrimas e coriza, tomei um banho rápido e vesti uma camisola de algodão e me deitei.

Foda, a música ficou repassando na minha cabeça! “Toda minha vida, Eu
tenho esperado alguém para amar” aquela voz triste cantava, eu realmente não me lembro de deixar essa música pra tocar.
Não consegui pregar o olho, fiquei rolando de um lado a outro horas e horas e quando ouvi o barulho da porta fiquei nervosa. Olhei no celular, quatro da madrugada. Me virei de lado, fingindo dormir, ele voltou!
Mas só entrou no quarto muito tempo depois, ficou com a porta aberta, eu
fingi estar dormindo, mas abri os olhos bem pouquinho e pude vê-lo
escorado no portal, cabeça reclinada também encostando no portal de madeira, me olhando um bom tempo, pensando em alguma coisa, então esfregou o rosto e andou até o outro lado da cama, se deitou ao meu lado sem fazer muito barulho.

— Anahí. — não respondi, fiz que estava no décimo sono! Então ele entrou para baixo do lençol que me cobria e se aconchegou a mim.
Meu coração disparou, o corpo dele estava quente e podia sentir cheiro de
whisky, ele passou o dedo de leve no meu cabelo, tirando-o do meu rosto,
tentei manter a respiração controlada, mas tudo o que consegui foi prendê-la.
Morri quando senti seus lábios tocando meu pescoço ao mesmo tempo que
seus braços me puxavam pra ele, me colocou recostada em seu bíceps,
minhas costas em seu peito e seu braço direito enlaçando minha cintura.
Suspirou e voltou a respirar normalmente e seu braço relaxou, deixando o peso em meu corpo. E foi aquela respiração que me acalentou a alma e adormeci.

Aluga-se um Noivo (Adaptada - AyA)Onde histórias criam vida. Descubra agora